terça-feira, 2 de outubro de 2012

POR CAUSA DA PALAVRA!


Pregação do Rev. Scott Webb 

Muitas coisas estão no meu coração para estes dias. Eu sei onde vou começar e onde vou terminar, mas, no meio, muita coisa vai acontecer. Eu sei que vamos terminar com uma explosão.
Um detalhe das Escrituras que eu gosto muito, é que o Espírito Santo, quando entrou no mundo, no dia de Pentecostes, não foi de forma silenciosa, mas de forma bem barulhenta, como o som de um vento impetuoso. Na descida do Espírito, muita coisa aconteceu. Eu vejo aqui no Brasil o livro de Atos em operação. Por isso, você precisam permanecer unidos e firmes.
Quando o diabo consegue nos dividir, ele consegue nos destruir. Por isso, o que o Ap.  Bud ministrou hoje à noite é muito importante, não podemos permitir que a divisão entre no nosso meio.
Vamos ver um dos meus versículos favoritos: “E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos” (2 Coríntios 4.13)
O espírito da fé é um estilo de vida, uma atitude. O versículo diz que possuímos este espírito. E veja que a atitude daquele que possui este espírito é crer e depois falar.
Em todo o capítulo, nós vemos indícios desta verdade.
No verso 6 e 7, vemos que somos como vasos de barro, mas que possuímos a luz da glória de Deus. Os versículos 8 e 9 mostram algumas das coisas que enfrentamos: Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos.
Até que ele diz que nós temos o mesmo espírito da Fé. Mas, para que temos tudo isso? Para manifestar a glória de Deus quando enfrentamos todas essas situações da vida.
Muitos se perguntam a razão de enfrentarmos essas situações adversas. Eu costumo dizer que há duas situações em que o diabo nos ataca: Quando estamos fora da vontade de Deus e quando estamos no centro da vontade de Deus.
Às vezes, passamos por circunstâncias porque abrimos espaço para o diabo entrar, ou seja, por não estarmos na vontade de Deus. Mas, muitas vezes, passamos por algumas situações exatamente porque estamos na vontade de Deus.
O próprio apóstolo Paulo, passou várias situações difíceis, mas ele estava no centro da vontade de Deus.
A diferença é que, quando você está no centro da vontade de Deus, você não é derrotado por estes ataques, você vence as circuntâncias.
Depois dos ataques de 11 de setembro na cidade de Nova Iorque, quando as torres gêmeas foram atacadas, os bombeiros entraram lá para regatar os sobreviventes e outras equipes vieram para retirar os entulhos e limpar o terreno. Alguns anos se passaram e eles estão construindo um novo prédio, que terá muitos andares e será bem alto. Os construtores edificam um andar por semana e em questão de poucos meses o prédio estará pronto, ma,s antes de começarem a subir com esta construção, eles gastaram  muito tempo na base, no alicerce. Muitos especialistas estão trabalhando nesta construção, fazendo cálculos precisos para que dê tudo certo. Eu quero que você saiba que o Espírito Santo é especialista em lhe ajudar a edificar a sua vida. Ele sabe de qual fundamento você precisa!
Lembre-se: muito mais importante do que o que estará no topo da construção, é o fundamento que foi feito para ela.
Jesus contou uma parábola muito interessante, a do semeador… um homem que saiu pelo caminho, semeando, e a semente caiu em solos diferentes. Quando Jesus explicou a parábola, Ele esclareceu que em determinada situação o diabo perseguiu aquele que receberam a Palavra. As pessoas não foram atacadas por causa delas, mas POR CAUSA DA PALAVRA.
Muitas vezes, você está sendo atacado pelo diabo, não por causa da sua vida, mas POR CAUSA DA PALAVRA. É porque você está considerando a Palavra e colocando-a em prática.
Você já parou para pensar que a semente tem o poder da colheita? Hoje, no almoço, comi uma fatia de melancia e dentro daquela semente preta, feia, tem muitas outras melancias. Eu não preciso crer para que haja esse poder naquela semente, foi Deus que estabeleceu este princípio. Deus coloca colheita dentro da semente. E Jesus disse que a Palavra de Deus é a semente de Deus. Você precisa plantar a semente da Palavra. Ela tem poder para lhe dar uma grande colheita em todas as áreas da sua vida!
Não há nada que possamos fazer para melhorar a semente, mas você pode melhorar o solo. Que tipo de terra é o seu coração? O que você precisa fazer para ser uma boa terra? Faça POR CAUSA DA PALAVRA.
Note na parábola que o que determinou o sucesso daquele plantio não foi a semente, mas o solo no qual a semente caiu. A semente da Palavra é perfeita e poderosa. Não há nada de errado com a semente, ela está pronta para produzir, basta cair em boa terra.
Quando a semente tem a condição de fazer bem a sua parte, vai dar tudo certo POR CAUSA DA PALAVRA!
O diabo sempre vem para tentar tirar a semente. Ele vem POR CAUSA DA PALAVRA.
Se você não abandonar a semente, ela não vai lhe abandonar. Quando uma semente brota, ela começa a enraizar na terra e quanto mais ela se firma na terra, com mais dificuldade ela será arrancada. Deixa a Palavra se enraizar no seu coração. Assim, quando o diabo vier, POR CAUSA DA PALAVRA, Ela não será tirada do seu coração e produzirá muitos frutos. Semeie e proteja a semente, mas também dance por ela, porque nesta semente está uma grande colheita!

As dimensões extravagantes do Amor de Deus

As dimensões extravagantes do Amor de Deus 
Por Tony Cooke 

Paulo orou para que os crentes em Éfeso que eles (juntamente com todos nós) "seria capaz de compreender com todos os santos, qual é a largura, o comprimento, profundidade e altura" e "conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, que sejais cheios de toda a plenitude de Deus "(Efésios 3:18-19).Você já parou para pensar sobre as múltiplas dimensões do amor, o de Deus comprimento, largura, profundidade e altura que Paulo menciona? 

A versão de mensagem torna este verso: "... você vai ser capaz de tomar em todos os cristãos com as dimensões extravagantes do amor de Cristo. Estenda a mão e sentir a amplitude! Teste seu comprimento! Sondar as profundezas! Subir para as alturas! Viver uma vida plena, cheios da plenitude de Deus. 

A largura do Amor de Deus 
O salmista fala de ter estado em calamidade e de angústia, mas depois de ser entregue para um lugar espaçoso (Salmo 18:19; 118:5). 1 Crônicas 4:40 fala daqueles que, "... acharam pasto, rico bom, ea terra era amplo, silencioso e pacífico." Quando penso em amplitude, penso em um lugar que está acomodando, onde há amplo espaço e espaço para respirar. Às vezes ouço pregadores que compartilhar as verdades muito simples, pois eles deliberadamente tentando ficar longe de ser complicado. O que eles estão compartilhando não é profunda, mas a simplicidade de sua mensagem tem grande apelo e atrai muitas pessoas. Uma igreja que é forte em expressar a amplitude do amor de Deus irá fornecer ministério que é muito relevante e atende pessoas onde elas estão. 

O comprimento do Amor de Deus 
O conceito de comprimento tem a ver com o quão longe algo alcança. Quando se trata do amor de Deus, sabemos que Ele é longânimo, e que Ele é capaz de salvar as pessoas ao extremo (Hebreus 7:25). Isaías 59:1 (NVI) diz: "Eis que a mão do SENHOR não está encolhida para salvar." David percebeu o longo braço do amor de Deus, quando disse: "Se eu tomar as asas da manhã, e morar na confins do mar, mesmo ali a tua mão me guiará ea tua destra me susterá "(Salmo 139:9-10). Uma igreja que é forte em expressar o comprimento do amor de Deus vai ter um coração enorme para missões e evangelização. 

A profundidade do amor de Deus 
1 Coríntios 2:10 fala de como o Espírito Santo revela "... as coisas profundas de Deus". Romanos 11:33 diz: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis ​​são os seus juízos e os Seus caminhos últimos descobrir! "Daniel disse que Deus" revela o profundo eo escondido "(Daniel 2:22). Se você está construindo um prédio grande, você não precisa de uma base, você, superficial rasa precisa de um que é muito substantivo. Embora nunca queremos negligenciar o básico, nós também não quer ficar perpetuamente em águas rasas com Deus. Queremos incentivar as pessoas a lançar-se ao largo! Uma igreja que é forte em expressar a profundidade do amor de Deus vai ter uma ênfase forte na Palavra e do Espírito, eles terão ensino forte e fervorosa oração. 

A altura do Amor de Deus 
Esta dimensão do amor de Deus a altura de Deus amor-não é simplesmente alto sobre nós, mas nos atrai para cima em adoração a Deus. Em toda a Escritura, somos exortados a levantar os nossos olhos, os nossos corações e as nossas mãos em adoração, louvor e adoração a Deus. O fato de que Deus está constantemente referido como "o Altíssimo" indica que Ele nos quer olhando para cima! Uma igreja que é forte em expressar a altura do amor de Deus é uma igreja adorando, que exalta e adora a Deus de coração. 

Estas dimensões diferentes são destinadas a ser complementares, não contraditórias. Uma perspectiva pastoral pode enfatizar largura, uma perspectiva evangelística pode se concentrar em comprimento, uma perspectiva de ensino pode enfatizar profundidade, enquanto perspectiva de um adorador pode enfatizar altura.Que Deus ajude a todos nós a apreciar, experimentar e expressar as dimensões extravagantes do amor de Deus! Que possamos fazer exatamente o que Paulo nos exorta a fazer: "Estenda a mão e sentir a amplitude! Teste seu comprimento!Sondar as profundezas! Subir para as alturas! Viver uma vida plena, cheios da plenitude de Deus. " 

domingo, 30 de setembro de 2012


GARY CARPENTER 
Como Deus Prospera os Crentes 
 Não é difícil para a maioria de nós compreendermos como Deus prospera seus servos que estão no ministério em 
tempo integral. Tanto na antiga quanto na nova aliança, os ministros de tempo integral eram supridos pelas ofertas do povo. 
Veja alguns versículos que falam sobre isso no novo testamento: 
Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho. (1 Co 9:14) 
 Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, 
 mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; Que façam bem, 
 enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis. (1 Tm 5:17,18) 
 Quando o Senhor chamou a mim e à Sue para o ministério integral, Ele nos deu instruções muito incomuns. Ele nos 
disse o seguinte: 
“Não peçam ofertas nos seus cultos. Não vendam os ensinos. Enviem tudo gratuitamente e não adicionem um envelope para ofertas. 
Nunca permitam que alguém saiba das suas necessidades. Eu sou a sua Fonte! Se vocês obedecerem a essas instruções, Eu tocarei o coração das 
pessoas que escolher para suprir vocês e as necessidades do ministério”. 
Seguimos Suas instruções à risca, e Ele foi fiel: as pessoas ouviram em seus corações e começaram a nos enviar 
ofertas voluntariamente. É difícil descrever a nossa gratidão ao recebermos esses presentes financeiros de pessoas preciosas 
que ouviram a voz de Deus e a obedeceram. Meu coração desejava muito vê-las prosperar. Eu já tinha ouvido todos os 
ensinos conhecidos sobre como Deus prospera os crentes. No geral, todos se resumem ao seguinte: “Quanto mais você der a 
Deus, mais Ele o prosperará”. 
 O Senhor me disse que se eu quisesse entender como Ele realmente prospera os crentes, deveria estudar o livro de 
Filipenses. Comecei a ler a epístola inteira repetidas vezes enquanto orava suavemente em línguas. Aprendi que a maior parte 
dos erros no corpo de Cristo vêm quando os versículos são tirados do contexto, e a partir deles é formada uma doutrina 
inteira. Para preparar o seu espírito para meditação “dia e noite” é preciso encontrar o início e o fim de um assunto, para 
poder passar a mensagem inteira pelo seu espírito. Quando você está lidando com livros pequenos, como o livro de Filipenses, 
é melhor simplesmente lê-lo inteiro para que seu espírito seja alimentado do produto bruto da Palavra, a fim de que o Espírito 
Santo use-o para lhe ensinar a verdade ali contida.
 Descobri que os crentes de Filipos eram cristãos comuns que passavam a maior parte de seu tempo nos afazeres do 
dia a dia. Quando Paulo pregou o evangelho para eles pela primeira vez, disse que estavam numa condição de grande pobreza. 
No entanto, quando esses mesmos crentes aprenderam sobre a “graça de Deus” com relação às suas finanças, passaram a ser 
os principais mantenedores de Paulo. Ele disse que  sua profunda pobreza acabou “abundando em riquezas  da sua 
generosidade”. 
Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da macedônia; Como em muita 
 prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas 
 da sua generosidade. (2 Co 8:1,2) 
 Devo admitir que demorou para que eu percebesse que os “macedônios” a que Paulo se refere em 2 Coríntios eram as 
igrejas de Filipos. Essa é a vantagem de ler um livro várias vezes. Em uma das minhas visitas ao livro de Filipenses, esse 
versículo simplesmente “saltou” da página: 
E bem sabeis também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da macedônia, nenhuma 
igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente. (Fp 4:15) 
 Quando vi “macedônia” nesse versículo, logo me perguntei se eram as mesmas pessoas mencionadas por Paulo em 2 
Coríntios. Então, pedi ao Espírito Santo que me desse outra “prova” de que isso era verdade; Ele me lembrou do seguinte 
versículo: 
E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia; e estivemos alguns 
 dias nesta cidade. (At 16:12) 
 Foi aí que encontrei o que procurava, pois em 2 Coríntios Paulo disse que essas pessoas passaram de uma “profunda 
pobreza” para uma “generosidade abundante”. E eu queria saber como Deus pega um grupo de pessoas e derrama Sua graça 
sobres elas, prosperando-as. Note que em 2 Co 8:1 Paulo disse que a “graça de Deus” foi fundamental para causar mudança 2
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financeira. Meu entusiasmo continuou a crescer ao passar mais tempo meditando no livro de Filipenses. A resposta de como 
Deus fez isso tinha que estar lá em algum lugar. 
 Continuei orando e meditando no livro de Filipenses, e o Espírito Santo foi chamando minha atenção a  outros 
versículos que não faziam sentido para mim. Cada vez que eu os lia, parecia que recebia um “cutucão” no meu espírito, como 
se lá houvesse um tesouro escondido.  
E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento, Para que aproveis 
 as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo. (Fp 1:9,10) 
 Para entender melhor o que Paulo estava dizendo, resolvi procurar certas palavras desses versículos no dicionário 
grego. Aqui estão elas, seguidas de suas definições: 
Ciência = Epignosis = Total conhecimento, participação maior do conhecedor sobre o objeto conhecido, de modo que ele 
seja mais poderosamente influenciado. 
Conhecimento = Aisthesis = Percepção, discernimento. 
Aprovar = Dokimazo = Aprovar após testar. Usado especialmente com relação a materiais. Moedas eram provadas, testadas 
pelo fogo para confirmação de sua preciosidade. 
Excelente = Diaphero = Diferente, o melhor. 
Sincero = Eilikrines = Genuíno, puro {decidido}. 
Escândalo = Tropeço, ou que faz tropeçar. 
 Depois de muitas horas de meditação e oração no espírito, tendo em mente o contexto da carta inteira, o Senhor me 
deu a seguinte paráfrase do versículo 9 e 10: 
 “Oro para que na medida em que o seu amor por Jesus cresça, você passe a conhecê-Lo melhor. Você entenderá o que Ele está fazendo na 
terra e se tornará ainda mais participante dos Seus planos, propósitos e buscas. A própria mente de Cristo passará a ter maior influência sobre 
todas as áreas da sua vida. Sua aproximação Dele resultará em mais discernimento sobre no que deve se envolver ou não. Você será capaz de testar 
muitos planos com a mesma mente (processo de raciocínio) de Jesus, para determinar qual possui o maior potencial para cumprir Seus planos nessa 
terra. Através desse processo você permanecerá sincero, genuíno, puro e decidido a servir a Jesus, não a Mamom. Essa pureza e decisão salvarão você 
de qualquer tropeço no modo de pensar do mundo (o engano das riquezas e o desejo por outras coisas), e salvará outros do tropeço também”. 
 Note que essa oração vai além de qualquer “fórmula” que é normalmente ensinada sobre como prosperar no Reino 
de Deus. Dar e receber é importante, mas o Senhor me disse que está mudando a mentalidade da Igreja de “fórmula a um 
relacionamento verdadeiro” quando se trata de prosperidade. Olhe como essa oração está em concordância com isso. Paulo 
ora para que o “amor deles por Jesus” aumente. Assim, eles passarão a “conhecê-Lo” cada vez melhor. Na medida em que eles 
conhecem Jesus e mantêm um relacionamento com Ele, começarão a entender Sua mente e Seu plano para suas vidas. E ao 
conhecer essas coisas, eles poderão tomar as decisões corretas com respeito a todos as situações da vida... no que devem se 
envolver ou não. Através desse método, o próprio Jesus estará guiando seus passos, para prosperá-los “individualmente” de 
acordo com Seu plano para cada pessoa. 
 Isso requer RELACIONAMENTO & COMUNHÃO... NÃO FÓRMULAS! Quando o próprio Jesus dirige os seus 
passos pela liderança do Espírito Santo, Ele pode prosperar você sem que você seja dominado pelo modo  de pensar do 
mundo, que normalmente é cheio de ganância, engano das riquezas e desejo por outras coisas. São essas características que 
muitas vezes fazem com que os cristãos mais sinceros tropecem quando começam a prosperar. Jesus deseja que Seus irmãos 
prosperem, mas não quando isso põe em risco o relacionamento com Ele! Lembre, 
  
Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e 
 desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. (Mt 6:24) 
 É por isso que nos meus ensinos sobre o Reino das Finanças, Ele me fez enfatizar bastante a importância de passar 
muito tempo em adoração, oração no espírito e meditação na Palavra de Deus. O tempo usado para fazer essas práticas é o 
que constrói um relacionamento contínuo e aumenta a comunhão com o próprio Jesus! É isso que afina o nosso homem 
espiritual, tornando-o sensível à liderança de Jesus através do Espírito Santo. Para desenvolver um relacionamento verdadeiro 
com Jesus, é necessário passar tempo com Ele. E a recompensa desse relacionamento é “insondável”. Ele quer que o nosso 
relacionamento e comunhão com Ele seja muito mais do que uma mera “fórmula” de dar e receber. É claro que nosso dar e 
receber está envolvido, mas nunca será o fundamento da nossa prosperidade. O fundamento da nossa prosperidade é a “graça 
de Deus” que Paulo ensinou aos Filipenses e aos Coríntios. 
Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para 
 que pela sua pobreza enriquecêsseis. (2 Co 8:9) 3
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 Jesus levou nossa pobreza na cruz da mesma forma que levou nossos pecados, nossas doenças e dores. Ele tomou 
sobre Si a maldição da pobreza para que todos nós tivéssemos acesso a todas as riquezas do Pai em glória. A obra consumada 
de Jesus Cristo é o fundamento de toda a prosperidade no novo testamento... NÃO AS NOSSAS OFERTAS! 
 Parece que as pessoas entendem melhor quando explico dessa forma. Todos nós sabemos que precisamos perdoar as 
ofensas dos outros contra nós. Amém! No entanto, se eu lhe perguntasse, “É assim que uma pessoa entra no Céu? Quando 
perdoa?” Você diria, “Não, uma pessoa é salva porque Jesus levou seus pecados na cruz e ela O recebeu como Salvador e 
Senhor”. Isso mesmo! Em outras palavras, colocamos nossa fé na obra consumada de Jesus na cruz quando Ele levou nossos 
pecados e recebemos perdão total. A OBRA DELE É O NOSSO FUNDAMENTO! O ato de perdoar é simplesmente uma 
extensão do fundamento dessa obra consumada de quando “nós fomos perdoados”. Quando se trata da salvação, todos nós 
entendemos, 
 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, 
 para que ninguém se glorie. (Ef 2:8,9) 
 O mesmo acontece com a cura. Todos sabemos que não somos curados por nossas “obras”. Não podemos “merecê-
las” não importa quantas “boas obras” façamos. Mais uma vez, assim como a nossa salvação, fomos curados pela graça através 
da fé na obra consumada de Jesus Cristo quando Ele levou nossas doenças e carregou nossas dores, e pelas Suas chagas fomos 
curados. 
 No entanto, se cremos nos ensinos atuais, parece que quando se trata da nossa pobreza, o que importa são nossas 
“ofertas”... nossas “obras”. Não! Mil vezes NÃO! Pela GRAÇA fomos salvos do pecado. Pela GRAÇA fomos salvos das 
doenças. Pela GRAÇA fomos salvos da pobreza. O conhecimento dessa GRAÇA foi o que transformou a “profunda 
pobreza” dos Filipenses em “abundância de generosidade”. 
 Dar e receber é muito importante, mas não podem se tornar o “fundamento” de nossa prosperidade. Contudo, 
muitos de nós estamos entendendo isso às avessas. Quero dizer que muitos de nós pensam que “ofertar” fará com que Deus 
nos “prospere”. Não. Ofertamos porque Ele já nos deu acesso direto às riquezas do reino quando Jesus levou nossa pobreza 
na cruz. É pela GRAÇA que somos salvos em todos os aspectos da vida. A GRAÇA sempre se refere à obra consumada de 
Jesus Cristo na cruz. A OBRA DELE é o nosso fundamento. Todas as nossas ações são resultado do que Ele já fez por nós. 
 Foi por isso que Paulo pôde orar pelos seus mantenedores em Filipo, 
O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. 
 (Fp 4:19) 
 Você já se perguntou por que Paulo achou necessário terminar essa bela oração com “por Cristo Jesus”? Por que ele 
não disse simplesmente “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória”? PORQUE 
A RAZÃO PELA QUAL DEUS PÔDE SUPRIR TODAS AS NECESSIDADES DELE FOI A OBRA CONSUMADA DE 
JESUS CRISTO, QUANDO ELE LEVOU A POBREZA DELES NA CRUZ! Jesus levou a pobreza deles por graça, para 
que eles sempre tivessem livre acesso à Sua riqueza pela fé. 
 As ofertas deles tinham alguma função, então? Claro! Ofertar é uma ação correspondente ao fato de “estar próspero” 
da mesma forma que “perdoar os outros” é uma ação consequente de “ter sido perdoado”. A fé verdadeira sempre requer 
“ações correspondentes” para se tornar efetiva. Tiago nos disse; 
Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta. (Tg 2:26) 
  
 Por isso, é sempre necessário que tomemos cuidado para nunca substituirmos a “graça” por “obras”. Muitos crentes 
que estão com dificuldades financeiras se correspondem comigo. Sempre os ouço por bastante tempo para saber o que está no 
seu coração, pois “a boca fala do que está cheio o coração”. Quase todas as vezes, não demora muito para que eles enfatizem 
como são fiéis nas “ofertas” para a obra do reino. Quanto mais eles falam, mais revelam que sua fé está nas “ofertas”. Até 
hoje, nunca ouvi menção do que Jesus fez na cruz, levando toda nossa pobreza. Olhe esse versículo mais uma vez: 
 Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para 
 que pela sua pobreza enriquecêsseis. (2 Co 8:9) 
 O que isso realmente quer dizer? O que nos dá acesso às riquezas? A POBREZA DELE! ATRAVÉS DA POBREZA 
DELE! 4
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 Jesus aceitou Se despojar de todas as posses terrenas na cruz. Os soldados até lançaram sortes de suas vestimentas. E 
Ele também já havia deixado as riquezas do Céu para vir à terra e se sujeitar à cruz, à pobreza completa. Mas, por quê? Ele 
levou nossos pecados para que pudéssemos receber Sua justiça. Ele levou nossas doenças, para que recebêssemos Sua cura. 
Ele levou nossa pobreza para que tivéssemos acesso à Sua riqueza ilimitada. 
 Quando começo a explicar isso para as pessoas que me ligam ou me escrevem, parece ser um conceito totalmente 
novo, como se nunca tivessem ouvido isso antes. Não é surpresa que o diabo tenha sido tão bem-sucedido em tirar a 
prosperidade financeira do povo de Deus. Até Satanás sabe que foi pela GRAÇA que fomos salvos, não por obras. Sempre 
que ele puder manipular nossos pensamentos para que confiemos em nossas próprias “obras”, ele sabe que seremos excluídos 
da GRAÇA, pois ela só pode ser acessada por FÉ. Fé em quê? Fé na obra consumada de Jesus Cristo na cruz. 
 Então, como devemos proceder? Se você é um crente ofertante que ainda tem dificuldades financeiras, a primeira 
coisa que eu sugiro é começar a semear 2 Co 8:9 no seu espírito, falando esse versículo repetidas vezes. Confessei esse 
versículo centenas de vezes, literalmente, até que  ele se tornou verdade para mim. Eu queria plantar essa semente tão 
profundo em mim, para que eu nunca mais pensasse que “ofertar” era o fundamento da minha prosperidade. Então, eu ainda 
oferto? Mais do que nunca! Quando tirei a minha fé das “minhas ofertas” e a coloquei na “obra Dele” na cruz por mim, não 
demorou para que as minhas finanças prosperassem. A mesma GRAÇA que levou os Filipenses da “profunda pobreza” à 
“generosidade abundante” começou a operar em mim também. Mas isso não foi através de uma “fórmula”, como o próximo 
parágrafo explicará. 
 Em segundo lugar, da mesma forma que você adora o Senhor como seu Salvador, e da mesma forma que você adora 
o Senhor como sua Cura, comece a adorá-Lo como seu Provedor. Foi a obra Dele que abriu as fontes ilimitadas do Pai para 
você. As suas ofertas são apenas ações correspondentes à obra já terminada. Nos seus momentos de adoração, dê-Lhe graças 
por Ele ter levado sua pobreza para que você tivesse acesso às Suas riquezas. Confesse que Jesus é o seu Provedor. Ele 
realmente é! 
 Em terceiro lugar, além dos momentos de adoração, não deixe de passar bastante tempo orando no Espírito. Essa é 
uma das principais formas pela qual sua “comunhão”  com o Senhor se torna mais íntima e pessoal. O Espírito Santo 
começará a revelar a mente e o plano de Cristo para a sua vida. Ele começará a lhe mostrar no que “deve se envolver ou não”. 
Você verá que tomará decisões que estão muito mais alinhadas ao plano de Cristo para VOCÊ... VOCÊ! 
Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos 
 conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. (1 Co 2:12) 
 “Gratuitamente” se parece muito com GRAÇA, não é? Pela GRAÇA de nosso Senhor Jesus Cristo você recebeu 
“livre acesso” a todas as riquezas do Pai em glória. O Espírito Santo foi enviado para que você “conhecesse” essas coisas. Ele 
trará a mente, os planos e instruções do Senhor Jesus Cristo para você, na medida em que você estiver em comunhão com Ele. 
DEUS O ABENÇOE! 
Gary e Sue Carpenter

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Bibliologia





by Wagner  E Lize

em Bibliologia


Índice

1 INTRODUÇÃO

2 1 - A IMPORTÂNCIA DAS ESCRITURAS
2.1 1.1     A NECESSIDADE DAS ESCRITURAS
2.2 1.2 COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA
2.3 1.3 O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
3 2 - BÍBLIA - O LIVRO
3.1 2.1 A ESTRUTURA DA BÍBLIA
3.1.1 2.1.1 O Antigo Testamento (AT)
3.1.2 2.1.2 O Novo Testamento (NT)
3.2 2.2 - AS ÉPOCAS BÍBLICAS
3.2.1 2.2.1 Época Abraâmica
3.2.2 2.2.2 A Época de Israel
3.3 2.2.3 O Período Interbíblico
3.3.1 2.2.4 A Época do Cristianismo
3.4 2.3 ALIANÇAS E DISPENSAÇÕES
3.4.1 2.3.1 - Alianças
3.4.2 2.3.2 Dispensações
4 3 - O CÂNON DA BÍBLIA
4.1 3.1 - A BÍBLIA COMO A PALAVRA DE DEUS
4.2 3.2 - A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA
4.2.1 3.2.1 - Provas da inspiração divina da Bíblia
4.3 3.3 - FALSAS TEORIAS SOBRE A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
4.4 3.4 - OS LIVROS APÓCRIFOS
5 4 - A BÍBLIA AO LONGO DOS SÉCULOS
6 4.1 - AS LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA
7 4.2 - A TRADUÇÃO DA BÍBLIA
7.1 4.2.2 - A Vulgata
7.2 4.3 - VERSÕES EM PORTUGUÊS
7.2.1 4.3.1 - A versão de Almeida
7.2.2 4.3.2 - A Versão de Figueiredo
7.2.3 4.3.3 - A Tradução Brasileira
7.2.4 4.3.4 - A Versão de Rohden
7.3 4.3.5 A Versão de Matos Soares
8 4.4 - ALGUMAS OBSERVAÇÕES E CURIOSIDADES SOBRE O TEXTO BÍBLICO
8.1 4.4.1 - As palavras em itálico
8.2 4.4.2 - O uso da margem
8.3 4.4.3 - Datas impressas no textos
8.4 4.4.4 - O sumário dos capítulos
8.5 4.4.5 - A divisão do texto bíblico em capítulos e versículos
8.6 4.4.6 - A divisão do texto em parágrafos
8.7 4.4.7 - Aprendendo a ler e a escrever referências bíblicas
8.8 4.4.8 - Diferença entre texto, contexto, referência e inferência
8.9 4.4.9 - Algumas particularidades sobre a Bíblia
9 CONCLUSÃO
10 BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO

A disciplina Bibliologia - Estudo sobre a Palavra de Deus, é também conhecida como Isagoge (termo grego que significa conduzir para dentro), e tem como objetivo introduzir o estudante nos mistérios revelados pelo Senhor Deus através das Sagradas Escrituras. Dessa forma, Bibliologia é o estudo dos assuntos inerentes à Bíblia. Essa matéria auxilia o estudante a desvendar a Palavra de Deus, a obter compreensão sobre a Bíblia e, é indispensável a qualquer área da Teologia, elucidando inumeráveis fatos bíblicos. Um dos pontos mais importantes da Bibliologia é o estudo do milagre bíblico, ou seja, a forma impressionante com que os textos foram escritos, preservados e trazidos até os tempos atuais.
Nas lições deste módulo estudaremos sobre como a Bíblia é rica em detalhes referentes aos fatos que nos revela. A compreensão da riqueza dos fatos registrados na Bíblia ajuda o estudante a compreender melhor a vontade de Deus revelada em sua Palavra. Esperamos que a partir desse estudo, você possa ser beneficiado com o crescimento espiritual e sinta-se mais ansioso para permanecer saciando sua sede na infindável fonte que é a Bíblia Sagrada.
Para melhor compreensão da Bíblia providencie um bom dicionário secular, um dicionário bíblico, uma chave (ou referência) bíblica, um livro de geografia bíblica e uma enciclopédia bíblica. A maioria das Bíblias de Estudo vêm equipadas com chave e dicionário bíblico, além de notas de rodapé e mapas que auxiliam no estudo do texto sagrado. Além dos auxílios acima citados, a Bíblia é o livro que deve ser lido com reverência, em oração, para que o Espírito Santo, que é seu maior intérprete, possa atuar sobre cada um, nos dando a exata dimensão da vontade de Deus.
[editar]1 - A IMPORTÂNCIA DAS ESCRITURAS

A Bíblia é o único livro na história da humanidade que revela a Deus, ou ainda, que é a palavra do próprio Deus. Todas as demais obras não conseguem provar por si próprio que tem como autor o Senhor de todo o Universo. Somente a Bíblia conta a maior história de amor, jamais revelada de outra forma, a não ser a do Senhor Jesus Cristo, para salvação da humanidade. Somente a mensagem da Bíblia é capaz, na direção do Espírito Santo, conduzir o homem em todas as áreas de sua vida: “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios ... antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Sl 1.1,2).
[editar]1.1 A NECESSIDADE DAS ESCRITURAS
A revelação de Deus ao homem através dos tempos tem sido por meio das obras que Ele criou (Rm 1.20, Sl 19.1-6). Além das obras, a maior fonte de revelação de Deus está em sua Palavra, a Bíblia Sagrada. Costuma-se dizer que essa revelação é dupla, sendo a Bíblia a palavra escrita e Cristo a palavra viva. Essa dupla revelação tornou-se necessária devido a queda do homem. Ao estudarmos a Bíblia devemos considerar as seguintes afirmações: a) A Palavra de Deus é o único manual do crente - Os manuais existem para orientar as pessoas sobre os procedimentos corretos em determinadas ocasiões. Dessa forma, a Bíblia nos ensina a servir ao Senhor, a empregar bem as orientações deixadas por Deus para uma vida feliz e para a correta realização de Sua obra. É também a Bíblia que nos mostra o caminho da salvação, da santificação e da vida eterna. A eficiência no uso da palavra vem do exercício constante, da prática (1 Pe 2.9, 3.15; Ef 2.10; 2 Tm 2.15; Is 34.16; 55.11; Sl 119.130).
b) A Palavra de Deus alimenta nossa almas - O estudo da Palavra é uma nutrição perfeita para nosso crescimento espiritual. Todo alimento só nutre o corpo se for absorvido pelo organismo e se for ingerido com regularidade. Quem não tem apetite pela Palavra de Deus não tem também saúde espiritual (Mt 4.4; Jr 15.16; 1 Pe 2.2).
c) A Palavra de Deus é um instrumento do Espírito Santo (Ef 6.17) - O Espírito Santo tem mais instrumentos para operar onde há abundância da Palavra de Deus. Quando estamos imersos na Palavra, o Espírito atua mais livremente em nossa vida (Sl 1.2; Js 1.8).
d) A Palavra de Deus nos enriquece espiritualmente - Por não conhecer adequadamente a Palavra de Deus, muitos crentes se tornam fanáticos. Em vez de deixarem o Espírito Santo usá-los, querem usar o Espírito Santo para fazer suas vontades. Por outro lado, há os que conhecem a Palavra mas a falta de correta e pronta orientação espiritual, principalmente aos novos convertidos, pode resultar em vidas desequilibradas e doentias pelo resto da existência. São pessoas que ferem a si mesmas e as outras pessoas com as quais convivem, por não compreenderem as riquezas da liberdade conquistada por Cristo (Sl 119.72; Ef 1.17; 1 Co 2.10).
e) A Palavra de Deus renova a fé do cristão - Para termos nossas orações respondidas por Deus, precisamos apoiar nossa fé nas promessas contidas em sua Palavra. Por outro lado, a Palavra de Deus desperta fé em nós. Precisamos pedir conforme a vontade de Deus. E uma forma de conhecer a vontade de Deus é por meio de sua Palavra (Jo 15.7; Rm 10.17; Jo 5.14).
A Bíblia é a revelação de Deus à humanidade. Tudo que precisamos Deus nos revelou por meio de sua Palavra. Somente precisamos nos apropriar dessas revelações e pela fé concretizá-las em nossa vida. O autor da Bíblia é Deus, seu intérprete é o Espirito Santo e seu tema central é o Senhor Jesus Cristo.
[editar]1.2 COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA
Para tirar o máximo aproveitamento da Bíblia, devemos estudá-la: a) Conhecendo o seu autor - A Bíblia é o único livro cujo autor está presente quando alguém o está lendo. Ninguém explica melhor um livro do que seu próprio autor. Conhecendo e amando o autor da Bíblia, fica mais fácil compreender Sua vontade.
b) Diariamente - Como alimento espiritual, a Bíblia só surte efeito se for degustada diariamente, como nossas principais refeições. Caso isso não aconteça, o crente será alvo da destruição espiritual (Dt 17.19; Jo 16.12; Hb 5.12; Mc 4.33).
c) Com reverência - A maneira como lemos a Bíblia é importante para determinar o aproveitamento dessa leitura. É importante observar o seguinte: (I) Estudar a Bíblia como a Palavra de Deus, e não como um livro qualquer; (II) Estudar a Bíblia em atitude de oração, com o coração voltado para Deus; (III) Estudar em atitude de humildade (Tg 1.21); (IV) Estudar crendo em seu ensino (Lc 24.25).
d) Com oração - A melhor leitura bíblica é aquela feita vagarosamente, com meditação, a exemplo dos servos de Deus no passado (Sl 119.12,18; Dn 9.21-23; Sl 73.16-17). A meditação aprofunda a compreensão.
e) Completamente - Existem textos bíblicos que não recebem a devida atenção dos seus leitores. Ler a Bíblia toda, em atitude de oração e meditação, ajuda a compreender melhor Sua mensagem. Sendo a Palavra de Deus, a Bíblia é infinita em sua mensagem, mas nem por isso devemos desistir de estar sempre buscando mais. O Espírito Santo nos ajuda nessa caminhada de compreensão da vontade de Deus (Rm 11.33,34; 1 Co 13.12; Dt 29.29).
[editar]1.3 O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
Jesus é o tema central da Bíblia, conforme Ele mesmo declara em Lc 24.44 e Jo 5.39. Leia também At 3.18; 10.43 e Ap 22.16. Considerando Jesus como o tema central da Bíblia, podemos dividir os 66 livros em quatro grandes grupos: a) Preparação: todo o Antigo Testamento. b) Manifestação: os Evangelhos. c) Explanação: são as Epístolas. d) Consumação: o livro de Apocalipse.
[editar]2 - BÍBLIA - O LIVRO

Não encontramos o vocábulo “Bíblia” no texto das Sagradas Escrituras. Esse nome provém do grego, tendo como origem o termo “papiro”. A forma de escrita mais disseminada na Antigüidade era com o uso do papiro. Por sua vez, os gregos chamavam o papiro de biblos, um rolo de papiro era um bíblion e vários destes era uma “bíblia” ou livro. A palavra “bíblia” significa, assim, “livros pequenos” ou “coleção de livros pequenos”. Grande parte dos escritos sagrados nas sinagogas era escrita em papiro (Lc 4.17).
O papiro foi um dos principais materiais usados para escrever os manuscritos bíblicos. O centro da indústria do papiro era o Egito, onde teve início a sua utilização. Antes do surgimento dos equipamentos gráficos os livros eram escritos a mão, em forma de rolos, em materiais como o papiro ou pergaminho. O papiro era uma planta que crescia junto aos rios. A entrecasca, depois beneficiada, formava rolos de grande extensão, permitindo a escrita. A Bíblia menciona o papiro diversas vezes: Ex 2.3; Jó 8.11; Is 18.2. Em algumas passagens, a Bíblia menciona junco, no lugar do papiro. Na verdade, o papiro era extraído de uma espécie de junco gigante. A palavra papel também é derivada de papiro. O uso desse material data do ano 3 mil antes de Cristo.
O pergaminho foi o outro material usado para escrever os manuscritos bíblicos. Esse nome está relacionado com Pérgamo, cidade que ficou famosa pela fabricação de pergaminhos, cuja matéria-prima era de peles de animais, sendo material bem mais durável e resistente que o papiro para a escrita (2 Tm 4.13). O pergaminho é um material de uso mais recente, aplicado a partir do Novo Testamento.
Mais recentemente, no final da Idade Média, foi inventada a imprensa. O primeiro livro impresso foi a Bíblia, em 1452, em alemão. A partir de então, a difusão dos ensinos bíblicos tornou-se mais rápida e eficiente. Hoje a Bíblia é divulgada de diversas formas, inclusive por meio de gravação (áudio), vídeos, programas de computador, Internet e outros meios.
Os estudiosos no assunto afirmam que a expressão Bíblia foi primeiramente adotada por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no V século de nossa era.
Alguns outros nomes pelos quais a Bíblia é conhecida: Escrituras (Mt 21.42); Sagradas Escrituras (Rm 1.2); Livro do Senhor (Is 34.16); A Palavra de Deus (Mc 7.13; Hb 4.12); Os oráculos de Deus (Rm 3.2).
A arqueologia moderna tem sido a maior fonte científica que comprova a infalibilidade do Livro Sagrado. A história da Bíblia, como chegou até nós, é encontrada em seus manuscritos. Manuscritos são livros da antiga literatura, escrito à mão.
[editar]2.1 A ESTRUTURA DA BÍBLIA
A Bíblia divide-se em duas partes principais: o Antigo e o Novo Testamento, tendo ao todo 66 livros, 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo. Esses livros foram escritos no período de 16 séculos e tiveram cerca de 40 escritores. Foram pessoas de diversas épocas, diversas línguas, profissões diferentes, mas revelando uma mesma mensagem: aquela que o Supremo Autor desejou passar. Aqui está o grande milagre da Bíblia.
Testamento vem do grego “diatheke” e significa aliança ou concerto. Hoje, testamento é um documento que contém a vontade de uma pessoa quanto a distribuição de seus bens após a morte. Essa duplicidade de sentido ensina que a morte do testador (Cristo) ratificou ou selou a Nova Aliança, o que nos garante toda a sua herança (Hb 9.15-17). O termo Antigo Testamento foi usado pela primeira vez por Tertuliano e Orígenes.
[editar]2.1.1 O Antigo Testamento (AT)
A expressão "Antigo Testamento" surgiu no II século d.C., tendo sido divulgada dessa forma pelos chamados "pais latinos da Igreja", quando procuravam diferenciar as Escrituras hebraicas (os textos sagrados dos judeus, que até aquela época eram denominadas simplesmente de "Escrituras"), dos escritos que os apóstolos e discípulos de Jesus passaram a escrever, que foram denominados de as "Escrituras gregas".
Por sua vez, os judeus não denominam suas Escrituras de "Antigo Testamento", até mesmo porque se assim o fizessem, estariam reconhecendo a Jesus como o Cristo. Eles chamam o Antigo Testamento de 'TANACH", palavra formada das iniciais de Torah (Lei), Neviim (Profetas) e CHetuvim (Escritos), que é o conjunto dos escritos sagrados. Esta forma de denominar o Antigo Testamento foi utilizada por Jesus (Lc 24.44).
A expressão AT tem sua origem na carta aos Hebreus (Hb 8.6-13) que, por sua vez, toma como base o profeta Jeremias (Jr 31.31-34). O texto de Jeremias, na versão grega da Septuaginta, usa a palavra grega "diatheke", que significa pacto ou testamento, tendo sido escolhida a expressão "testamento", já que na carta aos Hebreus estes pactos somente tiveram valor em virtude de derramamento de sangue (Hb 9.1-8,16,17).
O Antigo Testamento foi produzido num ambiente histórico e cultural do Egito, da Mesopotâmia e nas nações historicamente relacionadas com essas terras, e escrito originalmente em hebraico, com alguns trechos em aramaico e em persa. Divide-se basicamente em quatro grupos de livros: Lei, História, Poesia e Profecia.
a) Lei - São 5 livros: Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio. Mais conhecidos como Pentateuco, esses livros tratam da origem de todas as coisas, da lei e do estabelecimento da nação israelita.
b) História - São 12 livros: de Josué a Ester. Ocupam-se da história de Israel em seus diversos períodos, principalmente a Teocracia (governo de Deus, sob os Juízes); a Monarquia (governo de um único rei, sob Saul, Davi e Salomão); Divisão do reinos de Judá e Israel, sendo Israel levado cativo para a Assíria e Judá para a Babilônia; Pós-cativeiro (sob Zorobabel, Esdras e Neemias, em conjunto com os profetas).
c) Poesia - São cinco livros, de Jó a Cantares de Salomão. O nome poético deve-se ao gênero de seu conteúdo, não significa que sejam fantasiosos e fictícios. São também chamados de devocionais ou “literatura de Sabedoria”.
d) Profecia - São 17 livros, de Isaías a Malaquias. Podem ser divididos em Profetas Maiores (cinco livros, de Isaías a Daniel), sendo quatro autores, visto que o livro de Lamentações se atribui a Jeremias e, Profetas Menores (12 livros, de Oséias a Malaquias). O nome Profeta Maiores ou Menores não tem nada a ver com o mérito ou notoriedade do profeta, mas, principalmente, com a extensão do livro ou do ministério profético.
A classificação dos livros bíblicos não obedece ordem cronológica, pois estão agrupados por assuntos. A forma como estão dispostos teve origem na Septuaginta, através da Vulgata.
De acordo com os renomados mestres nesta área, a ordem cronológica do AT é a seguinte:
Jó            1521 a.C.         Amós               780 a.C.  
Gênesis    1521-1500 a.C. Oséias              760 a.C.
Êxodo      1490 a.C.         Isaías               745 a.C.  
Levítico    1489 a.C.         Miquéias  740 a.C.  
Números  1451 a.C.         Sofonias   639 a.C.  
Deuteron. 1451 a.C.         Naum               630 a.C.  
Josué       1424 a.C.         Jeremias   626 a.C.  
Juízes       1126 a.C.         Lamentações    626 a.C.  
Rute 1050 a.C.         Habacuque       606 a.C.  
1 Samuel  1050 a.C.         Daniel              606 a.C.  
2 Samuel  1018 a.C.         Ezequiel   592 a.C.  
1 e 2 Reis 1015 a.C.         Obadias    586 a.C.  
Salmos     1050-975 a.C.          Ageu                520 a.C.  
Cantares   1013 a.C.         Zacarias   520 a.C.  
1 e 2 Crôn.       1004 a.C.         Ester        509 a.C.  
Provérbios        1000 a.C.         Esdras              457 a.C.  
Eclesiastes       975 a.C.           Neemias   434 a.C.  
Joel  840 a.C.           Malaquias        432 a.C.  
Jonas       790 a.C.
[editar]2.1.2 O Novo Testamento (NT)
Logo depois da ressurreição de Cristo, aqueles que foram testemunhas oculares de sua glória saíram pregando o Evangelho, a todos os lugares. Isso era feito verbalmente. Com o passar dos anos, surgiu a necessidade de registrar aquilo que ensinavam. Foi aí que os livros do Novo Testamento começaram a ser escritos. É bom lembrar que, enquanto o Antigo Testamento levou cerca de 1046 anos para ser escrito, o Novo Testamento o foi em menos de 100 anos.
O Novo Testamento tem 27 livros. Foi escrito em grego popular, conhecido como Koiné. Os livros são classificados em quatro grupos, conforme o assunto, ou seja: Biografia, História, Epístolas e Profecia.
a) Biografia - São os quatro Evangelhos. Descrevem a vida terrena de Jesus e seu ministério. Os três primeiros Evangelhos são chamados de Sinópticos devido ao paralelismo existente entre eles. Os Evangelhos são os livros mais importantes da Bíblia. Os demais livros são uma preparação para a vinda de Cristo ou uma explicação sobre a doutrina de Cristo.
b) História - É o livro de Atos dos Apóstolos. Registra a história da Igreja primitiva.
c) Epístolas - São 21 cartas, e vão de Romanos a Judas. Elas contém a doutrina da Igreja. Podem ser divididas da seguinte forma: (I) Nove são dirigidas a igrejas (de Romanos a 2 Tessalonicenses); (II) Quatro são dirigidas a indivíduos (duas a Timóteo, uma a Tito e outra a Filemon); (III) Uma é dirigida aos hebreus cristãos; (IV) Sete são dirigidas a todos indistintamente (Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas). Estas são também chamadas universais, ou gerais, mesmo duas delas serem dirigidas a pessoas (2 e 3 João). d) Profecia - Trata-se do livro de Apocalipse ou Revelação. Esse Livro aborda os eventos finais referentes ao universo, a terra, a igreja e ao destino da humanidade.
No entender cronológico, a ordem dos livros do NT seria:
1 Tessalon.       51 d.C.     Atos dos Apóstolos  64 d.C.    
2 Tessalon.       52 d.C.             1 Timóteo        64 d.C.    
1 Coríntios       56 d.C.             1 Pedro                    64 d.C.    
2 Coríntios       57 d.C.             Tito                  65 d.C.    
Gálatas     57 d.C.             Mateus                     65 d.C.    
Romanos  58 d.C.     2      Pedro                       64/65d.C.
Marcos     59/60 d.C.        2 Timóteo        67 d.C.    
Efésios     61 d.C.             Judas                        70 d.C.   
Tiago       61 d.C.             João (Ev)         85 d.C.    
Filipenses 62 d.C.             1 João                      90 d.C.    
Colossen. 62 d.C.             2 João                      90 d.C.    
Filemom          62 d.C.             3 João                      90 d.C.    
Lucas               63 d.C.             Apocalipse               96 d.C.    
Hebreus           63 d.C.            
[editar]2.2 - AS ÉPOCAS BÍBLICAS
Os livros, na Bíblia, não seguem uma ordem cronológica, pois são agrupados conforme o assunto que abordam. Devido a isso, algumas pessoas podem se confundir com a seqüência da leitura do texto bíblico.
Para facilitar, estaremos apresentando em síntese a cronologia do texto bíblico, ou seja, a seqüência histórica em que os fatos bíblicos aconteceram. Não pretendemos aprofundar aqui o estudo da cronologia bíblica, mas apenas apresentar uma idéia de como os fatos aconteceram. Na seqüência, os livros serão apresentados na ordem cronológica, até onde se conhece na atualidade.
[editar]2.2.1 Época Abraâmica
Trata-se do primeiro período de narrativa bíblica, estando dividido em duas partes: o Período Antediluviano e do Dilúvio a Abraão. a) Período Antediluviano: período de Adão ao Dilúvio. Contém o relato da origem de todas as coisas, terminando no capítulo seis de Gênesis.
Esse período registra fatos ocorridos nas imediações do Jardim do Éden, no vale do Rio Eufrates. Por lá estiveram também Abraão e Noé. Para conhecer bem as civilizações primitivas que viveram naquela região recomenda-se o estudo do capítulo 10 de Gênesis. As cidades mencionadas neste capítulo eram cidades-reinos, com governo próprio. Destaca-se nesse período a presença de homens de Deus como Abel, Sete, Noé e Enoque.
A vida extraordinariamente longa desses homens se explica principalmente pelos seguintes motivos: a) as conseqüências do pecado ainda eram pequenas sobre o homem; b) a maldição devido a queda do homem estava apenas começando; c) as condições climáticas eram outras; d) a capacidade da terra de produzir alimentos era bem melhor; e) a longevidade era necessária ao povoamento da terra; f) temos que considerar a misericórdia de Deus para com uma raça humana ainda ineficiente.
b) Do dilúvio a Abraão - após o dilúvio (Gn 6 a 11), muitas cidades antigas foram reconstruídas. A arca de Noé repousou em um dos montes da cordilheira de Ararate, perto das cabeceiras do Eufrates, mas Noé retornou a sua terra primitiva - Sinar, mais tarde chamada de Babilônia (Gn 11.2). Cerca de 100 anos após o Dilúvio, aconteceu a dispersão das raças por causa da confusão das línguas na Torre de Babel (Gn 11).
Em Gênesis 10 podemos ver uma descrição detalhada de como estavam distribuídas as nações após o Dilúvio. A família de Abraão vivia na cidade de Ur, que na época era capital da Suméria. Abraão foi fiel a Deus em um ambiente influenciado pela idolatria. Alguns teólogos afirmam que Sem foi contemporâneo de Abraão durante 150 anos, e pode ter transmitido a ele os ensinamentos divinos.
[editar]2.2.2 A Época de Israel
Trata-se do período histórico de Israel, um dos centros da narrativa bíblica, pois foi de Israel que nasceu Cristo, tema central da Bíblia.
a) Período Patriarcal: esse período vai de Abraão a José, de Canaã ao Egito. É com Abraão que começa a história de Israel como povo eleito. É ele o pai da raça hebréia (Sl 105.6; Jo 8.56). Abraão vivia em Ur, onde recebeu o chamado de Deus para fundar uma nação escolhida. Com isso, ele segue para Canaã, parando em Harã. Abraão era homem de grandes posses, bem relacionado com os reis e pessoas influentes da época.
Quando Abraão chegou a Canaã, a terra era habitada por nações excessivamente ímpias. A terra precisava ser conquistada. Deus revela seus planos a Abraão, mostrando que toda aquela terra seria de sua descendência. O cumprimento da promessa aconteceu muitos anos mais tarde.
b) Israel no Egito: esse período vai da morte de José ao Êxodo, abrangendo a escravidão de Israel no Egito. O período começa com a ida de Israel para o Egito, relatada nos primeiros 12 capítulos de Êxodo, por ocasião da fome em toda a terra. Após a morte de José, Israel teve cerca de 60 anos de paz, antes de começar a escravidão. Depois de muito sofrimento, no tempo oportuno, Deus levantou Moisés para retirar seu povo do Egito.
c) Israel no Deserto: trata-se de um período de 40 anos, tempo que Israel gastou desde a saída do Egito até a entrada em Canaã. A viagem poderia ter sido feita em bem menos tempo, mas o povo foi rebelde. Deus precisava prepará-lo melhor para a nova vida, na Terra Prometida.
Durante a viagem, a nação de Israel foi fundada, as leis foram criadas e os mandamentos divinos foram revelados. O povo, que antes era escravo do Egito, aprendeu a conviver com a presença de Deus. Todas as ordenanças do deserto apontavam para Cristo como a perfeita expiação do pecado. Destacam-se como líderes nesse período Moisés e Josué (civis) e Arão e Eleazar (religiosos). Moisés não pisou em Canaã, mas antes de morrer avistou a terra e a dividiu entre as tribos de Israel.
d) A Conquista de Canaã: esta fase da História de Israel está descrita no livro de Josué. Sob o comando de Josué, Israel cruza o rio Jordão e acampa-se em Gilgal, onde montou sua base de operações para a conquista de Canaã. Essa conquista aconteceu em três fases: a fase sul, a fase central e a fase norte.
Durante a conquista, o Tabernáculo é montado em Siló, permanecendo lá até o tempo dos Juizes. A conquista somente não foi bem sucedida porque Israel não destruiu os povos vizinhos conforme determinação de Deus. Era preciso realizar essa destruição para que o povo de Israel se mantivesse livre da influência pecaminosa daquelas nações.
Enquanto Israel obedeceu a Deus, venceu aos inimigos. Mas quando deixou de obedecê-lo, ficou enfraquecido e sofreu derrotas. O livro de Josué vai até a sua morte, cobrindo um período de 23 anos. Destacam-se como profetas dessa época um anônimo (Jz 6.8-10) e Débora (Jz 4.4).
e) Os Juízes: esse período vai da morte de Josué ao fim do ministério de Samuel. Na mesma época foram escritos os livros de Rute e 1 Samuel 1 a 9. O governo de Israel era realizado diretamente por Deus (teocrático), por meio de juízes que eram escolhidos para resolver as questões junto ao povo. Foi uma época de grande apostasia, anarquia e guerra civil, onde o povo entregou-se ao pecado. Cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos (Jz 21.25). O maior líder da época foi Samuel, o último dos juízes. Samuel também atuou como sacerdote e profeta. Também atuaram como profeta naquela época dois anônimos (Jz 6.8-10 e 1 Samuel 2.27-36) e Débora (Jz 4.4).
f) Monarquia: esse período abrange os reinados de Saul, Davi e Salomão. Foram escritos nesse período os livros de 1 Sm 9 a 1 Rs 12, 1 Cr 10 a 2 Cr 10. Foi um período áureo e esplendoroso para Israel. Saul fixou a capital em Gibeá. Davi conquistou Jerusalém das mãos dos jebuseus e tornou-a sua capital. Deus faz a aliança com Davi, prometendo-lhe nunca faltar herdeiros para o trono. Isso se cumpriu com Jesus Cristo, descendente de Davi.
O templo foi construído no reinado de Salomão. Foi uma obra imponente e magnificente, seguindo uma planta revelada pelo próprio Deus a Davi. A construção durou sete anos, e foi feita por 30 mil israelitas e 150 mil cananeus. Durante essa época houve diversos profetas não-literários (sua obra não foi escrita): um grupo, incluindo Saul (1 Sm 10.10); Gade; Natã; Aías. g) O Reino Dividido: Esse período vai da divisão dos reinos à época do cativeiro. Salomão iniciou bem o seu governo, sendo temente a Deus e piedoso. Mas na velhice, afastou-se de Deus, entregando-se à idolatria e tendo inúmeras mulheres, a maior parte vinda dos povos pagãos. Por causa disso, Deus fez a divisão dos reinos. A divisão foi predita pelo profeta Aías e aconteceu no governo de Robão, um dos filhos de Salomão.
Com a divisão, a parte do Norte chamou-se Israel. Teve 10 tribos. O primeiro rei foi Jeroboão I. A religião oficial foi o culto ao bezerro, religião que Jeroboão importou do Egito. Afundou-se no Baalismo, um culto indecente e desumano a Baal e Astarote. Os profetas Elias e Eliseu juntamente com o rei Jeú comandaram a luta contra esse tipo de culto.
O reino de Israel (Norte) durou 250 anos, teve 19 reis sendo o último Oséias. Todos adoraram o bezerro. O pior deles foi Acabe, e o menos pior foi Jorão, que quebrou a estátua de Baal mas continuou adorando o bezerro. Nenhum dos 19 reis procuraram levar o povo ao encontro com Deus.
Foi então que os reis Tiglate-Pileses III e Sargão II, da Assíria, invadiram o reino do norte levando o povo de Israel cativo 722 a.C.. Sargão enviou seus súditos para povoar Samaria, capital do reino do norte, originando assim os samaritanos, gerando uma religião mista que se prolonga até os tempos de Cristo. Além de destruir o reino do Norte, a Assíria invadiu Judá, capturando todo o Judá, menos Jerusalém, devido a uma intervenção de Deus. O anjo do Senhor feriu 185 mil assírios em uma só vez. Posteriormente, a Assíria foi vencida por Babilônia.
A partir dessa época, a cronologia bíblica se torna mais precisa. As olimpíadas gregas iniciadas em 776 a. C. e realizadas a cada quatro anos, são uma boa referência para o cálculo das datas. Além disso, o Império Romano deixou registros com datas bem precisas que servem de guia cronológico.
O reino do Norte teve os seguintes profetas: (I) Não-literários - os dois anônimos já mencionados; Elias; um outro anônimo (1 Rs 20.13); Micaías; Eliseu e Obede; (II) Literários - Jonas; Oséias; Amós (profeta de Judá, mas com mensagem para Israel) e Miquéias (idem).
O reino do Sul, Judá, teve duas tribos: Judá e Benjamim. Algumas famílias de outras tribos também se uniram a Judá. A tribo de Simeão ficava ao sul de Judá, sem comunicação com o Norte. A capital continuou sendo Jerusalém. Depois do cativeiro do reino do Norte, Judá permaneceu cerca de 100 anos livre. Judá teve 20 reis. Os três melhores reis foram Ezequias, Josias e Joás. O pior de todos os reis foi Atália.
h) O Cativeiro Babilônico: Nabucodonosor invadiu Judá e levou preso o rei Jeoaquim. Levou também cativos os membros da família real, inclusive Daniel. A contagem dos 70 anos de exílio começou em 606 a. C., quando três anos depois, Jeoaquim se rebela contra Nabucodonosor.
Depois disso, Nabucodonosor volta, saqueia o templo e leva Joaquim (filho de Jeoaquim), além de 10.000 outros judeus, entre príncipes e oficiais - a aristocracia judaica. Põe Zedequias, irmão de Jeoaquim como rei em lugar deste. Levou também cativo o Profeta Ezequiel.
Finalmente, em 587 a. C., Jerusalém é sitiada por Nabucodonosor. Depois de um ano e meio de cerco, acaba a resistência de Jerusalém. Acabam-se os alimentos e a cidade é tomada. O povo estava com fome. O rei Zedequias foi capturado quando tentava fugir, sendo levado até Nabucodonosor, onde teve os olhos vasados, sendo depois levado para a Babilônia. Alguns remanescentes pobres foram poupados, mas acabaram fugindo para o Egito.
Os profetas desse tempo foram: (I) Não literários - Semaías; Ido; Azarias; Eliézer; um anônimo (2 Cr 25.15); Hulda; Urias; Hanani; Jaaziel; (II) Literários - Daniel (na corte de Nabucodonosor); Ezequiel (no campo, entre os cativos. Era sacerdote); Jeremias (ficou entre os remanescentes).
O cativeiro curou Israel da idolatria até hoje. Desde então, os judeus não podem ser acusados de idolatria. Devido o cativeiro, as Escrituras passaram a ser estudadas e surgiram as sinagogas.
i) A Restauração de Israel: depois de 70 anos, previstos antes por Isaías, um governador persa, Ciro, proclamou o retorno dos judeus e restaurou Israel. O templo foi reconstruído, menor e menos rico que o anterior.
Ester, uma judia formosa, tornou-se rainha da Pérsia 58 anos após o retorno de Israel. O livro de Ester situa-se entre os capítulos 7 e 8 de Esdras.
O período da restauração teve os seguintes líderes: Josué e Esdras (religiosos); Zorobabel e Neemias (civis, atuando como governadores). Ageu e Zacarias, no início da reconstrução do templo. Malaquias, no final da reconstrução. Atuaram em relação ao cativeiro os seguintes profetas: Joel, Amós, Isaías e Miquéias, Sofonias, Naum, Habacuque, Obadias e Jeremias.
[editar]2.2.3 O Período Interbíblico
Esse período vai de Malaquias ao advento de Cristo. Durou cerca de 400 anos. Durante esse período, Israel ficou dominado pela Pérsia. Os persas foram brandosos e tolerantes, pelo que Israel gozou de certa liberdade. Durante esse período nenhum profeta se levantou.
Apesar do silêncio bíblico sobre esse período, a história registra diversos acontecimentos que foram decisivos para a configuração do mundo bíblico por ocasião do nascimento de Cristo. Após o domínio persa, Alexandre, monarca grego levou a língua daquele país ao mundo da época, preparando caminho para o surgimento da Bíblia em grego (Septuaginta). O fato do mundo todo falar grego na época favoreceu a expansão do Evangelho. Veja aí o plano de Deus.
Logo antes da vinda de Cristo, por volta do ano 63 a.C, a Palestina passa ao domínio de Roma. Na época do nascimento de Jesus, governava a Galiléia Herodes, O Grande. Herodes praticou todos os atos que julgou necessários para chegar ao trono, matando inclusive todos os membros do Sinédrio, alguns nobres e pessoas da própria família.
[editar]2.2.4 A Época do Cristianismo
Tem início com o nascimento de Jesus, indo até o arrebatamento da Igreja. a) O Nascimento de Jesus: Jesus nasceu no ano 5 a.C. A contagem dos anos deveria se iniciar com o seu nascimento, mas devido a um erro de cronologia, ocorreu esse lapso histórico. Quando Jesus nasceu, reinava na Judéia Herodes. Ao receber a visita dos magos do Oriente, que perguntaram Onde é nascido o rei dos Judeus?, Herodes, que já vivia preocupado com a possibilidade de uma conspiração contra seu trono, fingiu desejar adorar o Cristo, com a intenção de matar o menino. Por obra divina, Jesus livrou-se de todas as perseguições, prosseguindo em sua missão.
Mesmo com seus pontos negativos, Herodes (sem saber) contribuiu para a implantação do reino messiânico banindo o banditismo da Galiléia, condenando sumariamente os malfeitores, mesmo sem a aprovação do Sinédrio.
b) A destruição de Jerusalém: por volta do ano 70 d.C. aconteceu uma revolta dos judeus contra os romanos, resultando em guerra. O César da época era Nero, que escolheu seu melhor general para sufocar a revolta. A sede de governo a qual pertencia Israel estava na Síria, de onde veio Céstio Galo com 40 mil soldados para atacar Jerusalém. Os judeus resistiram, e Galo teve que retirar-se perdendo seis mil homens.
Quatro anos depois, no dia de Páscoa, Tiago surge com seu exército de 50 mil homens. Depois de cinco meses de cerco, os muros foram derrubados, o templo incendiado e a cidade assolada. Morreram cerca de um milhão de pessoas, além de 95 mil que foram levadas cativas. Foi a queda do Judaísmo.
Em 132-135 aconteceu outra revolta dos judeus, liderados por Bar-Cochba. Os judeus se apoderaram de Jerusalém e tentaram reconstruir o templo. A revolta foi sufocada pelo exército romano, que destruiu o Estado Judaico definitivamente. Os judeus foram expulsos da Palestina e impedidos de voltar, sob pena de morte. No lugar do templo, foi erguido um templo a Júpiter.
De 135 a 1948, os judeus não tiveram pátria. Andaram errantes por toda parte da Terra. Todos podiam mandar na Palestina, menos os judeus. Em 14 de maio de 1948 renasceu o Estado de Israel, segundo as promessas das Escrituras e pela iminência da volta de Jesus. Três civilizações achavam-se na palestina nos tempos do Novo Testamento: a) a Grega, representando a cultura e o saber; b) a Romana, representando a lei e o poder. c) a Judaica, representando a religião e a justiça.
c) A história da igreja propriamente dita começa com o nascimento do Senhor Jesus no ano 5 a.C, e estende-se até aos tempos atuais. A época do Cristianismo nos dias do Novo Testamento tem três períodos: (I) O Período da Vida de Cristo (conforme citam os Evangelhos); (II) O Período da Igreja em Jerusalém. (Atos até o capítulo 12); (III) O Período da Igreja missionária (Atos a partir do capítulo 13 e nas epístolas).
Após os dias do Novo Testamento, a época do Cristianismo pode ser estudada dentro dos quatro períodos da história secular: (I) O Período Romano, até queda de Roma, em 476 d.C.; (II) O Período Medieval, da queda de Roma, ao fim do Império Romano do Oriente (476-1453 d.C); (III) O Período Moderno (do fim do Império Romano do Oriente à Revolução Francesa (1453 - 1789 d.C); (IV) O Período Contemporâneo (De 1789 aos nossos dias).
[editar]2.3 ALIANÇAS E DISPENSAÇÕES
Deus sempre revelou ao homem Seus divinos e eternos propósitos, estabelecendo alianças ou concertos, todos revelados nas Escrituras Sagradas. Ao mesmo tempo, em Sua soberania, Deus mantém o governo de tudo.
[editar]2.3.1 - Alianças
Uma aliança é um contrato entre duas partes. É um acordo onde as duas partes pactuadas concordam com as condições e os termos da Aliança. Nesta aliança consta os benefícios e as responsabilidades para ambas as partes, ou seja um concerto. A Bíblia revela que o Senhor Deus fez várias Alianças com o homem, em várias épocas, sob várias circunstâncias e fundamentadas em diversas promessas, para revelar ao homem como manter comunhão com o Seu Criador.
Geralmente, são destacadas oito alianças firmadas entre Deus e o homem, sendo sete no período do Antigo Testamento e uma do Novo Testamento: 1. A Edêmica (Gn 2.16); 2. A Adâmica (Gn 3.15); 3. A Noética (Gn 8.20-22; 9.16); 4. A Abraâmica (Gn 12.1,2); 5. A Mosaica (Êx 19.3-5); 6. A Palestiniana (Dt 30); 7. A Davídica (2 Sm 7.5-17); 8. A nova Aliança (Jr 31.31-34; Mt 26.28; 1 Tm 2.5).
[editar]2.3.2 Dispensações
Dispensação vem do Grego OIKO= CASA e NOMOS=LEI, GOVERNO. Uma dispensação é o governo duma casa. Uma dispensação é uma administração, um programa de governo. Deus preparou, pelo menos, 07 programas de governo ao longo da existência da humanidade, cada qual com peculiaridades específicas, onde cabe ao homem uma responsabilidade e, conseqüentemente, um julgamento de todos os seus atos.
As dispensações são: 1. Inocência; 2. Consciência; 3. Governo Humano; 4. Promessa; 5. Lei; 6. Graça; 7. Milênio.
A inter-relação entre as alianças e as dispensações revelam o grande trato de Deus para com a humanidade:
1ª Aliança: Edêmica O homem viveria em ambiente perfeito, tendo direta comunhão com o próprio Deus, sujeito a uma lei simples de amor, temor e amizade, enquanto não desobedecesse.
1ª Dispensação: INOCÊNCIA
• Significado: Antes de pecarem, Adão e Eva viviam no estado da inocência ou da liberdade. Não distinguiam ainda o bem do mal, pois só conheciam o bem.
• Responsabilidade do homem: Manter uma relação direta com Deus, lavrar e guardar o jardim (Gn 2.15). Não comer do fruto da árvore do conhecimento (Gn 3.6).
• Juízo: Expulsão do Jardim do Éden. Pecado, dor e morte entram (Gn 3.16-19, 23, 24).
2ª Aliança: Adâmica A aliança Adâmica exige sacrifícios de purificação do homem para se chegar a Deus.
2ª Dispensação: CONSCIÊNCIA
• Significado: Com a entrada do pecado o homem passou a conhecer também o mal. Entrou na posse da consciência. Passa a ser guiado pela natureza pecaminosa
• Responsabilidade do homem: Tomar decisões (ser governado) pela consciência. Inicia o sacrifício de animais (Gn 3.2; 4.1-4; Hb 11.4).
• Juízo: O início desta dispensação começa com o relato do homicídio de Abel. Encerra com a terra cheia de violência (Gn 6.11). Deus destruiu a Terra com o dilúvio (Gn 6.17).
3ª Aliança: Noética. Caracteriza-se pela confirmação da relação do homem com a terra. Estabelecimento do governo humano. Garantia de que a terra não sofreria outro dilúvio (arco-íris). Uma família e uma nação são separados por Deus. Governo do homem pelo homem procurando obedecer a DEUS.
3ª Dispensação: GOVERNO HUMANO ou CIVIL.
• Significado: Por causa da violência e do derramamento de sangue que houve Deus instituiu com Noé a dispensação do governo humano (Gn 9.6) com o surgimento das nações.
• Responsabilidade do homem: Viver em sociedade. Adorar somente a Deus. Aqui também surge a base do código da justiça penal.
• Juízo: A dispensação termina com a humanidade intoxicada com a sua importância (Gn 11.4). O resultado foi o juízo (vers. 8,9).
4ª Aliança: Abraâmica. Consistiu em fazer de Abraão uma grande nação, em um sentido natural e espiritual.
4ª Dispensação: PROMESSA ou PATRIARCAL (Patri = progenitor).
• Significado: Deus chama Abraão e faz-lhe uma promessa (Gn 12.1-3). Como as nações falham, Deus forma uma nação à parte.
• Responsabilidade do homem: Deus fez a Abraão promessas incondicionais, a serem cumpridas gloriosamente, mas não devido a alguma virtude de Abraão ou da sua semente, pois ele não apropriou-se logo da promessa de Deus (Gn 12.1).
• Juízo: A dispensação da promessa começa com a narrativa de Gn 11.31,32 e termina com Israel a fracassar a entrada na terra da promessa. Abraão desce ao Egito e Israel fica ali escravizado por 400 anos.
5ª Aliança: Mosaica. Constituída de Mandamentos (Êx 20.1-26), Juízos (Êx 21.1 a 24.11) e Ordenanças (Êx 24.12-31.18).
5ª Dispensação: LEI.
• Significado: Grande código consistindo em centenas de mandamentos que abrangem todas as situações da vida do povo de Israel. A Lei foi dada para mostrar o pecado. O Senhor Jesus resumiu toda a lei em 2 mandamentos (Lc 10.27).
• Responsabilidade do homem: Cumprir toda a lei (Tg 2.10).
• Juízo: Os judeus foram julgados com a tomada de Jerusalém pelos romanos. Encerra também o período do Antigo Testamento.
Durante a Dispensação da Lei, a Bíblia apresenta mais duas Alianças:
6ª Aliança: Palestiniana. Firmada com os israelitas depois da peregrinação de Israel pelo deserto por quarenta anos. Foi um preparação para que entrassem na terra prometida e renovava a aliança Mosaica. Bênçãos e maldições são proclamadas (Dt 28; Js 24.24,25)
7ª Aliança: Davídica. Realizada para o reino de Israel, com a promessa de que sempre haverá um descendente do rei Davi no trono (2 Sm 7.11-16; Sl 89.34). Esta promessa terá seu grande cumprimento na 7ª Dispensação, no período do milênio, quando o Rei Jesus governará Israel. 8ª Aliança: a Nova Aliança
6ª Dispensação: GRAÇA.
• Significado: É a presente dispensação. A dispensação do Novo Testamento com a salvação oferecida pela fé em JESUS CRISTO e não pelas obras (Ef 2.8).
• Responsabilidade do homem: Estar em Cristo Jesus (Rm 5.1-2).
• Juízo: Terminará com os homens não aceitando o amor da verdade para se salvarem (2 Ts 2.10). O juízo de Deus será implacável através da Grande Tribulação.
7ª Dispensação: MILÊNIO ou do REINO.
• Significado: Jesus Cristo descerá pessoalmente à Terra, cumprindo a promessa feita a Davi (Mt 19.28). Neste tempo Satanás será preso por mil anos (Ap 20.2).
• Responsabilidade do homem: Os crentes reinarão com CRISTO nessa época (Ap 20.4).Os homens são responsáveis pela obediência ao Rei e às Suas leis. Satanás está preso. Cristo reinará, a justiça prevalecerá.
• Juízo: A primeira ressurreição acabará no final da grande tribulação e início do milênio (Ap 20.5). Satanás será solto e vencido no final do milênio (Ap 20.7; 20.10-15)
[editar]3 - O CÂNON DA BÍBLIA

Cânon ou Escrituras Canônicas é a coleção completa dos livros divinamente inspirados, constituindo a Bíblia. Cânon é uma palavra grega que significa vara reta de medir, assim como uma régua de carpinteiro. A palavra aparece no original em Ez 40.5. No sentido religioso, cânon significa norma, regra. Com esse sentido, aparece no original em vários textos do Novo Testamento (Gl 6.16; 2 Co 10.13, 15; Fp 3.16). A Bíblia é a nossa norma ou regra de fé e prática. O termo cânon foi empregado pela primeira vez por Orígenes (185- 254 d. C.). Antes de Orígenes, as verdades reconhecidas pela Igreja eram chamadas canôn. Diz-se dos livros bíblicos canônicos para diferenciá-los dos apócrifos. Por volta do ano 90 d. C., em Jâmnia, perto da atual Jafa, na Palestina, os rabinos num concílio sob a presidência de Joanan Bem Zakai,que tinha como finalidade a reestruração do judaísmo após a destruição do templo de Jerusalém (70 d.C.), reconheceram e fixaram o cânon do Antigo Testamento. Houve muitos debates acerca da aprovação de certos livros. Note-se porém que o trabalho desse concílio foi apenas ratificar aquilo que já era aceito por todos os judeus através dos séculos. Jâmnia, após a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. tornou-se sede do Sinédrio - o supremo tribunal dos judeus. O reconhecimento e fixação do cânon do Novo Testamento ocorreu no III Concílio de Catargo, no ano 397 d.C. Nessa ocasião os 27 livros que compõem o Novo Testamento foram reconhecidos e aceitos como canônicos. No entanto, durante esses 400 anos de história da Igreja, os livros e cartas eram lidos pelos crentes primitivos em suas reuniões, como referência de fé e doutrina.
[editar]3.1 - A BÍBLIA COMO A PALAVRA DE DEUS
A Bíblia é diferente dos demais livros devido a sua inspiração divina (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.12; Jó 32.8). Devido a esse fato, ela é chamada de A Palavra de Deus (2 Tm 3.16, no original).
Entende-se inspiração divina como a influência sobrenatural do Espírito Santo sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem qualquer margem de erro. A expressão assim diz o Senhor ocorre 2.600 vezes na Bíblia, além de outras expressões equivalentes (Ez 11.5; 2 Cr 29.14; 24-20).
[editar]3.2 - A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA
A teoria correta da inspiração bíblica é chamada de Teoria da Inspiração Plenária ou Verbal. Ensina que todas as partes da Bíblia foram igualmente inspiradas por Deus, e que houve cooperação entre os escritores e o Espírito Santo que os capacitava. Eles escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, mas sob poderosa influência do Espírito Santo, e o que eles escreveram é a Palavra de Deus.
[editar]3.2.1 - Provas da inspiração divina da Bíblia
A prova mais eloqüente da inspiração divina da Bíblia é sua harmonia. Somente a palavra milagre explica esse acontecimento. São 66 livros, escritos por cerca de 40 escritores, cobrindo um período de 16 séculos. A maioria desses homens não se conheceram. Viveram em lugares distantes, falando línguas diferentes. Muitas vezes nada sabiam do que já estava escrito, mas registram a mais pura mensagem vinda diretamente da mente de Deus. Podemos apontar mais algumas provas da inspiração divina da Bíblia:
a) Foi aprovada por Jesus - Ele a leu (Lc 4.16-20); ensinou (Lc 24.27); chamou-a de A Palavra de Deus” (Mc 7.13); cumpriu-a (Lc 24.44). Jesus também afirmou que as Escrituras são a verdade (Jo 17.17).
b) O testemunho do Espírito Santo dentro do crente - Cada pessoa que aceita Jesus passa a ter a mais pura certeza quanto a autoria da Bíblia. Isso é uma coisa automática, realizada pelo Espírito Santo. Ninguém precisa ensinar isso.
c) O cumprimento fiel das profecias - As profecias bíblicas (no sentido preditivo) se cumpriram fielmente. Isso demonstra sua origem divina. O que Deus disse se sucederá (Jr 1.12).
d) A influência da Bíblia nas pessoas e nações - Os princípios contidos na Bíblia influenciaram a humanidade, melhorando o relacionamento entre os homens. As civilizações que não conheceram a Bíblia eram marcadas pela imoralidade, violência e licenciosidade. E esses costumes eram aprovados pelos filósofos da época. Os relatos sobre nações como a Grécia antiga e Roma mostram sociedades totalmente depravadas.
e) A Bíblia nos faz diferentes - O mundo hoje continua sob a influência do pecado, mas os verdadeiros seguidores da Bíblia se destacam com uma personalidade ideal. Os ensinos bíblicos são simples e profundos, servindo de guia a uma vida bem sucedida. f) A Bíblia é sempre nova e inesgotável - Mesmo sendo o livro mais antigo do mundo, a Bíblia permanece com uma mensagem atual e moderna. Em mais de 20 séculos, o homem não pode melhorar a mensagem bíblica. Isso demonstra que a Bíblia é a imutável Palavra de Deus.
g) A Bíblia é familiar a cada povo ou indivíduo, em qualquer lugar - Cada homem recebe a mensagem bíblica como se tivesse sido escrita especialmente para ele. Isso acontece em qualquer lugar do mundo, independentemente da cultura, do nível social, da idade ou da época em que a pessoa lê a Bíblia. Isso acontece porque a Bíblia procede de Deus, o Pai de todos nós.
h) A superioridade da Bíblia - Comparando com outros livros, principalmente os escritos por fundadores de religiões como o Budismo ou por filósofos, vemos que a Bíblia supera os demais livros em todos os pontos. Destacamos que a Bíblia só contém verdades, enquanto os outros livros estão recheados de erros e equívocos.
i) A imparcialidade da Bíblia - A Bíblia revela as virtudes e as falhas dos homens que são personagens de sua narrativa, enaltecendo a honra e a glória de Deus. Se ela fosse inspirada pela mente humana, trataria de esconder as falhas humanas para exaltar somente suas virtudes (Jó 27; Sl 50.21-22; 1 Co 1.19-25).
[editar]3.3 - FALSAS TEORIAS SOBRE A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
Existem algumas teorias falsas sobre a inspiração da Bíblia: a) Teoria da inspiração natural humana - Ensina que a Bíblia foi escrita por homens com talento especial, nivelados a outros gênios da literatura. REFUTAÇÃO: Essa teoria nega a influência sobrenatural, trazendo sérios prejuízos para a fé. Os escritores da Bíblia afirmam que foi Deus quem falou através deles (2 Sm 23.2; At 1.16; Jr 1.9; Ed 1.1; Ez 3.16-17; At 28.25).
b) Teoria da inspiração divina comum - Nivela a inspiração da Bíblia àquela que hoje sentimos quando oramos, pregamos, cantamos, ensinamos. REFUTAÇÃO: Isso é errado porque a inspiração que hoje sentimos não é completa como a que veio aos escritores bíblicos. Além disso, os escritores recebiam essa inspiração de forma momentânea e específica para o cumprimento de uma missão divina. Em diversos momentos vemos a expressão veio sobre mim a palavra do Senhor, indicando uma inspiração momentânea.
c) Teoria da inspiração parcial - Ensina que somente algumas partes da Bíblia são inspiradas. Segundo essa teoria, a Bíblia não é a Palavra de Deus, apenas contém a Palavra de Deus. REFUTAÇÃO: Se isso fosse verdade, como poderíamos saber quais as partes que são inspiradas? II Timóteo diz que “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino...”. Veja também em Jó 16.12; Mc 7.13; Ap 22.18-19.
d) Teoria do ditado verbal Teoria que defende a opinião de que os escritores bíblicos foram instrumentos passivos nas mãos de Deus redigindo exatamente as palavras de Deus (a exemplo dos Dez Mandamentos), não podendo ser levado em consideração a experiência pessoal acerca do que se escrevia. REFUTAÇÃO: Faz dos escritores uma espécie de máquina que registra as palavras ditadas por Deus sem usar o raciocínio próprio. Lucas, por exemplo, fez extensa pesquisa sobre Jesus antes de escrever o Evangelho (Lc 1.4). e) Teoria da inspiração das idéias - Faz o contrário da anterior, ensinando que Deus inspirou somente as idéias, deixando as palavras a cargo dos escritores. REFUTAÇÃO: Também não é verdadeira porque em inúmeros momentos Deus colocou as palavras certas na mente dos escritores bíblicos (2 Pe 1.21; Hb 1.1; 1 Co 2.13; Ap 22.19).
[editar]3.4 - OS LIVROS APÓCRIFOS
Além dos livros canônicos, existem os chamados "livros deuterocanônicos", ou seja, os livros do "segundo cânon", que foi o cânon aprovado pela Igreja Romana no Concílio de Trento (1545-1563), até hoje seguido pelos católicos. Nas Bíblias de edição católico-romana o total de livros é de 73, tendo a mais 7 livros apócrifos, além de quatro acréscimos ou apêndices a livros canônicos, num total de 11 escritos apócrifos. Existem 14 escritos apócrifos, sendo 10 livros e 4 acréscimos.
a) Os sete livros apócrifos constantes na edição católico romana são: Tobias (depois de Esdras); Judite (depois de Tobias); Sabedoria de Salomão (depois de Cantares); Eclesiasiáticos (depois de Sabedoria); Baruque (depois de Jeremias); I e II Macabeus. b) Os quatro acréscimos a livros canônicos são: Ester (10.4 - 16.24); Cântico dos Três Santos Filhos (Daniel 3.24-90); História de Suzana (Daniel 13); Bel e o Dragão (Daniel 14).
c) Os demais apócrifos, ainda aceitos pela Igreja Ortodoxa Grega são: III e IV Esdras e A Oração de Manassés. São assim chamados porque na Bíblia católico-romana os livros de Esdras e Neemias são chamados de I e II Esdras.
A aprovação dos apócrifos pela Igreja Católica, em 18 de abril de 1546, foi uma tentativa de combater a Reforma Protestante, recente na época. Os protestantes combatiam violentamente as novas doutrinas romanistas do Purgatório, Oração pelos Mortos, Salvação mediante Obras, dentre outras. Os romanistas viam nos apócrifos base para tais doutrinas, e apelaram para eles.
[editar]4 - A BÍBLIA AO LONGO DOS SÉCULOS

A Bíblia tem desafiado seus mais ardorosos opositores, que se baseiam em raciocínios puramente humanos, visando desacreditá-la. Geralmente, não aceitam as descrições sobrenaturais da Bíblia ao ressaltarem que tais descrições contrariam a razão (humana). Contudo, deve ser destacado que ao invés de contradizer a razão humana, as características sobrenaturais da Bíblia estão acima da razão humana. Não foi preocupação do Divino Autor explicar como aconteceram os milagres bíblicos genuínos, ou mesmo porque foram operados de maneira sobrenatural. O que temos para nosso conhecimento as indicações de onde e quando aconteceram os fatos bíblicos, relacionando-se com os conhecimentos tratados no âmbito das disciplinas seculares Geografia e da História, dentre outras. Inclusive, o estudante da Bíblia detém-se ao analisar a exatidão da geografia e da história bíblica, confirmando que a Bíblia, por si só, é um grande milagre da parte de Deus.
[editar]4.1 - AS LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA

Em quase sua totalidade, os livros bíblicos foram escritos em hebraico, aramaico e grego.
a) O Antigo Testamento - O hebraico é o idioma oficial da nação judaica, sendo chamado também de “ língua de Canaã (Is 19.18) e “língua judaica ou judaico (2 Rs 18.26-28; Is 36.13). Como a maior parte das línguas semíticas, o hebraico lê-se da direita para a esquerda. Seu alfabeto é composto por 22 letras, todas consoantes. Podemos encontrá-lo em algumas partes do Velho Testamento, fazendo acróstico de alguns capítulos: Sl 119; Pv 31.10-31 e o livro de Lamentações de Jeremias.
Os trechos do Antigo Testamento escritos em aramaico são: Ed 4.8 a 6.18; 7.12-26; Dn 2.4 a 7.28 e Jr 10.11. O aramaico foi o idioma falado em Arã ou Síria e em grande parte da Arábia Pétrea. Essa língua influiu profundamente sobre o hebraico principalmente durante os cativeiros de Judá na Babilônia (587 a. C.). A influência do aramaico foi tão grande que ao voltar do cativeiro o povo tinha essa língua como vernácula. Por isso, quando Esdras leu as Escrituras em público precisou explicá-las ao povo, que não mais conheciam bem o hebraico. No Novo Testamento o aramaico já era bem conhecido, e foi a língua mais usada por Jesus e seus discípulos. Jesus conhecia também o hebraico, pois leu as Escrituras escritas nessa língua.
b) O Novo Testamento - Foi escrito em grego. Existem dúvidas sobre o livro de Mateus, que alguns eruditos dizem ter sido escrito em aramaico. O grego do Novo Testamento não é a língua erudita, mas uma versão popular, chamada de Koiné. O grego é uma língua muito precisa, e das línguas bíblicas, é a que mais se conhece por estar mais próxima de nós. Nos tempos bíblicos era uma língua de compreensão universal devido à expansão do Império da Grécia, sob o domínio de Alexandre (336 a. C.). Nos dias de Jesus, o grego era falado adequadamente, e a tradução da Septuaginta (versão do hebraico para o grego) era lido constantemente pelos judeus liberais. Por ocasião do ministério terreno de Cristo, a língua sagrada dos judeus era o hebraico; a falada, o aramaico; a língua oficial, o latim; a universal, o grego.
[editar]4.2 - A TRADUÇÃO DA BÍBLIA

A Bíblia está hoje traduzida para quase todas as línguas do mundo, ou seja, para todas as línguas mais faladas e alguns dialetos tribais da África e outras regiões remotas do planeta. Trata-se do livro conhecido e mais lido do mundo.
Vale destacar que Tradução é a simples transposição de uma composição literária de uma língua para outra. Por sua vez, Versão é uma tradução da língua original (ou com consulta direta a ela) para outra língua.
As duas versões universalmente conhecidas são:
4.2.1 - A Septuaginta - Versão mais antiga dos originais das Sagradas Escrituras. A comunidade judaica que habitava em Alexandria, no Egito, falava expressamente o idioma grego, com necessidade de uma versão grega dos livros judaicos. O rei Ptolomeu Filadelfo II (285 246 a.C) sugeriu a Demétrio, seu bibliotecário, que os livros fossem traduzidos. O Sumo Sacerdote Eleazar, para satisfazer o rei Ptolomeu, trouxe de Jerusalém 72 tradutores (6 de cada tribo). Depois de uma grande recepção, ficaram isolados na ilha de Faros e executaram o trabalho em 72 dias. A cronologia dessa tradução data do ano 285 a.C. A cópia mais antiga da Septuaginta encontra-se na Biblioteca do Vaticano, datada de 325 A.D.
[editar]4.2.2 - A Vulgata
Nome oriundo do latim “vulgus”, quer dizer, “popular”, “do povo”. Jerônimo, de Belém (324 - 420 a.D), sábio e secretário do bispo de Roma, aos 80 anos, traduziu a Bíblia do hebraico para o latim. É a versão oficial da Igreja Romana.
[editar]4.3 - VERSÕES EM PORTUGUÊS
Como aconteceu em relação a outros idiomas, a Bíblia não foi inicialmente traduzida por inteiro para o português. Essa tradução aconteceu aos poucos. D. Diniz, rei de Portugal (1279-1375) ordenou a tradução da Vulgata uma parte do livro de Gênesis. O rei D. João I (1389-1433) ordenou a tradução dos Evangelhos. Esse mesmo Rei traduziu os Salmos. Frei Bernardo traduziu o Evangelho de São Mateus no Século XV. Em 1495, a rainha Leonor, esposa de D. João II mandou publicar o Livro “Vida de Cristo”, uma espécie de harmonia dos Evangelhos. Em 1505, a mesma rainha mandou imprimir os Atos e Epístolas Universais.
[editar]4.3.1 - A versão de Almeida
João Ferreira de Almeida foi ministro do Evangelho da Igreja Reforma Holandesa, em Batávia, então capital da ilha de Java, na Oceania. (Batávia é agora a cidade de Djakarta, capital da Indonésia). Java era então domínio holandês, conquistada dos portugueses. Almeida traduziu primeiro o Novo Testamento, terminando-o em 1670. Em 1681 seu texto foi impresso em Amsterdã, Holanda, isto é, 100 anos antes da primeira edição católica da Bíblia - a de Figueiredo, em 1781. Almeida traduziu o Antigo Testamento até Ezequiel 48.21, quando faleceu em 1691. Missionários amigos seus completaram a tradução, entre eles Jacob Opden Akker. Almeida fez sua tradução do grego e hebraico, línguas que estudou após abraçar o Evangelho. Utilizou também as versões holandesa (de 1637) e a espanhola (de Valera, 1602). Seu Antigo Testamento foi publicado em 1753, em Amsterdã. A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira começou a publicar o Texto Almeida em 1809, publicando a Bíblia completa a primeira vez em 1819. O texto Almeida não era muito bom por ele ter deixado Portugal muito cedo e não ter cultura profunda.
O texto de Almeida foi revisado em 1894 e 1925. Em 1951, a Imprensa Bíblica Brasileira (organização batista independente) publicou a Edição Revista Corrigida”, abreviadamente ARC.
Uma comissão de especialistas brasileiros, trabalhando de 1945 a 1955 apresentou ultimamente a “Edição Revista Atualizada de Almeida (ARA). Trata-se de uma obra com melhor linguagem e melhor tradução. O Novo Testamento foi publicado em 1951 e o Antigo Testamento em 1958. A publicação foi feita pela Sociedade Bíblica do Brasil. A comissão foi composta de 30 elementos capacitados, membros de diversas denominações evangélicas. Hoje existe uma comissão permanente de revisão acompanhando os progressos da crítica textual.
[editar]4.3.2 - A Versão de Figueiredo
O padre Antônio Pereira de Figueiredo, português, levou 17 anos para fazer a tradução da Bíblia para o português, publicando o Novo Testamento em 1781 e o Antigo Testamento em 1790. É uma tradução da Vulgata.
[editar]4.3.3 - A Tradução Brasileira
Começou em 1904, por uma comissão de tradutores. Publicou o Novo Testamento em 1910 e o Antigo Testamento em 1917. Trata-se de uma tradução muito fiel aos originais, mas tornou-se de compreensão difícil porque traduz as palavras do ponto de vista literal e não à base da equivalência dinâmica, como nas outras traduções.
4.3.4 - A Versão de Rohden
Feita pelo padre brasileiro, de Santa Catarina, consta apenas do Novo Testamento. Foi publicada em 1935.
[editar]4.3.5 A Versão de Matos Soares
Também feita por padre brasileiro, a partir da Vulgata. A obra foi concluída em 1932 e publicada em 1946. É a Bíblia popular do católicos brasileiros. A versão não é muito fiel, estando cheia de tendenciosidades e preconceitos. O Vaticano foi conivente com essas falhas, conforme uma carta de 1932.
4.4 - ALGUMAS OBSERVAÇÕES E CURIOSIDADES SOBRE O TEXTO BÍBLICO

4.4.1 - As palavras em itálico
Algumas traduções usam palavras em itálico (letras inclinadas para a direita) para completar o sentido do texto, como a ARC. Essas palavras não constam do original.
[editar]4.4.2 - O uso da margem
Algumas Bíblias trazem nas suas margens determinados trechos da tradução literal do hebraico ou do grego. São notas úteis para elucidar pontos confusos.
[editar]4.4.3 - Datas impressas no textos
A impressão de datas no texto bíblico é um terreno movediço, pois as datações vem sendo muito questionada ultimamente. Apesar disso, algumas Bíblias trazem datações de acordo com a “cronologia aceita. Os métodos modernos de arqueologia e datações estão colocando em dúvida grande parte dessa cronologia, principalmente em relação aos primeiros milênios bíblicos.
[editar]4.4.4 - O sumário dos capítulos
São separados pelos editores, nada tendo a ver com a inspiração e o texto original. Faz-se exceção às frases introdutórias de alguns salmos, como o 4 a 9, 22, 32, 45, 46, 53, 56 etc. Há casos em que os sumários atrapalham, como a parábola dos Dez Talentos, que não são dez e a Parábola do rico e Lázaro, que não é parábola.
[editar]4.4.5 - A divisão do texto bíblico em capítulos e versículos
Não faz parte do texto original. As Bíblias mais antigas não eram originalmente divididas em capítulos e versículos. Essas divisões foram feitas para facilitar o seu estudo. Por volta de 1228, Stephem Langton (professor da Universidade de Paris e, posteriormente, arcebispo de Canterbury), dividiu a Bíblia em capítulos, assim como o Cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano, também fez em 1250.
Os versículos no Antigo Testamento apareceram publicados pela primeira vez em 1445, pelo Rabi Natham. Robert Stevens, impressor de Paris, acrescentou a divisão em versículo do Novo Testamento em 1551. E em 1555, Stevens publicou a primeira Bíblia (Vulgata) dividida em capítulos e versículos.
Na Bíblia Almeida Revisada e Corrigida o Antigo Testamento tem 929 capítulos e 23.214 versículos. No Novo Testamento há 260 capítulos e 7.959 versículos. Toda a Bíblia tem 1.189 capítulos e 7.959 versículos.
Em alguns casos, a divisão em capítulos e versículos quebra o sentido do texto, como por exemplo: Is 53, que deveria começar em 52.13; Jo 8, que deveria começar em 7.53. Em relação aos versículos, acontece o mesmo, por exemplo, Ef 1.5 deveria começar com as duas últimas palavras de 1.4; 1 Co 2.9,10 deveria ser um só versículo.
[editar]4.4.6 - A divisão do texto em parágrafos
A divisão do texto em parágrafo ajuda a entender o desenvolvimento das idéias registradas. A versão ARA destaca em negrito o início dos parágrafos.
[editar]4.4.7 - Aprendendo a ler e a escrever referências bíblicas
O método mais prático e eficiente para escrever referências bíblicas é o utilizado pela Sociedade Bíblica do Brasil: duas letras, sem ponto, para cada livro da Bíblia. Entre o capítulo e o versículo põe-se apenas um ponto. Exemplos:
a) 1 Jo 2.4 (Primeira João capítulo dois, versículo quatro).
b) Jó 2.4 (Jó capítulo dois, versículo quatro).
c) Jn 3.2 (Jonas capítulo três, versículo dois).
d) Fp 2.5 (Filipenses capítulo dois, versículo cinco).
e) Fm v. 6 (Filemon, versículo seis).
Os livros de Samuel, Reis e Crônicas do Antigo Testamento, são pronunciados como: Primeiro ou Segundo, pois referem-se a livros (1 Sm: Primeiro Samuel). Já no Novo Testamento temos Coríntios, Tessalonicenses, Timóteo, Pedro e João, que são pronunciados como Primeira, ou Segunda ou Terceira, pois refere-se à carta ou epístola (1 Tm: Primeira Timóteo; 3 Jo: Terceira João).
[editar]4.4.8 - Diferença entre texto, contexto, referência e inferência
a) Texto: são as palavras contidas numa passagem bíblica.
b) Contexto: são as palavras que ficam antes e depois do texto lido. Pode ser um versículo, um capítulo ou um livro inteiro.
c) Referência: é a conexão direta sobre determinado assunto. Além de indicar o livro, capítulo e versículo, a referência pode levar outras indicações como: “a” indicando a parte inicial do versículo (Rm 11.17a); “b” indicando a parte final do versículo (Rm 11.16b); “ss” indicando os versículos que se seguem até o fim ou não do capítulo (Rm 11.17ss); “qv” significa que veja. Recomendação para ler o texto indicado; “cf” - significa compare, confirme; “i.e” significando isto é; “e.g.” significa por exemplo (vem do latim exempli gratia).
[editar]4.4.9 - Algumas particularidades sobre a Bíblia
a) O livro de Ester e Cantares de Salomão não mencionam o nome de Deus, porém a presença divina é inegável nesses livros, especialmente nos episódios milagrosos de Ester.
b) Há na Bíblia 8 mil menções ao nome de Deus entre seus vários nomes, e 177 menções acerca do diabo, sob seus vários nomes.
c) A vinda do Senhor Jesus é referida 1.845 vezes, sendo 1.527 no Antigo Testamento e 318 no Novo Testamento.
d) O “capítulo” menor da Bíblia é o Sl 117, o maior é o Sl 119. Não se pronuncia Salmos capítulo 10, por exemplo. Por se tratar de um salmo, ou hino, a pronúncia deve ser: Salmo um ou primeiro (Sl 1), Salmos dois ou segundo (Sl 2), e assim sucessivamente. Os versículos são ditos normalmente.
e) 2 Rs e Is 37 são dois capítulos iguais.
f) O maior versículo da Bíblia é Et 8.9.
g) O maior livro é o de Salmos e o menor é 2 João.
h) No Sl 107 há 4 versículos iguais que são: 8, 15, 21, 31.
i) Os números 3 e 7 predominam em toda a Bíblia.
j) A expressão “ não temas” ocorre 366 vezes, o que dá uma para cada dia do ano.
l) Segundo alguns eruditos, na Bíblia foram encontradas 3.568.483 letras e cerca de 773.693 palavras.
m) O Sl 136 termina todos os versículos com a expressão “para sempre”.
n) O capítulo 3 de Lm tem 66 versículos levando cada 3 deles a mesma letra do alfabeto hebraico, o qual tem 22 letras.
o) A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo. Isto se deu em 1492, em Manz, na Alemanha, após a invenção do prelo. A Bíblia tem, no Antigo Testamento, 929 capítulos e 23.214 versículos. No Novo Testamento há 260 capítulos e 7.959 versículos. Toda a Bíblia tem 1.189 capítulos e 31.173 versículos.
CONCLUSÃO

O estudo de Bibliologia vai muito mais além do que tratamos neste trabalho. Temos aqui apenas uma síntese do assunto, para que você, aluno, sinta o desejo de estudar melhor este assunto. Se conseguirmos despertar seu interesse pelo estudo desta matéria, teremos atingido nosso objetivo.
Quanto aqueles que já estudaram Teologia, puderam perceber por nossa abordagem sintética que tivemos apenas a intenção de despertar o conhecimento, remetendo-os a uma nova análise sobre a importância da Bibliologia. Um estudo mais profundo contém vários outros temas que não tivemos como abordar, devido a exiguidade de tempo.
Temos prazer em lembrar que o maior livro de Bibliologia é a própria Bíblia Sagrada, que se auto-explica, se auto-interpreta e se auto-justifica. Leia a Bíblia, com amor, dedicação e submissão ao Espírito Santo. E que Deus esteja sempre conosco. Amém.
fonte:
BIBLIOGRAFIA

A Interpretação da Bíblia, Weldon E. Viertel - JUERP
Bíblia de Estudos Pentecostais - CPAD
Bibliologia - Introdução ao Estudo da Bíblia - EETAD
Bibliologia - Um assunto oportuno - Nicodemos de Souza
Textos EBD - Dr. Caramuru Afonso Francisco. Roberto José da Silva e José Roberto da Silva. Ev.Luiz *Henrique de Almeida Silva
Manancial de Mensagens - Genésio dos Santos
Categoria: Bibliologia Evangélica Pentecostal
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