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sexta-feira, 29 de novembro de 2013
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
terça-feira, 2 de outubro de 2012
POR CAUSA DA PALAVRA!
Pregação do Rev. Scott Webb
Muitas coisas estão no meu coração para estes dias. Eu sei onde vou começar e onde vou terminar, mas, no meio, muita coisa vai acontecer. Eu sei que vamos terminar com uma explosão.
Um detalhe das Escrituras que eu gosto muito, é que o Espírito Santo, quando entrou no mundo, no dia de Pentecostes, não foi de forma silenciosa, mas de forma bem barulhenta, como o som de um vento impetuoso. Na descida do Espírito, muita coisa aconteceu. Eu vejo aqui no Brasil o livro de Atos em operação. Por isso, você precisam permanecer unidos e firmes.
Quando o diabo consegue nos dividir, ele consegue nos destruir. Por isso, o que o Ap. Bud ministrou hoje à noite é muito importante, não podemos permitir que a divisão entre no nosso meio.
Vamos ver um dos meus versículos favoritos: “E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos” (2 Coríntios 4.13)
O espírito da fé é um estilo de vida, uma atitude. O versículo diz que possuímos este espírito. E veja que a atitude daquele que possui este espírito é crer e depois falar.
Em todo o capítulo, nós vemos indícios desta verdade.
No verso 6 e 7, vemos que somos como vasos de barro, mas que possuímos a luz da glória de Deus. Os versículos 8 e 9 mostram algumas das coisas que enfrentamos: Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos.
Até que ele diz que nós temos o mesmo espírito da Fé. Mas, para que temos tudo isso? Para manifestar a glória de Deus quando enfrentamos todas essas situações da vida.
Muitos se perguntam a razão de enfrentarmos essas situações adversas. Eu costumo dizer que há duas situações em que o diabo nos ataca: Quando estamos fora da vontade de Deus e quando estamos no centro da vontade de Deus.
Às vezes, passamos por circunstâncias porque abrimos espaço para o diabo entrar, ou seja, por não estarmos na vontade de Deus. Mas, muitas vezes, passamos por algumas situações exatamente porque estamos na vontade de Deus.
O próprio apóstolo Paulo, passou várias situações difíceis, mas ele estava no centro da vontade de Deus.
A diferença é que, quando você está no centro da vontade de Deus, você não é derrotado por estes ataques, você vence as circuntâncias.
Depois dos ataques de 11 de setembro na cidade de Nova Iorque, quando as torres gêmeas foram atacadas, os bombeiros entraram lá para regatar os sobreviventes e outras equipes vieram para retirar os entulhos e limpar o terreno. Alguns anos se passaram e eles estão construindo um novo prédio, que terá muitos andares e será bem alto. Os construtores edificam um andar por semana e em questão de poucos meses o prédio estará pronto, ma,s antes de começarem a subir com esta construção, eles gastaram muito tempo na base, no alicerce. Muitos especialistas estão trabalhando nesta construção, fazendo cálculos precisos para que dê tudo certo. Eu quero que você saiba que o Espírito Santo é especialista em lhe ajudar a edificar a sua vida. Ele sabe de qual fundamento você precisa!
Lembre-se: muito mais importante do que o que estará no topo da construção, é o fundamento que foi feito para ela.
Jesus contou uma parábola muito interessante, a do semeador… um homem que saiu pelo caminho, semeando, e a semente caiu em solos diferentes. Quando Jesus explicou a parábola, Ele esclareceu que em determinada situação o diabo perseguiu aquele que receberam a Palavra. As pessoas não foram atacadas por causa delas, mas POR CAUSA DA PALAVRA.
Muitas vezes, você está sendo atacado pelo diabo, não por causa da sua vida, mas POR CAUSA DA PALAVRA. É porque você está considerando a Palavra e colocando-a em prática.
Você já parou para pensar que a semente tem o poder da colheita? Hoje, no almoço, comi uma fatia de melancia e dentro daquela semente preta, feia, tem muitas outras melancias. Eu não preciso crer para que haja esse poder naquela semente, foi Deus que estabeleceu este princípio. Deus coloca colheita dentro da semente. E Jesus disse que a Palavra de Deus é a semente de Deus. Você precisa plantar a semente da Palavra. Ela tem poder para lhe dar uma grande colheita em todas as áreas da sua vida!
Não há nada que possamos fazer para melhorar a semente, mas você pode melhorar o solo. Que tipo de terra é o seu coração? O que você precisa fazer para ser uma boa terra? Faça POR CAUSA DA PALAVRA.
Note na parábola que o que determinou o sucesso daquele plantio não foi a semente, mas o solo no qual a semente caiu. A semente da Palavra é perfeita e poderosa. Não há nada de errado com a semente, ela está pronta para produzir, basta cair em boa terra.
Quando a semente tem a condição de fazer bem a sua parte, vai dar tudo certo POR CAUSA DA PALAVRA!
O diabo sempre vem para tentar tirar a semente. Ele vem POR CAUSA DA PALAVRA.
Se você não abandonar a semente, ela não vai lhe abandonar. Quando uma semente brota, ela começa a enraizar na terra e quanto mais ela se firma na terra, com mais dificuldade ela será arrancada. Deixa a Palavra se enraizar no seu coração. Assim, quando o diabo vier, POR CAUSA DA PALAVRA, Ela não será tirada do seu coração e produzirá muitos frutos. Semeie e proteja a semente, mas também dance por ela, porque nesta semente está uma grande colheita!
As dimensões extravagantes do Amor de Deus
As dimensões extravagantes do Amor de Deus
Por Tony Cooke
Paulo orou para que os crentes em Éfeso que eles (juntamente com todos nós) "seria capaz de compreender com todos os santos, qual é a largura, o comprimento, profundidade e altura" e "conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, que sejais cheios de toda a plenitude de Deus "(Efésios 3:18-19).Você já parou para pensar sobre as múltiplas dimensões do amor, o de Deus comprimento, largura, profundidade e altura que Paulo menciona?
A versão de mensagem torna este verso: "... você vai ser capaz de tomar em todos os cristãos com as dimensões extravagantes do amor de Cristo. Estenda a mão e sentir a amplitude! Teste seu comprimento! Sondar as profundezas! Subir para as alturas! Viver uma vida plena, cheios da plenitude de Deus.
A largura do Amor de Deus
O salmista fala de ter estado em calamidade e de angústia, mas depois de ser entregue para um lugar espaçoso (Salmo 18:19; 118:5). 1 Crônicas 4:40 fala daqueles que, "... acharam pasto, rico bom, ea terra era amplo, silencioso e pacífico." Quando penso em amplitude, penso em um lugar que está acomodando, onde há amplo espaço e espaço para respirar. Às vezes ouço pregadores que compartilhar as verdades muito simples, pois eles deliberadamente tentando ficar longe de ser complicado. O que eles estão compartilhando não é profunda, mas a simplicidade de sua mensagem tem grande apelo e atrai muitas pessoas. Uma igreja que é forte em expressar a amplitude do amor de Deus irá fornecer ministério que é muito relevante e atende pessoas onde elas estão.
O comprimento do Amor de Deus
O conceito de comprimento tem a ver com o quão longe algo alcança. Quando se trata do amor de Deus, sabemos que Ele é longânimo, e que Ele é capaz de salvar as pessoas ao extremo (Hebreus 7:25). Isaías 59:1 (NVI) diz: "Eis que a mão do SENHOR não está encolhida para salvar." David percebeu o longo braço do amor de Deus, quando disse: "Se eu tomar as asas da manhã, e morar na confins do mar, mesmo ali a tua mão me guiará ea tua destra me susterá "(Salmo 139:9-10). Uma igreja que é forte em expressar o comprimento do amor de Deus vai ter um coração enorme para missões e evangelização.
A profundidade do amor de Deus
1 Coríntios 2:10 fala de como o Espírito Santo revela "... as coisas profundas de Deus". Romanos 11:33 diz: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e os Seus caminhos últimos descobrir! "Daniel disse que Deus" revela o profundo eo escondido "(Daniel 2:22). Se você está construindo um prédio grande, você não precisa de uma base, você, superficial rasa precisa de um que é muito substantivo. Embora nunca queremos negligenciar o básico, nós também não quer ficar perpetuamente em águas rasas com Deus. Queremos incentivar as pessoas a lançar-se ao largo! Uma igreja que é forte em expressar a profundidade do amor de Deus vai ter uma ênfase forte na Palavra e do Espírito, eles terão ensino forte e fervorosa oração.
A altura do Amor de Deus
Esta dimensão do amor de Deus a altura de Deus amor-não é simplesmente alto sobre nós, mas nos atrai para cima em adoração a Deus. Em toda a Escritura, somos exortados a levantar os nossos olhos, os nossos corações e as nossas mãos em adoração, louvor e adoração a Deus. O fato de que Deus está constantemente referido como "o Altíssimo" indica que Ele nos quer olhando para cima! Uma igreja que é forte em expressar a altura do amor de Deus é uma igreja adorando, que exalta e adora a Deus de coração.
Estas dimensões diferentes são destinadas a ser complementares, não contraditórias. Uma perspectiva pastoral pode enfatizar largura, uma perspectiva evangelística pode se concentrar em comprimento, uma perspectiva de ensino pode enfatizar profundidade, enquanto perspectiva de um adorador pode enfatizar altura.Que Deus ajude a todos nós a apreciar, experimentar e expressar as dimensões extravagantes do amor de Deus! Que possamos fazer exatamente o que Paulo nos exorta a fazer: "Estenda a mão e sentir a amplitude! Teste seu comprimento!Sondar as profundezas! Subir para as alturas! Viver uma vida plena, cheios da plenitude de Deus. "
Por Tony Cooke
Paulo orou para que os crentes em Éfeso que eles (juntamente com todos nós) "seria capaz de compreender com todos os santos, qual é a largura, o comprimento, profundidade e altura" e "conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, que sejais cheios de toda a plenitude de Deus "(Efésios 3:18-19).Você já parou para pensar sobre as múltiplas dimensões do amor, o de Deus comprimento, largura, profundidade e altura que Paulo menciona?
A versão de mensagem torna este verso: "... você vai ser capaz de tomar em todos os cristãos com as dimensões extravagantes do amor de Cristo. Estenda a mão e sentir a amplitude! Teste seu comprimento! Sondar as profundezas! Subir para as alturas! Viver uma vida plena, cheios da plenitude de Deus.
A largura do Amor de Deus
O salmista fala de ter estado em calamidade e de angústia, mas depois de ser entregue para um lugar espaçoso (Salmo 18:19; 118:5). 1 Crônicas 4:40 fala daqueles que, "... acharam pasto, rico bom, ea terra era amplo, silencioso e pacífico." Quando penso em amplitude, penso em um lugar que está acomodando, onde há amplo espaço e espaço para respirar. Às vezes ouço pregadores que compartilhar as verdades muito simples, pois eles deliberadamente tentando ficar longe de ser complicado. O que eles estão compartilhando não é profunda, mas a simplicidade de sua mensagem tem grande apelo e atrai muitas pessoas. Uma igreja que é forte em expressar a amplitude do amor de Deus irá fornecer ministério que é muito relevante e atende pessoas onde elas estão.
O comprimento do Amor de Deus
O conceito de comprimento tem a ver com o quão longe algo alcança. Quando se trata do amor de Deus, sabemos que Ele é longânimo, e que Ele é capaz de salvar as pessoas ao extremo (Hebreus 7:25). Isaías 59:1 (NVI) diz: "Eis que a mão do SENHOR não está encolhida para salvar." David percebeu o longo braço do amor de Deus, quando disse: "Se eu tomar as asas da manhã, e morar na confins do mar, mesmo ali a tua mão me guiará ea tua destra me susterá "(Salmo 139:9-10). Uma igreja que é forte em expressar o comprimento do amor de Deus vai ter um coração enorme para missões e evangelização.
A profundidade do amor de Deus
1 Coríntios 2:10 fala de como o Espírito Santo revela "... as coisas profundas de Deus". Romanos 11:33 diz: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e os Seus caminhos últimos descobrir! "Daniel disse que Deus" revela o profundo eo escondido "(Daniel 2:22). Se você está construindo um prédio grande, você não precisa de uma base, você, superficial rasa precisa de um que é muito substantivo. Embora nunca queremos negligenciar o básico, nós também não quer ficar perpetuamente em águas rasas com Deus. Queremos incentivar as pessoas a lançar-se ao largo! Uma igreja que é forte em expressar a profundidade do amor de Deus vai ter uma ênfase forte na Palavra e do Espírito, eles terão ensino forte e fervorosa oração.
A altura do Amor de Deus
Esta dimensão do amor de Deus a altura de Deus amor-não é simplesmente alto sobre nós, mas nos atrai para cima em adoração a Deus. Em toda a Escritura, somos exortados a levantar os nossos olhos, os nossos corações e as nossas mãos em adoração, louvor e adoração a Deus. O fato de que Deus está constantemente referido como "o Altíssimo" indica que Ele nos quer olhando para cima! Uma igreja que é forte em expressar a altura do amor de Deus é uma igreja adorando, que exalta e adora a Deus de coração.
Estas dimensões diferentes são destinadas a ser complementares, não contraditórias. Uma perspectiva pastoral pode enfatizar largura, uma perspectiva evangelística pode se concentrar em comprimento, uma perspectiva de ensino pode enfatizar profundidade, enquanto perspectiva de um adorador pode enfatizar altura.Que Deus ajude a todos nós a apreciar, experimentar e expressar as dimensões extravagantes do amor de Deus! Que possamos fazer exatamente o que Paulo nos exorta a fazer: "Estenda a mão e sentir a amplitude! Teste seu comprimento!Sondar as profundezas! Subir para as alturas! Viver uma vida plena, cheios da plenitude de Deus. "
domingo, 30 de setembro de 2012
GARY CARPENTER
Como Deus Prospera os Crentes
Não é difícil para a maioria de nós compreendermos como Deus prospera seus servos que estão no ministério em
tempo integral. Tanto na antiga quanto na nova aliança, os ministros de tempo integral eram supridos pelas ofertas do povo.
Veja alguns versículos que falam sobre isso no novo testamento:
Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho. (1 Co 9:14)
Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas,
mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; Que façam bem,
enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis. (1 Tm 5:17,18)
Quando o Senhor chamou a mim e à Sue para o ministério integral, Ele nos deu instruções muito incomuns. Ele nos
disse o seguinte:
“Não peçam ofertas nos seus cultos. Não vendam os ensinos. Enviem tudo gratuitamente e não adicionem um envelope para ofertas.
Nunca permitam que alguém saiba das suas necessidades. Eu sou a sua Fonte! Se vocês obedecerem a essas instruções, Eu tocarei o coração das
pessoas que escolher para suprir vocês e as necessidades do ministério”.
Seguimos Suas instruções à risca, e Ele foi fiel: as pessoas ouviram em seus corações e começaram a nos enviar
ofertas voluntariamente. É difícil descrever a nossa gratidão ao recebermos esses presentes financeiros de pessoas preciosas
que ouviram a voz de Deus e a obedeceram. Meu coração desejava muito vê-las prosperar. Eu já tinha ouvido todos os
ensinos conhecidos sobre como Deus prospera os crentes. No geral, todos se resumem ao seguinte: “Quanto mais você der a
Deus, mais Ele o prosperará”.
O Senhor me disse que se eu quisesse entender como Ele realmente prospera os crentes, deveria estudar o livro de
Filipenses. Comecei a ler a epístola inteira repetidas vezes enquanto orava suavemente em línguas. Aprendi que a maior parte
dos erros no corpo de Cristo vêm quando os versículos são tirados do contexto, e a partir deles é formada uma doutrina
inteira. Para preparar o seu espírito para meditação “dia e noite” é preciso encontrar o início e o fim de um assunto, para
poder passar a mensagem inteira pelo seu espírito. Quando você está lidando com livros pequenos, como o livro de Filipenses,
é melhor simplesmente lê-lo inteiro para que seu espírito seja alimentado do produto bruto da Palavra, a fim de que o Espírito
Santo use-o para lhe ensinar a verdade ali contida.
Descobri que os crentes de Filipos eram cristãos comuns que passavam a maior parte de seu tempo nos afazeres do
dia a dia. Quando Paulo pregou o evangelho para eles pela primeira vez, disse que estavam numa condição de grande pobreza.
No entanto, quando esses mesmos crentes aprenderam sobre a “graça de Deus” com relação às suas finanças, passaram a ser
os principais mantenedores de Paulo. Ele disse que sua profunda pobreza acabou “abundando em riquezas da sua
generosidade”.
Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da macedônia; Como em muita
prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas
da sua generosidade. (2 Co 8:1,2)
Devo admitir que demorou para que eu percebesse que os “macedônios” a que Paulo se refere em 2 Coríntios eram as
igrejas de Filipos. Essa é a vantagem de ler um livro várias vezes. Em uma das minhas visitas ao livro de Filipenses, esse
versículo simplesmente “saltou” da página:
E bem sabeis também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da macedônia, nenhuma
igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente. (Fp 4:15)
Quando vi “macedônia” nesse versículo, logo me perguntei se eram as mesmas pessoas mencionadas por Paulo em 2
Coríntios. Então, pedi ao Espírito Santo que me desse outra “prova” de que isso era verdade; Ele me lembrou do seguinte
versículo:
E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia; e estivemos alguns
dias nesta cidade. (At 16:12)
Foi aí que encontrei o que procurava, pois em 2 Coríntios Paulo disse que essas pessoas passaram de uma “profunda
pobreza” para uma “generosidade abundante”. E eu queria saber como Deus pega um grupo de pessoas e derrama Sua graça
sobres elas, prosperando-as. Note que em 2 Co 8:1 Paulo disse que a “graça de Deus” foi fundamental para causar mudança 2
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financeira. Meu entusiasmo continuou a crescer ao passar mais tempo meditando no livro de Filipenses. A resposta de como
Deus fez isso tinha que estar lá em algum lugar.
Continuei orando e meditando no livro de Filipenses, e o Espírito Santo foi chamando minha atenção a outros
versículos que não faziam sentido para mim. Cada vez que eu os lia, parecia que recebia um “cutucão” no meu espírito, como
se lá houvesse um tesouro escondido.
E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento, Para que aproveis
as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo. (Fp 1:9,10)
Para entender melhor o que Paulo estava dizendo, resolvi procurar certas palavras desses versículos no dicionário
grego. Aqui estão elas, seguidas de suas definições:
Ciência = Epignosis = Total conhecimento, participação maior do conhecedor sobre o objeto conhecido, de modo que ele
seja mais poderosamente influenciado.
Conhecimento = Aisthesis = Percepção, discernimento.
Aprovar = Dokimazo = Aprovar após testar. Usado especialmente com relação a materiais. Moedas eram provadas, testadas
pelo fogo para confirmação de sua preciosidade.
Excelente = Diaphero = Diferente, o melhor.
Sincero = Eilikrines = Genuíno, puro {decidido}.
Escândalo = Tropeço, ou que faz tropeçar.
Depois de muitas horas de meditação e oração no espírito, tendo em mente o contexto da carta inteira, o Senhor me
deu a seguinte paráfrase do versículo 9 e 10:
“Oro para que na medida em que o seu amor por Jesus cresça, você passe a conhecê-Lo melhor. Você entenderá o que Ele está fazendo na
terra e se tornará ainda mais participante dos Seus planos, propósitos e buscas. A própria mente de Cristo passará a ter maior influência sobre
todas as áreas da sua vida. Sua aproximação Dele resultará em mais discernimento sobre no que deve se envolver ou não. Você será capaz de testar
muitos planos com a mesma mente (processo de raciocínio) de Jesus, para determinar qual possui o maior potencial para cumprir Seus planos nessa
terra. Através desse processo você permanecerá sincero, genuíno, puro e decidido a servir a Jesus, não a Mamom. Essa pureza e decisão salvarão você
de qualquer tropeço no modo de pensar do mundo (o engano das riquezas e o desejo por outras coisas), e salvará outros do tropeço também”.
Note que essa oração vai além de qualquer “fórmula” que é normalmente ensinada sobre como prosperar no Reino
de Deus. Dar e receber é importante, mas o Senhor me disse que está mudando a mentalidade da Igreja de “fórmula a um
relacionamento verdadeiro” quando se trata de prosperidade. Olhe como essa oração está em concordância com isso. Paulo
ora para que o “amor deles por Jesus” aumente. Assim, eles passarão a “conhecê-Lo” cada vez melhor. Na medida em que eles
conhecem Jesus e mantêm um relacionamento com Ele, começarão a entender Sua mente e Seu plano para suas vidas. E ao
conhecer essas coisas, eles poderão tomar as decisões corretas com respeito a todos as situações da vida... no que devem se
envolver ou não. Através desse método, o próprio Jesus estará guiando seus passos, para prosperá-los “individualmente” de
acordo com Seu plano para cada pessoa.
Isso requer RELACIONAMENTO & COMUNHÃO... NÃO FÓRMULAS! Quando o próprio Jesus dirige os seus
passos pela liderança do Espírito Santo, Ele pode prosperar você sem que você seja dominado pelo modo de pensar do
mundo, que normalmente é cheio de ganância, engano das riquezas e desejo por outras coisas. São essas características que
muitas vezes fazem com que os cristãos mais sinceros tropecem quando começam a prosperar. Jesus deseja que Seus irmãos
prosperem, mas não quando isso põe em risco o relacionamento com Ele! Lembre,
Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e
desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. (Mt 6:24)
É por isso que nos meus ensinos sobre o Reino das Finanças, Ele me fez enfatizar bastante a importância de passar
muito tempo em adoração, oração no espírito e meditação na Palavra de Deus. O tempo usado para fazer essas práticas é o
que constrói um relacionamento contínuo e aumenta a comunhão com o próprio Jesus! É isso que afina o nosso homem
espiritual, tornando-o sensível à liderança de Jesus através do Espírito Santo. Para desenvolver um relacionamento verdadeiro
com Jesus, é necessário passar tempo com Ele. E a recompensa desse relacionamento é “insondável”. Ele quer que o nosso
relacionamento e comunhão com Ele seja muito mais do que uma mera “fórmula” de dar e receber. É claro que nosso dar e
receber está envolvido, mas nunca será o fundamento da nossa prosperidade. O fundamento da nossa prosperidade é a “graça
de Deus” que Paulo ensinou aos Filipenses e aos Coríntios.
Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para
que pela sua pobreza enriquecêsseis. (2 Co 8:9) 3
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Jesus levou nossa pobreza na cruz da mesma forma que levou nossos pecados, nossas doenças e dores. Ele tomou
sobre Si a maldição da pobreza para que todos nós tivéssemos acesso a todas as riquezas do Pai em glória. A obra consumada
de Jesus Cristo é o fundamento de toda a prosperidade no novo testamento... NÃO AS NOSSAS OFERTAS!
Parece que as pessoas entendem melhor quando explico dessa forma. Todos nós sabemos que precisamos perdoar as
ofensas dos outros contra nós. Amém! No entanto, se eu lhe perguntasse, “É assim que uma pessoa entra no Céu? Quando
perdoa?” Você diria, “Não, uma pessoa é salva porque Jesus levou seus pecados na cruz e ela O recebeu como Salvador e
Senhor”. Isso mesmo! Em outras palavras, colocamos nossa fé na obra consumada de Jesus na cruz quando Ele levou nossos
pecados e recebemos perdão total. A OBRA DELE É O NOSSO FUNDAMENTO! O ato de perdoar é simplesmente uma
extensão do fundamento dessa obra consumada de quando “nós fomos perdoados”. Quando se trata da salvação, todos nós
entendemos,
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras,
para que ninguém se glorie. (Ef 2:8,9)
O mesmo acontece com a cura. Todos sabemos que não somos curados por nossas “obras”. Não podemos “merecê-
las” não importa quantas “boas obras” façamos. Mais uma vez, assim como a nossa salvação, fomos curados pela graça através
da fé na obra consumada de Jesus Cristo quando Ele levou nossas doenças e carregou nossas dores, e pelas Suas chagas fomos
curados.
No entanto, se cremos nos ensinos atuais, parece que quando se trata da nossa pobreza, o que importa são nossas
“ofertas”... nossas “obras”. Não! Mil vezes NÃO! Pela GRAÇA fomos salvos do pecado. Pela GRAÇA fomos salvos das
doenças. Pela GRAÇA fomos salvos da pobreza. O conhecimento dessa GRAÇA foi o que transformou a “profunda
pobreza” dos Filipenses em “abundância de generosidade”.
Dar e receber é muito importante, mas não podem se tornar o “fundamento” de nossa prosperidade. Contudo,
muitos de nós estamos entendendo isso às avessas. Quero dizer que muitos de nós pensam que “ofertar” fará com que Deus
nos “prospere”. Não. Ofertamos porque Ele já nos deu acesso direto às riquezas do reino quando Jesus levou nossa pobreza
na cruz. É pela GRAÇA que somos salvos em todos os aspectos da vida. A GRAÇA sempre se refere à obra consumada de
Jesus Cristo na cruz. A OBRA DELE é o nosso fundamento. Todas as nossas ações são resultado do que Ele já fez por nós.
Foi por isso que Paulo pôde orar pelos seus mantenedores em Filipo,
O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.
(Fp 4:19)
Você já se perguntou por que Paulo achou necessário terminar essa bela oração com “por Cristo Jesus”? Por que ele
não disse simplesmente “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória”? PORQUE
A RAZÃO PELA QUAL DEUS PÔDE SUPRIR TODAS AS NECESSIDADES DELE FOI A OBRA CONSUMADA DE
JESUS CRISTO, QUANDO ELE LEVOU A POBREZA DELES NA CRUZ! Jesus levou a pobreza deles por graça, para
que eles sempre tivessem livre acesso à Sua riqueza pela fé.
As ofertas deles tinham alguma função, então? Claro! Ofertar é uma ação correspondente ao fato de “estar próspero”
da mesma forma que “perdoar os outros” é uma ação consequente de “ter sido perdoado”. A fé verdadeira sempre requer
“ações correspondentes” para se tornar efetiva. Tiago nos disse;
Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta. (Tg 2:26)
Por isso, é sempre necessário que tomemos cuidado para nunca substituirmos a “graça” por “obras”. Muitos crentes
que estão com dificuldades financeiras se correspondem comigo. Sempre os ouço por bastante tempo para saber o que está no
seu coração, pois “a boca fala do que está cheio o coração”. Quase todas as vezes, não demora muito para que eles enfatizem
como são fiéis nas “ofertas” para a obra do reino. Quanto mais eles falam, mais revelam que sua fé está nas “ofertas”. Até
hoje, nunca ouvi menção do que Jesus fez na cruz, levando toda nossa pobreza. Olhe esse versículo mais uma vez:
Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para
que pela sua pobreza enriquecêsseis. (2 Co 8:9)
O que isso realmente quer dizer? O que nos dá acesso às riquezas? A POBREZA DELE! ATRAVÉS DA POBREZA
DELE! 4
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Jesus aceitou Se despojar de todas as posses terrenas na cruz. Os soldados até lançaram sortes de suas vestimentas. E
Ele também já havia deixado as riquezas do Céu para vir à terra e se sujeitar à cruz, à pobreza completa. Mas, por quê? Ele
levou nossos pecados para que pudéssemos receber Sua justiça. Ele levou nossas doenças, para que recebêssemos Sua cura.
Ele levou nossa pobreza para que tivéssemos acesso à Sua riqueza ilimitada.
Quando começo a explicar isso para as pessoas que me ligam ou me escrevem, parece ser um conceito totalmente
novo, como se nunca tivessem ouvido isso antes. Não é surpresa que o diabo tenha sido tão bem-sucedido em tirar a
prosperidade financeira do povo de Deus. Até Satanás sabe que foi pela GRAÇA que fomos salvos, não por obras. Sempre
que ele puder manipular nossos pensamentos para que confiemos em nossas próprias “obras”, ele sabe que seremos excluídos
da GRAÇA, pois ela só pode ser acessada por FÉ. Fé em quê? Fé na obra consumada de Jesus Cristo na cruz.
Então, como devemos proceder? Se você é um crente ofertante que ainda tem dificuldades financeiras, a primeira
coisa que eu sugiro é começar a semear 2 Co 8:9 no seu espírito, falando esse versículo repetidas vezes. Confessei esse
versículo centenas de vezes, literalmente, até que ele se tornou verdade para mim. Eu queria plantar essa semente tão
profundo em mim, para que eu nunca mais pensasse que “ofertar” era o fundamento da minha prosperidade. Então, eu ainda
oferto? Mais do que nunca! Quando tirei a minha fé das “minhas ofertas” e a coloquei na “obra Dele” na cruz por mim, não
demorou para que as minhas finanças prosperassem. A mesma GRAÇA que levou os Filipenses da “profunda pobreza” à
“generosidade abundante” começou a operar em mim também. Mas isso não foi através de uma “fórmula”, como o próximo
parágrafo explicará.
Em segundo lugar, da mesma forma que você adora o Senhor como seu Salvador, e da mesma forma que você adora
o Senhor como sua Cura, comece a adorá-Lo como seu Provedor. Foi a obra Dele que abriu as fontes ilimitadas do Pai para
você. As suas ofertas são apenas ações correspondentes à obra já terminada. Nos seus momentos de adoração, dê-Lhe graças
por Ele ter levado sua pobreza para que você tivesse acesso às Suas riquezas. Confesse que Jesus é o seu Provedor. Ele
realmente é!
Em terceiro lugar, além dos momentos de adoração, não deixe de passar bastante tempo orando no Espírito. Essa é
uma das principais formas pela qual sua “comunhão” com o Senhor se torna mais íntima e pessoal. O Espírito Santo
começará a revelar a mente e o plano de Cristo para a sua vida. Ele começará a lhe mostrar no que “deve se envolver ou não”.
Você verá que tomará decisões que estão muito mais alinhadas ao plano de Cristo para VOCÊ... VOCÊ!
Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos
conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. (1 Co 2:12)
“Gratuitamente” se parece muito com GRAÇA, não é? Pela GRAÇA de nosso Senhor Jesus Cristo você recebeu
“livre acesso” a todas as riquezas do Pai em glória. O Espírito Santo foi enviado para que você “conhecesse” essas coisas. Ele
trará a mente, os planos e instruções do Senhor Jesus Cristo para você, na medida em que você estiver em comunhão com Ele.
DEUS O ABENÇOE!
Gary e Sue Carpenter
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Bibliologia
by Wagner E Lize
em Bibliologia
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 1 - A IMPORTÂNCIA DAS ESCRITURAS
2.1 1.1 A NECESSIDADE DAS ESCRITURAS
2.2 1.2 COMO DEVEMOS ESTUDAR A
BÍBLIA
2.3 1.3 O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
3 2 - BÍBLIA - O LIVRO
3.1 2.1 A ESTRUTURA DA BÍBLIA
3.1.1 2.1.1 O Antigo Testamento
(AT)
3.1.2 2.1.2 O Novo Testamento (NT)
3.2 2.2 - AS ÉPOCAS BÍBLICAS
3.2.1 2.2.1 Época Abraâmica
3.2.2 2.2.2 A Época de Israel
3.3 2.2.3 O Período Interbíblico
3.3.1 2.2.4 A Época do
Cristianismo
3.4 2.3 ALIANÇAS E DISPENSAÇÕES
3.4.1 2.3.1 - Alianças
3.4.2 2.3.2 Dispensações
4 3 - O CÂNON DA BÍBLIA
4.1 3.1 - A BÍBLIA COMO A PALAVRA
DE DEUS
4.2 3.2 - A INSPIRAÇÃO DIVINA DA
BÍBLIA
4.2.1 3.2.1 - Provas da inspiração
divina da Bíblia
4.3 3.3 - FALSAS TEORIAS SOBRE A
INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
4.4 3.4 - OS LIVROS APÓCRIFOS
5 4 - A BÍBLIA AO LONGO DOS
SÉCULOS
6 4.1 - AS LÍNGUAS ORIGINAIS DA
BÍBLIA
7 4.2 - A TRADUÇÃO DA BÍBLIA
7.1 4.2.2 - A Vulgata
7.2 4.3 - VERSÕES EM PORTUGUÊS
7.2.1 4.3.1 - A versão de Almeida
7.2.2 4.3.2 - A Versão de Figueiredo
7.2.3 4.3.3 - A Tradução
Brasileira
7.2.4 4.3.4 - A Versão de Rohden
7.3 4.3.5 A Versão de Matos Soares
8 4.4 - ALGUMAS OBSERVAÇÕES E
CURIOSIDADES SOBRE O TEXTO BÍBLICO
8.1 4.4.1 - As palavras em itálico
8.2 4.4.2 - O uso da margem
8.3 4.4.3 - Datas impressas no
textos
8.4 4.4.4 - O sumário dos
capítulos
8.5 4.4.5 - A divisão do texto
bíblico em capítulos e versículos
8.6 4.4.6 - A divisão do texto em
parágrafos
8.7 4.4.7 - Aprendendo a ler e a
escrever referências bíblicas
8.8 4.4.8 - Diferença entre texto,
contexto, referência e inferência
8.9 4.4.9 - Algumas
particularidades sobre a Bíblia
9 CONCLUSÃO
10 BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO
A disciplina Bibliologia - Estudo
sobre a Palavra de Deus, é também conhecida como Isagoge (termo grego que significa
conduzir para dentro), e tem como objetivo introduzir o estudante nos mistérios
revelados pelo Senhor Deus através das Sagradas Escrituras. Dessa forma,
Bibliologia é o estudo dos assuntos inerentes à Bíblia. Essa matéria auxilia o
estudante a desvendar a Palavra de Deus, a obter compreensão sobre a Bíblia e,
é indispensável a qualquer área da Teologia, elucidando inumeráveis fatos
bíblicos. Um dos pontos mais importantes da Bibliologia é o estudo do milagre
bíblico, ou seja, a forma impressionante com que os textos foram escritos,
preservados e trazidos até os tempos atuais.
Nas lições deste módulo
estudaremos sobre como a Bíblia é rica em detalhes referentes aos fatos que nos
revela. A compreensão da riqueza dos fatos registrados na Bíblia ajuda o
estudante a compreender melhor a vontade de Deus revelada em sua Palavra.
Esperamos que a partir desse estudo, você possa ser beneficiado com o
crescimento espiritual e sinta-se mais ansioso para permanecer saciando sua
sede na infindável fonte que é a Bíblia Sagrada.
Para melhor compreensão da Bíblia
providencie um bom dicionário secular, um dicionário bíblico, uma chave (ou
referência) bíblica, um livro de geografia bíblica e uma enciclopédia bíblica.
A maioria das Bíblias de Estudo vêm equipadas com chave e dicionário bíblico,
além de notas de rodapé e mapas que auxiliam no estudo do texto sagrado. Além
dos auxílios acima citados, a Bíblia é o livro que deve ser lido com
reverência, em oração, para que o Espírito Santo, que é seu maior intérprete,
possa atuar sobre cada um, nos dando a exata dimensão da vontade de Deus.
[editar]1 - A IMPORTÂNCIA DAS
ESCRITURAS
A Bíblia é o único livro na
história da humanidade que revela a Deus, ou ainda, que é a palavra do próprio
Deus. Todas as demais obras não conseguem provar por si próprio que tem como
autor o Senhor de todo o Universo. Somente a Bíblia conta a maior história de
amor, jamais revelada de outra forma, a não ser a do Senhor Jesus Cristo, para
salvação da humanidade. Somente a mensagem da Bíblia é capaz, na direção do
Espírito Santo, conduzir o homem em todas as áreas de sua vida: “Bem-aventurado
o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios ... antes tem o seu prazer
na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Sl 1.1,2).
[editar]1.1 A NECESSIDADE DAS ESCRITURAS
A revelação de Deus ao homem
através dos tempos tem sido por meio das obras que Ele criou (Rm 1.20, Sl
19.1-6). Além das obras, a maior fonte de revelação de Deus está em sua
Palavra, a Bíblia Sagrada. Costuma-se dizer que essa revelação é dupla, sendo a
Bíblia a palavra escrita e Cristo a palavra viva. Essa dupla revelação
tornou-se necessária devido a queda do homem. Ao estudarmos a Bíblia devemos
considerar as seguintes afirmações: a) A Palavra de Deus é o único manual do crente
- Os manuais existem para orientar as pessoas sobre os procedimentos corretos
em determinadas ocasiões. Dessa forma, a Bíblia nos ensina a servir ao Senhor,
a empregar bem as orientações deixadas por Deus para uma vida feliz e para a
correta realização de Sua obra. É também a Bíblia que nos mostra o caminho da
salvação, da santificação e da vida eterna. A eficiência no uso da palavra vem
do exercício constante, da prática (1 Pe 2.9, 3.15; Ef 2.10; 2 Tm 2.15; Is
34.16; 55.11; Sl 119.130).
b) A Palavra de Deus alimenta
nossa almas - O estudo da Palavra é uma nutrição perfeita para nosso
crescimento espiritual. Todo alimento só nutre o corpo se for absorvido pelo
organismo e se for ingerido com regularidade. Quem não tem apetite pela Palavra
de Deus não tem também saúde espiritual (Mt 4.4; Jr 15.16; 1 Pe 2.2).
c) A Palavra de Deus é um
instrumento do Espírito Santo (Ef 6.17) - O Espírito Santo tem mais
instrumentos para operar onde há abundância da Palavra de Deus. Quando estamos
imersos na Palavra, o Espírito atua mais livremente em nossa vida (Sl 1.2; Js
1.8).
d) A Palavra de Deus nos enriquece
espiritualmente - Por não conhecer adequadamente a Palavra de Deus, muitos
crentes se tornam fanáticos. Em vez de deixarem o Espírito Santo usá-los,
querem usar o Espírito Santo para fazer suas vontades. Por outro lado, há os
que conhecem a Palavra mas a falta de correta e pronta orientação espiritual,
principalmente aos novos convertidos, pode resultar em vidas desequilibradas e
doentias pelo resto da existência. São pessoas que ferem a si mesmas e as
outras pessoas com as quais convivem, por não compreenderem as riquezas da
liberdade conquistada por Cristo (Sl 119.72; Ef 1.17; 1 Co 2.10).
e) A Palavra de Deus renova a fé
do cristão - Para termos nossas orações respondidas por Deus, precisamos apoiar
nossa fé nas promessas contidas em sua Palavra. Por outro lado, a Palavra de
Deus desperta fé em nós. Precisamos pedir conforme a vontade de Deus. E uma
forma de conhecer a vontade de Deus é por meio de sua Palavra (Jo 15.7; Rm
10.17; Jo 5.14).
A Bíblia é a revelação de Deus à
humanidade. Tudo que precisamos Deus nos revelou por meio de sua Palavra.
Somente precisamos nos apropriar dessas revelações e pela fé concretizá-las em
nossa vida. O autor da Bíblia é Deus, seu intérprete é o Espirito Santo e seu
tema central é o Senhor Jesus Cristo.
[editar]1.2 COMO DEVEMOS ESTUDAR A
BÍBLIA
Para tirar o máximo aproveitamento
da Bíblia, devemos estudá-la: a) Conhecendo o seu autor - A Bíblia é o único
livro cujo autor está presente quando alguém o está lendo. Ninguém explica
melhor um livro do que seu próprio autor. Conhecendo e amando o autor da
Bíblia, fica mais fácil compreender Sua vontade.
b) Diariamente - Como alimento
espiritual, a Bíblia só surte efeito se for degustada diariamente, como nossas
principais refeições. Caso isso não aconteça, o crente será alvo da destruição
espiritual (Dt 17.19; Jo 16.12; Hb 5.12; Mc 4.33).
c) Com reverência - A maneira como
lemos a Bíblia é importante para determinar o aproveitamento dessa leitura. É
importante observar o seguinte: (I) Estudar a Bíblia como a Palavra de Deus, e
não como um livro qualquer; (II) Estudar a Bíblia em atitude de oração, com o
coração voltado para Deus; (III) Estudar em atitude de humildade (Tg 1.21);
(IV) Estudar crendo em seu ensino (Lc 24.25).
d) Com oração - A melhor leitura
bíblica é aquela feita vagarosamente, com meditação, a exemplo dos servos de
Deus no passado (Sl 119.12,18; Dn 9.21-23; Sl 73.16-17). A meditação aprofunda
a compreensão.
e) Completamente - Existem textos
bíblicos que não recebem a devida atenção dos seus leitores. Ler a Bíblia toda,
em atitude de oração e meditação, ajuda a compreender melhor Sua mensagem.
Sendo a Palavra de Deus, a Bíblia é infinita em sua mensagem, mas nem por isso
devemos desistir de estar sempre buscando mais. O Espírito Santo nos ajuda
nessa caminhada de compreensão da vontade de Deus (Rm 11.33,34; 1 Co 13.12; Dt
29.29).
[editar]1.3 O TEMA CENTRAL DA
BÍBLIA
Jesus é o tema central da Bíblia,
conforme Ele mesmo declara em Lc 24.44 e Jo 5.39. Leia também At 3.18; 10.43 e
Ap 22.16. Considerando Jesus como o tema central da Bíblia, podemos dividir os
66 livros em quatro grandes grupos: a) Preparação: todo o Antigo Testamento. b)
Manifestação: os Evangelhos. c) Explanação: são as Epístolas. d) Consumação: o
livro de Apocalipse.
[editar]2 - BÍBLIA - O LIVRO
Não encontramos o vocábulo
“Bíblia” no texto das Sagradas Escrituras. Esse nome provém do grego, tendo
como origem o termo “papiro”. A forma de escrita mais disseminada na Antigüidade
era com o uso do papiro. Por sua vez, os gregos chamavam o papiro de biblos, um
rolo de papiro era um bíblion e vários destes era uma “bíblia” ou livro. A
palavra “bíblia” significa, assim, “livros pequenos” ou “coleção de livros
pequenos”. Grande parte dos escritos sagrados nas sinagogas era escrita em
papiro (Lc 4.17).
O papiro foi um dos principais
materiais usados para escrever os manuscritos bíblicos. O centro da indústria
do papiro era o Egito, onde teve início a sua utilização. Antes do surgimento
dos equipamentos gráficos os livros eram escritos a mão, em forma de rolos, em
materiais como o papiro ou pergaminho. O papiro era uma planta que crescia
junto aos rios. A entrecasca, depois beneficiada, formava rolos de grande
extensão, permitindo a escrita. A Bíblia menciona o papiro diversas vezes: Ex
2.3; Jó 8.11; Is 18.2. Em algumas passagens, a Bíblia menciona junco, no lugar
do papiro. Na verdade, o papiro era extraído de uma espécie de junco gigante. A
palavra papel também é derivada de papiro. O uso desse material data do ano 3
mil antes de Cristo.
O pergaminho foi o outro material
usado para escrever os manuscritos bíblicos. Esse nome está relacionado com
Pérgamo, cidade que ficou famosa pela fabricação de pergaminhos, cuja
matéria-prima era de peles de animais, sendo material bem mais durável e
resistente que o papiro para a escrita (2 Tm 4.13). O pergaminho é um material
de uso mais recente, aplicado a partir do Novo Testamento.
Mais recentemente, no final da
Idade Média, foi inventada a imprensa. O primeiro livro impresso foi a Bíblia,
em 1452, em alemão. A partir de então, a difusão dos ensinos bíblicos tornou-se
mais rápida e eficiente. Hoje a Bíblia é divulgada de diversas formas,
inclusive por meio de gravação (áudio), vídeos, programas de computador,
Internet e outros meios.
Os estudiosos no assunto afirmam
que a expressão Bíblia foi primeiramente adotada por João Crisóstomo, patriarca
de Constantinopla, no V século de nossa era.
Alguns outros nomes pelos quais a
Bíblia é conhecida: Escrituras (Mt 21.42); Sagradas Escrituras (Rm 1.2); Livro
do Senhor (Is 34.16); A Palavra de Deus (Mc 7.13; Hb 4.12); Os oráculos de Deus
(Rm 3.2).
A arqueologia moderna tem sido a
maior fonte científica que comprova a infalibilidade do Livro Sagrado. A
história da Bíblia, como chegou até nós, é encontrada em seus manuscritos.
Manuscritos são livros da antiga literatura, escrito à mão.
[editar]2.1 A ESTRUTURA DA BÍBLIA
A Bíblia divide-se em duas partes
principais: o Antigo e o Novo Testamento, tendo ao todo 66 livros, 39 no Antigo
Testamento e 27 no Novo. Esses livros foram escritos no período de 16 séculos e
tiveram cerca de 40 escritores. Foram pessoas de diversas épocas, diversas
línguas, profissões diferentes, mas revelando uma mesma mensagem: aquela que o
Supremo Autor desejou passar. Aqui está o grande milagre da Bíblia.
Testamento vem do grego “diatheke”
e significa aliança ou concerto. Hoje, testamento é um documento que contém a
vontade de uma pessoa quanto a distribuição de seus bens após a morte. Essa duplicidade
de sentido ensina que a morte do testador (Cristo) ratificou ou selou a Nova
Aliança, o que nos garante toda a sua herança (Hb 9.15-17). O termo Antigo
Testamento foi usado pela primeira vez por Tertuliano e Orígenes.
[editar]2.1.1 O Antigo Testamento
(AT)
A expressão "Antigo
Testamento" surgiu no II século d.C., tendo sido divulgada dessa forma
pelos chamados "pais latinos da Igreja", quando procuravam
diferenciar as Escrituras hebraicas (os textos sagrados dos judeus, que até
aquela época eram denominadas simplesmente de "Escrituras"), dos
escritos que os apóstolos e discípulos de Jesus passaram a escrever, que foram
denominados de as "Escrituras gregas".
Por sua vez, os judeus não
denominam suas Escrituras de "Antigo Testamento", até mesmo porque se
assim o fizessem, estariam reconhecendo a Jesus como o Cristo. Eles chamam o
Antigo Testamento de 'TANACH", palavra formada das iniciais de Torah
(Lei), Neviim (Profetas) e CHetuvim (Escritos), que é o conjunto dos escritos
sagrados. Esta forma de denominar o Antigo Testamento foi utilizada por Jesus
(Lc 24.44).
A expressão AT tem sua origem na
carta aos Hebreus (Hb 8.6-13) que, por sua vez, toma como base o profeta
Jeremias (Jr 31.31-34). O texto de Jeremias, na versão grega da Septuaginta,
usa a palavra grega "diatheke", que significa pacto ou testamento,
tendo sido escolhida a expressão "testamento", já que na carta aos
Hebreus estes pactos somente tiveram valor em virtude de derramamento de sangue
(Hb 9.1-8,16,17).
O Antigo Testamento foi produzido
num ambiente histórico e cultural do Egito, da Mesopotâmia e nas nações
historicamente relacionadas com essas terras, e escrito originalmente em
hebraico, com alguns trechos em aramaico e em persa. Divide-se basicamente em
quatro grupos de livros: Lei, História, Poesia e Profecia.
a) Lei - São 5 livros: Gênesis,
Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio. Mais conhecidos como Pentateuco,
esses livros tratam da origem de todas as coisas, da lei e do estabelecimento
da nação israelita.
b) História - São 12 livros: de
Josué a Ester. Ocupam-se da história de Israel em seus diversos períodos,
principalmente a Teocracia (governo de Deus, sob os Juízes); a Monarquia
(governo de um único rei, sob Saul, Davi e Salomão); Divisão do reinos de Judá
e Israel, sendo Israel levado cativo para a Assíria e Judá para a Babilônia;
Pós-cativeiro (sob Zorobabel, Esdras e Neemias, em conjunto com os profetas).
c) Poesia - São cinco livros, de
Jó a Cantares de Salomão. O nome poético deve-se ao gênero de seu conteúdo, não
significa que sejam fantasiosos e fictícios. São também chamados de devocionais
ou “literatura de Sabedoria”.
d) Profecia - São 17 livros, de
Isaías a Malaquias. Podem ser divididos em Profetas Maiores (cinco livros, de
Isaías a Daniel), sendo quatro autores, visto que o livro de Lamentações se
atribui a Jeremias e, Profetas Menores (12 livros, de Oséias a Malaquias). O
nome Profeta Maiores ou Menores não tem nada a ver com o mérito ou notoriedade
do profeta, mas, principalmente, com a extensão do livro ou do ministério
profético.
A classificação dos livros
bíblicos não obedece ordem cronológica, pois estão agrupados por assuntos. A
forma como estão dispostos teve origem na Septuaginta, através da Vulgata.
De acordo com os renomados mestres
nesta área, a ordem cronológica do AT é a seguinte:
Jó 1521
a.C. Amós 780 a.C.
Gênesis 1521-1500 a.C. Oséias 760 a.C.
Êxodo 1490 a.C. Isaías 745 a.C.
Levítico 1489 a.C. Miquéias 740 a.C.
Números 1451 a.C. Sofonias 639 a.C.
Deuteron. 1451 a.C. Naum 630 a.C.
Josué 1424 a.C. Jeremias 626 a.C.
Juízes 1126 a.C. Lamentações 626 a.C.
Rute 1050 a.C. Habacuque 606 a.C.
1 Samuel 1050 a.C. Daniel 606
a.C.
2 Samuel 1018 a.C. Ezequiel 592 a.C.
1 e 2 Reis 1015 a.C. Obadias 586 a.C.
Salmos 1050-975 a.C. Ageu 520 a.C.
Cantares 1013 a.C. Zacarias 520 a.C.
1 e 2 Crôn. 1004 a.C. Ester 509 a.C.
Provérbios 1000 a.C. Esdras 457 a.C.
Eclesiastes 975 a.C. Neemias 434 a.C.
Joel 840 a.C. Malaquias 432 a.C.
Jonas 790 a.C.
[editar]2.1.2 O Novo Testamento
(NT)
Logo depois da ressurreição de
Cristo, aqueles que foram testemunhas oculares de sua glória saíram pregando o
Evangelho, a todos os lugares. Isso era feito verbalmente. Com o passar dos
anos, surgiu a necessidade de registrar aquilo que ensinavam. Foi aí que os livros
do Novo Testamento começaram a ser escritos. É bom lembrar que, enquanto o
Antigo Testamento levou cerca de 1046 anos para ser escrito, o Novo Testamento
o foi em menos de 100 anos.
O Novo Testamento tem 27 livros.
Foi escrito em grego popular, conhecido como Koiné. Os livros são classificados
em quatro grupos, conforme o assunto, ou seja: Biografia, História, Epístolas e
Profecia.
a) Biografia - São os quatro
Evangelhos. Descrevem a vida terrena de Jesus e seu ministério. Os três
primeiros Evangelhos são chamados de Sinópticos devido ao paralelismo existente
entre eles. Os Evangelhos são os livros mais importantes da Bíblia. Os demais
livros são uma preparação para a vinda de Cristo ou uma explicação sobre a
doutrina de Cristo.
b) História - É o livro de Atos
dos Apóstolos. Registra a história da Igreja primitiva.
c) Epístolas - São 21 cartas, e
vão de Romanos a Judas. Elas contém a doutrina da Igreja. Podem ser divididas
da seguinte forma: (I) Nove são dirigidas a igrejas (de Romanos a 2
Tessalonicenses); (II) Quatro são dirigidas a indivíduos (duas a Timóteo, uma a
Tito e outra a Filemon); (III) Uma é dirigida aos hebreus cristãos; (IV) Sete
são dirigidas a todos indistintamente (Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e
Judas). Estas são também chamadas universais, ou gerais, mesmo duas delas serem
dirigidas a pessoas (2 e 3 João). d) Profecia - Trata-se do livro de Apocalipse
ou Revelação. Esse Livro aborda os eventos finais referentes ao universo, a
terra, a igreja e ao destino da humanidade.
No entender cronológico, a ordem
dos livros do NT seria:
1 Tessalon. 51 d.C. Atos dos Apóstolos 64 d.C.
2 Tessalon. 52 d.C. 1
Timóteo 64 d.C.
1 Coríntios 56 d.C. 1
Pedro 64 d.C.
2 Coríntios 57 d.C. Tito 65 d.C.
Gálatas 57 d.C. Mateus 65 d.C.
Romanos 58 d.C. 2 Pedro 64/65d.C.
Marcos 59/60 d.C. 2 Timóteo 67 d.C.
Efésios 61 d.C. Judas 70 d.C.
Tiago 61 d.C. João
(Ev) 85 d.C.
Filipenses 62 d.C. 1 João 90 d.C.
Colossen. 62 d.C. 2 João 90 d.C.
Filemom 62 d.C. 3
João 90 d.C.
Lucas 63 d.C. Apocalipse 96 d.C.
Hebreus 63 d.C.
[editar]2.2 - AS ÉPOCAS BÍBLICAS
Os livros, na Bíblia, não seguem
uma ordem cronológica, pois são agrupados conforme o assunto que abordam.
Devido a isso, algumas pessoas podem se confundir com a seqüência da leitura do
texto bíblico.
Para facilitar, estaremos
apresentando em síntese a cronologia do texto bíblico, ou seja, a seqüência
histórica em que os fatos bíblicos aconteceram. Não pretendemos aprofundar aqui
o estudo da cronologia bíblica, mas apenas apresentar uma idéia de como os
fatos aconteceram. Na seqüência, os livros serão apresentados na ordem
cronológica, até onde se conhece na atualidade.
[editar]2.2.1 Época Abraâmica
Trata-se do primeiro período de
narrativa bíblica, estando dividido em duas partes: o Período Antediluviano e
do Dilúvio a Abraão. a) Período Antediluviano: período de Adão ao Dilúvio.
Contém o relato da origem de todas as coisas, terminando no capítulo seis de
Gênesis.
Esse período registra fatos
ocorridos nas imediações do Jardim do Éden, no vale do Rio Eufrates. Por lá
estiveram também Abraão e Noé. Para conhecer bem as civilizações primitivas que
viveram naquela região recomenda-se o estudo do capítulo 10 de Gênesis. As
cidades mencionadas neste capítulo eram cidades-reinos, com governo próprio.
Destaca-se nesse período a presença de homens de Deus como Abel, Sete, Noé e
Enoque.
A vida extraordinariamente longa
desses homens se explica principalmente pelos seguintes motivos: a) as
conseqüências do pecado ainda eram pequenas sobre o homem; b) a maldição devido
a queda do homem estava apenas começando; c) as condições climáticas eram
outras; d) a capacidade da terra de produzir alimentos era bem melhor; e) a
longevidade era necessária ao povoamento da terra; f) temos que considerar a
misericórdia de Deus para com uma raça humana ainda ineficiente.
b) Do dilúvio a Abraão - após o
dilúvio (Gn 6 a 11), muitas cidades antigas foram reconstruídas. A arca de Noé
repousou em um dos montes da cordilheira de Ararate, perto das cabeceiras do Eufrates,
mas Noé retornou a sua terra primitiva - Sinar, mais tarde chamada de Babilônia
(Gn 11.2). Cerca de 100 anos após o Dilúvio, aconteceu a dispersão das raças
por causa da confusão das línguas na Torre de Babel (Gn 11).
Em Gênesis 10 podemos ver uma descrição
detalhada de como estavam distribuídas as nações após o Dilúvio. A família de
Abraão vivia na cidade de Ur, que na época era capital da Suméria. Abraão foi
fiel a Deus em um ambiente influenciado pela idolatria. Alguns teólogos afirmam
que Sem foi contemporâneo de Abraão durante 150 anos, e pode ter transmitido a
ele os ensinamentos divinos.
[editar]2.2.2 A Época de Israel
Trata-se do período histórico de
Israel, um dos centros da narrativa bíblica, pois foi de Israel que nasceu
Cristo, tema central da Bíblia.
a) Período Patriarcal: esse
período vai de Abraão a José, de Canaã ao Egito. É com Abraão que começa a
história de Israel como povo eleito. É ele o pai da raça hebréia (Sl 105.6; Jo
8.56). Abraão vivia em Ur, onde recebeu o chamado de Deus para fundar uma nação
escolhida. Com isso, ele segue para Canaã, parando em Harã. Abraão era homem de
grandes posses, bem relacionado com os reis e pessoas influentes da época.
Quando Abraão chegou a Canaã, a
terra era habitada por nações excessivamente ímpias. A terra precisava ser
conquistada. Deus revela seus planos a Abraão, mostrando que toda aquela terra
seria de sua descendência. O cumprimento da promessa aconteceu muitos anos mais
tarde.
b) Israel no Egito: esse período
vai da morte de José ao Êxodo, abrangendo a escravidão de Israel no Egito. O
período começa com a ida de Israel para o Egito, relatada nos primeiros 12
capítulos de Êxodo, por ocasião da fome em toda a terra. Após a morte de José,
Israel teve cerca de 60 anos de paz, antes de começar a escravidão. Depois de
muito sofrimento, no tempo oportuno, Deus levantou Moisés para retirar seu povo
do Egito.
c) Israel no Deserto: trata-se de
um período de 40 anos, tempo que Israel gastou desde a saída do Egito até a
entrada em Canaã. A viagem poderia ter sido feita em bem menos tempo, mas o
povo foi rebelde. Deus precisava prepará-lo melhor para a nova vida, na Terra
Prometida.
Durante a viagem, a nação de
Israel foi fundada, as leis foram criadas e os mandamentos divinos foram
revelados. O povo, que antes era escravo do Egito, aprendeu a conviver com a
presença de Deus. Todas as ordenanças do deserto apontavam para Cristo como a
perfeita expiação do pecado. Destacam-se como líderes nesse período Moisés e
Josué (civis) e Arão e Eleazar (religiosos). Moisés não pisou em Canaã, mas
antes de morrer avistou a terra e a dividiu entre as tribos de Israel.
d) A Conquista de Canaã: esta fase
da História de Israel está descrita no livro de Josué. Sob o comando de Josué,
Israel cruza o rio Jordão e acampa-se em Gilgal, onde montou sua base de
operações para a conquista de Canaã. Essa conquista aconteceu em três fases: a
fase sul, a fase central e a fase norte.
Durante a conquista, o Tabernáculo
é montado em Siló, permanecendo lá até o tempo dos Juizes. A conquista somente
não foi bem sucedida porque Israel não destruiu os povos vizinhos conforme
determinação de Deus. Era preciso realizar essa destruição para que o povo de
Israel se mantivesse livre da influência pecaminosa daquelas nações.
Enquanto Israel obedeceu a Deus,
venceu aos inimigos. Mas quando deixou de obedecê-lo, ficou enfraquecido e
sofreu derrotas. O livro de Josué vai até a sua morte, cobrindo um período de
23 anos. Destacam-se como profetas dessa época um anônimo (Jz 6.8-10) e Débora
(Jz 4.4).
e) Os Juízes: esse período vai da
morte de Josué ao fim do ministério de Samuel. Na mesma época foram escritos os
livros de Rute e 1 Samuel 1 a 9. O governo de Israel era realizado diretamente
por Deus (teocrático), por meio de juízes que eram escolhidos para resolver as
questões junto ao povo. Foi uma época de grande apostasia, anarquia e guerra
civil, onde o povo entregou-se ao pecado. Cada um fazia o que parecia reto aos
seus olhos (Jz 21.25). O maior líder da época foi Samuel, o último dos juízes.
Samuel também atuou como sacerdote e profeta. Também atuaram como profeta
naquela época dois anônimos (Jz 6.8-10 e 1 Samuel 2.27-36) e Débora (Jz 4.4).
f) Monarquia: esse período abrange
os reinados de Saul, Davi e Salomão. Foram escritos nesse período os livros de
1 Sm 9 a 1 Rs 12, 1 Cr 10 a 2 Cr 10. Foi um período áureo e esplendoroso para
Israel. Saul fixou a capital em Gibeá. Davi conquistou Jerusalém das mãos dos
jebuseus e tornou-a sua capital. Deus faz a aliança com Davi, prometendo-lhe
nunca faltar herdeiros para o trono. Isso se cumpriu com Jesus Cristo,
descendente de Davi.
O templo foi construído no reinado
de Salomão. Foi uma obra imponente e magnificente, seguindo uma planta revelada
pelo próprio Deus a Davi. A construção durou sete anos, e foi feita por 30 mil
israelitas e 150 mil cananeus. Durante essa época houve diversos profetas
não-literários (sua obra não foi escrita): um grupo, incluindo Saul (1 Sm
10.10); Gade; Natã; Aías. g) O Reino Dividido: Esse período vai da divisão dos
reinos à época do cativeiro. Salomão iniciou bem o seu governo, sendo temente a
Deus e piedoso. Mas na velhice, afastou-se de Deus, entregando-se à idolatria e
tendo inúmeras mulheres, a maior parte vinda dos povos pagãos. Por causa disso,
Deus fez a divisão dos reinos. A divisão foi predita pelo profeta Aías e
aconteceu no governo de Robão, um dos filhos de Salomão.
Com a divisão, a parte do Norte
chamou-se Israel. Teve 10 tribos. O primeiro rei foi Jeroboão I. A religião
oficial foi o culto ao bezerro, religião que Jeroboão importou do Egito.
Afundou-se no Baalismo, um culto indecente e desumano a Baal e Astarote. Os
profetas Elias e Eliseu juntamente com o rei Jeú comandaram a luta contra esse
tipo de culto.
O reino de Israel (Norte) durou
250 anos, teve 19 reis sendo o último Oséias. Todos adoraram o bezerro. O pior
deles foi Acabe, e o menos pior foi Jorão, que quebrou a estátua de Baal mas
continuou adorando o bezerro. Nenhum dos 19 reis procuraram levar o povo ao
encontro com Deus.
Foi então que os reis
Tiglate-Pileses III e Sargão II, da Assíria, invadiram o reino do norte levando
o povo de Israel cativo 722 a.C.. Sargão enviou seus súditos para povoar
Samaria, capital do reino do norte, originando assim os samaritanos, gerando
uma religião mista que se prolonga até os tempos de Cristo. Além de destruir o
reino do Norte, a Assíria invadiu Judá, capturando todo o Judá, menos
Jerusalém, devido a uma intervenção de Deus. O anjo do Senhor feriu 185 mil
assírios em uma só vez. Posteriormente, a Assíria foi vencida por Babilônia.
A partir dessa época, a cronologia
bíblica se torna mais precisa. As olimpíadas gregas iniciadas em 776 a. C. e
realizadas a cada quatro anos, são uma boa referência para o cálculo das datas.
Além disso, o Império Romano deixou registros com datas bem precisas que servem
de guia cronológico.
O reino do Norte teve os seguintes
profetas: (I) Não-literários - os dois anônimos já mencionados; Elias; um outro
anônimo (1 Rs 20.13); Micaías; Eliseu e Obede; (II) Literários - Jonas; Oséias;
Amós (profeta de Judá, mas com mensagem para Israel) e Miquéias (idem).
O reino do Sul, Judá, teve duas
tribos: Judá e Benjamim. Algumas famílias de outras tribos também se uniram a
Judá. A tribo de Simeão ficava ao sul de Judá, sem comunicação com o Norte. A
capital continuou sendo Jerusalém. Depois do cativeiro do reino do Norte, Judá
permaneceu cerca de 100 anos livre. Judá teve 20 reis. Os três melhores reis
foram Ezequias, Josias e Joás. O pior de todos os reis foi Atália.
h) O Cativeiro Babilônico:
Nabucodonosor invadiu Judá e levou preso o rei Jeoaquim. Levou também cativos
os membros da família real, inclusive Daniel. A contagem dos 70 anos de exílio
começou em 606 a. C., quando três anos depois, Jeoaquim se rebela contra
Nabucodonosor.
Depois disso, Nabucodonosor volta,
saqueia o templo e leva Joaquim (filho de Jeoaquim), além de 10.000 outros
judeus, entre príncipes e oficiais - a aristocracia judaica. Põe Zedequias,
irmão de Jeoaquim como rei em lugar deste. Levou também cativo o Profeta
Ezequiel.
Finalmente, em 587 a. C.,
Jerusalém é sitiada por Nabucodonosor. Depois de um ano e meio de cerco, acaba
a resistência de Jerusalém. Acabam-se os alimentos e a cidade é tomada. O povo
estava com fome. O rei Zedequias foi capturado quando tentava fugir, sendo
levado até Nabucodonosor, onde teve os olhos vasados, sendo depois levado para
a Babilônia. Alguns remanescentes pobres foram poupados, mas acabaram fugindo
para o Egito.
Os profetas desse tempo foram: (I)
Não literários - Semaías; Ido; Azarias; Eliézer; um anônimo (2 Cr 25.15);
Hulda; Urias; Hanani; Jaaziel; (II) Literários - Daniel (na corte de
Nabucodonosor); Ezequiel (no campo, entre os cativos. Era sacerdote); Jeremias
(ficou entre os remanescentes).
O cativeiro curou Israel da
idolatria até hoje. Desde então, os judeus não podem ser acusados de idolatria.
Devido o cativeiro, as Escrituras passaram a ser estudadas e surgiram as
sinagogas.
i) A Restauração de Israel: depois
de 70 anos, previstos antes por Isaías, um governador persa, Ciro, proclamou o
retorno dos judeus e restaurou Israel. O templo foi reconstruído, menor e menos
rico que o anterior.
Ester, uma judia formosa,
tornou-se rainha da Pérsia 58 anos após o retorno de Israel. O livro de Ester
situa-se entre os capítulos 7 e 8 de Esdras.
O período da restauração teve os
seguintes líderes: Josué e Esdras (religiosos); Zorobabel e Neemias (civis,
atuando como governadores). Ageu e Zacarias, no início da reconstrução do
templo. Malaquias, no final da reconstrução. Atuaram em relação ao cativeiro os
seguintes profetas: Joel, Amós, Isaías e Miquéias, Sofonias, Naum, Habacuque,
Obadias e Jeremias.
[editar]2.2.3 O Período
Interbíblico
Esse período vai de Malaquias ao
advento de Cristo. Durou cerca de 400 anos. Durante esse período, Israel ficou
dominado pela Pérsia. Os persas foram brandosos e tolerantes, pelo que Israel
gozou de certa liberdade. Durante esse período nenhum profeta se levantou.
Apesar do silêncio bíblico sobre
esse período, a história registra diversos acontecimentos que foram decisivos
para a configuração do mundo bíblico por ocasião do nascimento de Cristo. Após
o domínio persa, Alexandre, monarca grego levou a língua daquele país ao mundo
da época, preparando caminho para o surgimento da Bíblia em grego
(Septuaginta). O fato do mundo todo falar grego na época favoreceu a expansão
do Evangelho. Veja aí o plano de Deus.
Logo antes da vinda de Cristo, por
volta do ano 63 a.C, a Palestina passa ao domínio de Roma. Na época do
nascimento de Jesus, governava a Galiléia Herodes, O Grande. Herodes praticou
todos os atos que julgou necessários para chegar ao trono, matando inclusive
todos os membros do Sinédrio, alguns nobres e pessoas da própria família.
[editar]2.2.4 A Época do
Cristianismo
Tem início com o nascimento de
Jesus, indo até o arrebatamento da Igreja. a) O Nascimento de Jesus: Jesus
nasceu no ano 5 a.C. A contagem dos anos deveria se iniciar com o seu
nascimento, mas devido a um erro de cronologia, ocorreu esse lapso histórico.
Quando Jesus nasceu, reinava na Judéia Herodes. Ao receber a visita dos magos do
Oriente, que perguntaram Onde é nascido o rei dos Judeus?, Herodes, que já
vivia preocupado com a possibilidade de uma conspiração contra seu trono,
fingiu desejar adorar o Cristo, com a intenção de matar o menino. Por obra
divina, Jesus livrou-se de todas as perseguições, prosseguindo em sua missão.
Mesmo com seus pontos negativos,
Herodes (sem saber) contribuiu para a implantação do reino messiânico banindo o
banditismo da Galiléia, condenando sumariamente os malfeitores, mesmo sem a
aprovação do Sinédrio.
b) A destruição de Jerusalém: por
volta do ano 70 d.C. aconteceu uma revolta dos judeus contra os romanos,
resultando em guerra. O César da época era Nero, que escolheu seu melhor
general para sufocar a revolta. A sede de governo a qual pertencia Israel
estava na Síria, de onde veio Céstio Galo com 40 mil soldados para atacar
Jerusalém. Os judeus resistiram, e Galo teve que retirar-se perdendo seis mil
homens.
Quatro anos depois, no dia de
Páscoa, Tiago surge com seu exército de 50 mil homens. Depois de cinco meses de
cerco, os muros foram derrubados, o templo incendiado e a cidade assolada.
Morreram cerca de um milhão de pessoas, além de 95 mil que foram levadas
cativas. Foi a queda do Judaísmo.
Em 132-135 aconteceu outra revolta
dos judeus, liderados por Bar-Cochba. Os judeus se apoderaram de Jerusalém e
tentaram reconstruir o templo. A revolta foi sufocada pelo exército romano, que
destruiu o Estado Judaico definitivamente. Os judeus foram expulsos da
Palestina e impedidos de voltar, sob pena de morte. No lugar do templo, foi
erguido um templo a Júpiter.
De 135 a 1948, os judeus não
tiveram pátria. Andaram errantes por toda parte da Terra. Todos podiam mandar
na Palestina, menos os judeus. Em 14 de maio de 1948 renasceu o Estado de
Israel, segundo as promessas das Escrituras e pela iminência da volta de Jesus.
Três civilizações achavam-se na palestina nos tempos do Novo Testamento: a) a
Grega, representando a cultura e o saber; b) a Romana, representando a lei e o
poder. c) a Judaica, representando a religião e a justiça.
c) A história da igreja
propriamente dita começa com o nascimento do Senhor Jesus no ano 5 a.C, e
estende-se até aos tempos atuais. A época do Cristianismo nos dias do Novo
Testamento tem três períodos: (I) O Período da Vida de Cristo (conforme citam
os Evangelhos); (II) O Período da Igreja em Jerusalém. (Atos até o capítulo
12); (III) O Período da Igreja missionária (Atos a partir do capítulo 13 e nas
epístolas).
Após os dias do Novo Testamento, a
época do Cristianismo pode ser estudada dentro dos quatro períodos da história
secular: (I) O Período Romano, até queda de Roma, em 476 d.C.; (II) O Período
Medieval, da queda de Roma, ao fim do Império Romano do Oriente (476-1453 d.C);
(III) O Período Moderno (do fim do Império Romano do Oriente à Revolução
Francesa (1453 - 1789 d.C); (IV) O Período Contemporâneo (De 1789 aos nossos
dias).
[editar]2.3 ALIANÇAS E
DISPENSAÇÕES
Deus sempre revelou ao homem Seus
divinos e eternos propósitos, estabelecendo alianças ou concertos, todos
revelados nas Escrituras Sagradas. Ao mesmo tempo, em Sua soberania, Deus
mantém o governo de tudo.
[editar]2.3.1 - Alianças
Uma aliança é um contrato entre
duas partes. É um acordo onde as duas partes pactuadas concordam com as
condições e os termos da Aliança. Nesta aliança consta os benefícios e as
responsabilidades para ambas as partes, ou seja um concerto. A Bíblia revela
que o Senhor Deus fez várias Alianças com o homem, em várias épocas, sob várias
circunstâncias e fundamentadas em diversas promessas, para revelar ao homem
como manter comunhão com o Seu Criador.
Geralmente, são destacadas oito
alianças firmadas entre Deus e o homem, sendo sete no período do Antigo
Testamento e uma do Novo Testamento: 1. A Edêmica (Gn 2.16); 2. A Adâmica (Gn
3.15); 3. A Noética (Gn 8.20-22; 9.16); 4. A Abraâmica (Gn 12.1,2); 5. A
Mosaica (Êx 19.3-5); 6. A Palestiniana (Dt 30); 7. A Davídica (2 Sm 7.5-17); 8.
A nova Aliança (Jr 31.31-34; Mt 26.28; 1 Tm 2.5).
[editar]2.3.2 Dispensações
Dispensação vem do Grego OIKO=
CASA e NOMOS=LEI, GOVERNO. Uma dispensação é o governo duma casa. Uma
dispensação é uma administração, um programa de governo. Deus preparou, pelo
menos, 07 programas de governo ao longo da existência da humanidade, cada qual
com peculiaridades específicas, onde cabe ao homem uma responsabilidade e,
conseqüentemente, um julgamento de todos os seus atos.
As dispensações são: 1. Inocência;
2. Consciência; 3. Governo Humano; 4. Promessa; 5. Lei; 6. Graça; 7. Milênio.
A inter-relação entre as alianças
e as dispensações revelam o grande trato de Deus para com a humanidade:
1ª Aliança: Edêmica O homem
viveria em ambiente perfeito, tendo direta comunhão com o próprio Deus, sujeito
a uma lei simples de amor, temor e amizade, enquanto não desobedecesse.
1ª Dispensação: INOCÊNCIA
• Significado: Antes de pecarem,
Adão e Eva viviam no estado da inocência ou da liberdade. Não distinguiam ainda
o bem do mal, pois só conheciam o bem.
• Responsabilidade do homem:
Manter uma relação direta com Deus, lavrar e guardar o jardim (Gn 2.15). Não
comer do fruto da árvore do conhecimento (Gn 3.6).
• Juízo: Expulsão do Jardim do
Éden. Pecado, dor e morte entram (Gn 3.16-19, 23, 24).
2ª Aliança: Adâmica A aliança
Adâmica exige sacrifícios de purificação do homem para se chegar a Deus.
2ª Dispensação: CONSCIÊNCIA
• Significado: Com a entrada do
pecado o homem passou a conhecer também o mal. Entrou na posse da consciência.
Passa a ser guiado pela natureza pecaminosa
• Responsabilidade do homem: Tomar
decisões (ser governado) pela consciência. Inicia o sacrifício de animais (Gn
3.2; 4.1-4; Hb 11.4).
• Juízo: O início desta
dispensação começa com o relato do homicídio de Abel. Encerra com a terra cheia
de violência (Gn 6.11). Deus destruiu a Terra com o dilúvio (Gn 6.17).
3ª Aliança: Noética.
Caracteriza-se pela confirmação da relação do homem com a terra.
Estabelecimento do governo humano. Garantia de que a terra não sofreria outro
dilúvio (arco-íris). Uma família e uma nação são separados por Deus. Governo do
homem pelo homem procurando obedecer a DEUS.
3ª Dispensação: GOVERNO HUMANO ou
CIVIL.
• Significado: Por causa da
violência e do derramamento de sangue que houve Deus instituiu com Noé a
dispensação do governo humano (Gn 9.6) com o surgimento das nações.
• Responsabilidade do homem: Viver
em sociedade. Adorar somente a Deus. Aqui também surge a base do código da
justiça penal.
• Juízo: A dispensação termina com
a humanidade intoxicada com a sua importância (Gn 11.4). O resultado foi o
juízo (vers. 8,9).
4ª Aliança: Abraâmica. Consistiu
em fazer de Abraão uma grande nação, em um sentido natural e espiritual.
4ª Dispensação: PROMESSA ou
PATRIARCAL (Patri = progenitor).
• Significado: Deus chama Abraão e
faz-lhe uma promessa (Gn 12.1-3). Como as nações falham, Deus forma uma nação à
parte.
• Responsabilidade do homem: Deus
fez a Abraão promessas incondicionais, a serem cumpridas gloriosamente, mas não
devido a alguma virtude de Abraão ou da sua semente, pois ele não apropriou-se
logo da promessa de Deus (Gn 12.1).
• Juízo: A dispensação da promessa
começa com a narrativa de Gn 11.31,32 e termina com Israel a fracassar a
entrada na terra da promessa. Abraão desce ao Egito e Israel fica ali
escravizado por 400 anos.
5ª Aliança: Mosaica. Constituída
de Mandamentos (Êx 20.1-26), Juízos (Êx 21.1 a 24.11) e Ordenanças (Êx
24.12-31.18).
5ª Dispensação: LEI.
• Significado: Grande código
consistindo em centenas de mandamentos que abrangem todas as situações da vida
do povo de Israel. A Lei foi dada para mostrar o pecado. O Senhor Jesus resumiu
toda a lei em 2 mandamentos (Lc 10.27).
• Responsabilidade do homem:
Cumprir toda a lei (Tg 2.10).
• Juízo: Os judeus foram julgados
com a tomada de Jerusalém pelos romanos. Encerra também o período do Antigo
Testamento.
Durante a Dispensação da Lei, a
Bíblia apresenta mais duas Alianças:
6ª Aliança: Palestiniana. Firmada
com os israelitas depois da peregrinação de Israel pelo deserto por quarenta
anos. Foi um preparação para que entrassem na terra prometida e renovava a
aliança Mosaica. Bênçãos e maldições são proclamadas (Dt 28; Js 24.24,25)
7ª Aliança: Davídica. Realizada
para o reino de Israel, com a promessa de que sempre haverá um descendente do
rei Davi no trono (2 Sm 7.11-16; Sl 89.34). Esta promessa terá seu grande
cumprimento na 7ª Dispensação, no período do milênio, quando o Rei Jesus
governará Israel. 8ª Aliança: a Nova Aliança
6ª Dispensação: GRAÇA.
• Significado: É a presente
dispensação. A dispensação do Novo Testamento com a salvação oferecida pela fé
em JESUS CRISTO e não pelas obras (Ef 2.8).
• Responsabilidade do homem: Estar
em Cristo Jesus (Rm 5.1-2).
• Juízo: Terminará com os homens
não aceitando o amor da verdade para se salvarem (2 Ts 2.10). O juízo de Deus
será implacável através da Grande Tribulação.
7ª Dispensação: MILÊNIO ou do
REINO.
• Significado: Jesus Cristo descerá
pessoalmente à Terra, cumprindo a promessa feita a Davi (Mt 19.28). Neste tempo
Satanás será preso por mil anos (Ap 20.2).
• Responsabilidade do homem: Os
crentes reinarão com CRISTO nessa época (Ap 20.4).Os homens são responsáveis
pela obediência ao Rei e às Suas leis. Satanás está preso. Cristo reinará, a
justiça prevalecerá.
• Juízo: A primeira ressurreição
acabará no final da grande tribulação e início do milênio (Ap 20.5). Satanás
será solto e vencido no final do milênio (Ap 20.7; 20.10-15)
[editar]3 - O CÂNON DA BÍBLIA
Cânon ou Escrituras Canônicas é a
coleção completa dos livros divinamente inspirados, constituindo a Bíblia.
Cânon é uma palavra grega que significa vara reta de medir, assim como uma
régua de carpinteiro. A palavra aparece no original em Ez 40.5. No sentido
religioso, cânon significa norma, regra. Com esse sentido, aparece no original
em vários textos do Novo Testamento (Gl 6.16; 2 Co 10.13, 15; Fp 3.16). A
Bíblia é a nossa norma ou regra de fé e prática. O termo cânon foi empregado
pela primeira vez por Orígenes (185- 254 d. C.). Antes de Orígenes, as verdades
reconhecidas pela Igreja eram chamadas canôn. Diz-se dos livros bíblicos
canônicos para diferenciá-los dos apócrifos. Por volta do ano 90 d. C., em
Jâmnia, perto da atual Jafa, na Palestina, os rabinos num concílio sob a
presidência de Joanan Bem Zakai,que tinha como finalidade a reestruração do
judaísmo após a destruição do templo de Jerusalém (70 d.C.), reconheceram e
fixaram o cânon do Antigo Testamento. Houve muitos debates acerca da aprovação
de certos livros. Note-se porém que o trabalho desse concílio foi apenas
ratificar aquilo que já era aceito por todos os judeus através dos séculos.
Jâmnia, após a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. tornou-se sede do
Sinédrio - o supremo tribunal dos judeus. O reconhecimento e fixação do cânon
do Novo Testamento ocorreu no III Concílio de Catargo, no ano 397 d.C. Nessa
ocasião os 27 livros que compõem o Novo Testamento foram reconhecidos e aceitos
como canônicos. No entanto, durante esses 400 anos de história da Igreja, os
livros e cartas eram lidos pelos crentes primitivos em suas reuniões, como
referência de fé e doutrina.
[editar]3.1 - A BÍBLIA COMO A
PALAVRA DE DEUS
A Bíblia é diferente dos demais
livros devido a sua inspiração divina (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.12; Jó 32.8). Devido a
esse fato, ela é chamada de A Palavra de Deus (2 Tm 3.16, no original).
Entende-se inspiração divina como
a influência sobrenatural do Espírito Santo sobre os escritores da Bíblia,
capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem qualquer margem de
erro. A expressão assim diz o Senhor ocorre 2.600 vezes na Bíblia, além de
outras expressões equivalentes (Ez 11.5; 2 Cr 29.14; 24-20).
[editar]3.2 - A INSPIRAÇÃO DIVINA
DA BÍBLIA
A teoria correta da inspiração
bíblica é chamada de Teoria da Inspiração Plenária ou Verbal. Ensina que todas
as partes da Bíblia foram igualmente inspiradas por Deus, e que houve
cooperação entre os escritores e o Espírito Santo que os capacitava. Eles
escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, mas sob poderosa
influência do Espírito Santo, e o que eles escreveram é a Palavra de Deus.
[editar]3.2.1 - Provas da
inspiração divina da Bíblia
A prova mais eloqüente da
inspiração divina da Bíblia é sua harmonia. Somente a palavra milagre explica
esse acontecimento. São 66 livros, escritos por cerca de 40 escritores,
cobrindo um período de 16 séculos. A maioria desses homens não se conheceram.
Viveram em lugares distantes, falando línguas diferentes. Muitas vezes nada sabiam
do que já estava escrito, mas registram a mais pura mensagem vinda diretamente
da mente de Deus. Podemos apontar mais algumas provas da inspiração divina da
Bíblia:
a) Foi aprovada por Jesus - Ele a
leu (Lc 4.16-20); ensinou (Lc 24.27); chamou-a de A Palavra de Deus” (Mc 7.13);
cumpriu-a (Lc 24.44). Jesus também afirmou que as Escrituras são a verdade (Jo
17.17).
b) O testemunho do Espírito Santo
dentro do crente - Cada pessoa que aceita Jesus passa a ter a mais pura certeza
quanto a autoria da Bíblia. Isso é uma coisa automática, realizada pelo
Espírito Santo. Ninguém precisa ensinar isso.
c) O cumprimento fiel das
profecias - As profecias bíblicas (no sentido preditivo) se cumpriram
fielmente. Isso demonstra sua origem divina. O que Deus disse se sucederá (Jr
1.12).
d) A influência da Bíblia nas
pessoas e nações - Os princípios contidos na Bíblia influenciaram a humanidade,
melhorando o relacionamento entre os homens. As civilizações que não conheceram
a Bíblia eram marcadas pela imoralidade, violência e licenciosidade. E esses
costumes eram aprovados pelos filósofos da época. Os relatos sobre nações como
a Grécia antiga e Roma mostram sociedades totalmente depravadas.
e) A Bíblia nos faz diferentes - O
mundo hoje continua sob a influência do pecado, mas os verdadeiros seguidores
da Bíblia se destacam com uma personalidade ideal. Os ensinos bíblicos são
simples e profundos, servindo de guia a uma vida bem sucedida. f) A Bíblia é
sempre nova e inesgotável - Mesmo sendo o livro mais antigo do mundo, a Bíblia permanece
com uma mensagem atual e moderna. Em mais de 20 séculos, o homem não pode
melhorar a mensagem bíblica. Isso demonstra que a Bíblia é a imutável Palavra
de Deus.
g) A Bíblia é familiar a cada povo
ou indivíduo, em qualquer lugar - Cada homem recebe a mensagem bíblica como se
tivesse sido escrita especialmente para ele. Isso acontece em qualquer lugar do
mundo, independentemente da cultura, do nível social, da idade ou da época em
que a pessoa lê a Bíblia. Isso acontece porque a Bíblia procede de Deus, o Pai
de todos nós.
h) A superioridade da Bíblia -
Comparando com outros livros, principalmente os escritos por fundadores de
religiões como o Budismo ou por filósofos, vemos que a Bíblia supera os demais
livros em todos os pontos. Destacamos que a Bíblia só contém verdades, enquanto
os outros livros estão recheados de erros e equívocos.
i) A imparcialidade da Bíblia - A
Bíblia revela as virtudes e as falhas dos homens que são personagens de sua
narrativa, enaltecendo a honra e a glória de Deus. Se ela fosse inspirada pela
mente humana, trataria de esconder as falhas humanas para exaltar somente suas
virtudes (Jó 27; Sl 50.21-22; 1 Co 1.19-25).
[editar]3.3 - FALSAS TEORIAS SOBRE
A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
Existem algumas teorias falsas
sobre a inspiração da Bíblia: a) Teoria da inspiração natural humana - Ensina
que a Bíblia foi escrita por homens com talento especial, nivelados a outros
gênios da literatura. REFUTAÇÃO: Essa teoria nega a influência sobrenatural,
trazendo sérios prejuízos para a fé. Os escritores da Bíblia afirmam que foi
Deus quem falou através deles (2 Sm 23.2; At 1.16; Jr 1.9; Ed 1.1; Ez 3.16-17;
At 28.25).
b) Teoria da inspiração divina
comum - Nivela a inspiração da Bíblia àquela que hoje sentimos quando oramos,
pregamos, cantamos, ensinamos. REFUTAÇÃO: Isso é errado porque a inspiração que
hoje sentimos não é completa como a que veio aos escritores bíblicos. Além
disso, os escritores recebiam essa inspiração de forma momentânea e específica
para o cumprimento de uma missão divina. Em diversos momentos vemos a expressão
veio sobre mim a palavra do Senhor, indicando uma inspiração momentânea.
c) Teoria da inspiração parcial -
Ensina que somente algumas partes da Bíblia são inspiradas. Segundo essa
teoria, a Bíblia não é a Palavra de Deus, apenas contém a Palavra de Deus.
REFUTAÇÃO: Se isso fosse verdade, como poderíamos saber quais as partes que são
inspiradas? II Timóteo diz que “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para
o ensino...”. Veja também em Jó 16.12; Mc 7.13; Ap 22.18-19.
d) Teoria do ditado verbal Teoria
que defende a opinião de que os escritores bíblicos foram instrumentos passivos
nas mãos de Deus redigindo exatamente as palavras de Deus (a exemplo dos Dez
Mandamentos), não podendo ser levado em consideração a experiência pessoal
acerca do que se escrevia. REFUTAÇÃO: Faz dos escritores uma espécie de máquina
que registra as palavras ditadas por Deus sem usar o raciocínio próprio. Lucas,
por exemplo, fez extensa pesquisa sobre Jesus antes de escrever o Evangelho (Lc
1.4). e) Teoria da inspiração das idéias - Faz o contrário da anterior,
ensinando que Deus inspirou somente as idéias, deixando as palavras a cargo dos
escritores. REFUTAÇÃO: Também não é verdadeira porque em inúmeros momentos Deus
colocou as palavras certas na mente dos escritores bíblicos (2 Pe 1.21; Hb 1.1;
1 Co 2.13; Ap 22.19).
[editar]3.4 - OS LIVROS APÓCRIFOS
Além dos livros canônicos, existem
os chamados "livros deuterocanônicos", ou seja, os livros do
"segundo cânon", que foi o cânon aprovado pela Igreja Romana no
Concílio de Trento (1545-1563), até hoje seguido pelos católicos. Nas Bíblias
de edição católico-romana o total de livros é de 73, tendo a mais 7 livros
apócrifos, além de quatro acréscimos ou apêndices a livros canônicos, num total
de 11 escritos apócrifos. Existem 14 escritos apócrifos, sendo 10 livros e 4
acréscimos.
a) Os sete livros apócrifos
constantes na edição católico romana são: Tobias (depois de Esdras); Judite
(depois de Tobias); Sabedoria de Salomão (depois de Cantares); Eclesiasiáticos
(depois de Sabedoria); Baruque (depois de Jeremias); I e II Macabeus. b) Os
quatro acréscimos a livros canônicos são: Ester (10.4 - 16.24); Cântico dos
Três Santos Filhos (Daniel 3.24-90); História de Suzana (Daniel 13); Bel e o
Dragão (Daniel 14).
c) Os demais apócrifos, ainda
aceitos pela Igreja Ortodoxa Grega são: III e IV Esdras e A Oração de Manassés.
São assim chamados porque na Bíblia católico-romana os livros de Esdras e
Neemias são chamados de I e II Esdras.
A aprovação dos apócrifos pela
Igreja Católica, em 18 de abril de 1546, foi uma tentativa de combater a
Reforma Protestante, recente na época. Os protestantes combatiam violentamente
as novas doutrinas romanistas do Purgatório, Oração pelos Mortos, Salvação
mediante Obras, dentre outras. Os romanistas viam nos apócrifos base para tais
doutrinas, e apelaram para eles.
[editar]4 - A BÍBLIA AO LONGO DOS
SÉCULOS
A Bíblia tem desafiado seus mais
ardorosos opositores, que se baseiam em raciocínios puramente humanos, visando
desacreditá-la. Geralmente, não aceitam as descrições sobrenaturais da Bíblia
ao ressaltarem que tais descrições contrariam a razão (humana). Contudo, deve
ser destacado que ao invés de contradizer a razão humana, as características
sobrenaturais da Bíblia estão acima da razão humana. Não foi preocupação do
Divino Autor explicar como aconteceram os milagres bíblicos genuínos, ou mesmo
porque foram operados de maneira sobrenatural. O que temos para nosso
conhecimento as indicações de onde e quando aconteceram os fatos bíblicos,
relacionando-se com os conhecimentos tratados no âmbito das disciplinas
seculares Geografia e da História, dentre outras. Inclusive, o estudante da
Bíblia detém-se ao analisar a exatidão da geografia e da história bíblica,
confirmando que a Bíblia, por si só, é um grande milagre da parte de Deus.
[editar]4.1 - AS LÍNGUAS ORIGINAIS
DA BÍBLIA
Em quase sua totalidade, os livros
bíblicos foram escritos em hebraico, aramaico e grego.
a) O Antigo Testamento - O
hebraico é o idioma oficial da nação judaica, sendo chamado também de “ língua
de Canaã (Is 19.18) e “língua judaica ou judaico (2 Rs 18.26-28; Is 36.13).
Como a maior parte das línguas semíticas, o hebraico lê-se da direita para a
esquerda. Seu alfabeto é composto por 22 letras, todas consoantes. Podemos
encontrá-lo em algumas partes do Velho Testamento, fazendo acróstico de alguns
capítulos: Sl 119; Pv 31.10-31 e o livro de Lamentações de Jeremias.
Os trechos do Antigo Testamento
escritos em aramaico são: Ed 4.8 a 6.18; 7.12-26; Dn 2.4 a 7.28 e Jr 10.11. O
aramaico foi o idioma falado em Arã ou Síria e em grande parte da Arábia
Pétrea. Essa língua influiu profundamente sobre o hebraico principalmente
durante os cativeiros de Judá na Babilônia (587 a. C.). A influência do
aramaico foi tão grande que ao voltar do cativeiro o povo tinha essa língua
como vernácula. Por isso, quando Esdras leu as Escrituras em público precisou
explicá-las ao povo, que não mais conheciam bem o hebraico. No Novo Testamento
o aramaico já era bem conhecido, e foi a língua mais usada por Jesus e seus
discípulos. Jesus conhecia também o hebraico, pois leu as Escrituras escritas
nessa língua.
b) O Novo Testamento - Foi escrito
em grego. Existem dúvidas sobre o livro de Mateus, que alguns eruditos dizem
ter sido escrito em aramaico. O grego do Novo Testamento não é a língua
erudita, mas uma versão popular, chamada de Koiné. O grego é uma língua muito
precisa, e das línguas bíblicas, é a que mais se conhece por estar mais próxima
de nós. Nos tempos bíblicos era uma língua de compreensão universal devido à
expansão do Império da Grécia, sob o domínio de Alexandre (336 a. C.). Nos dias
de Jesus, o grego era falado adequadamente, e a tradução da Septuaginta (versão
do hebraico para o grego) era lido constantemente pelos judeus liberais. Por
ocasião do ministério terreno de Cristo, a língua sagrada dos judeus era o
hebraico; a falada, o aramaico; a língua oficial, o latim; a universal, o
grego.
[editar]4.2 - A TRADUÇÃO DA BÍBLIA
A Bíblia está hoje traduzida para
quase todas as línguas do mundo, ou seja, para todas as línguas mais faladas e
alguns dialetos tribais da África e outras regiões remotas do planeta. Trata-se
do livro conhecido e mais lido do mundo.
Vale destacar que Tradução é a
simples transposição de uma composição literária de uma língua para outra. Por
sua vez, Versão é uma tradução da língua original (ou com consulta direta a
ela) para outra língua.
As duas versões universalmente
conhecidas são:
4.2.1 - A Septuaginta - Versão
mais antiga dos originais das Sagradas Escrituras. A comunidade judaica que
habitava em Alexandria, no Egito, falava expressamente o idioma grego, com
necessidade de uma versão grega dos livros judaicos. O rei Ptolomeu Filadelfo
II (285 246 a.C) sugeriu a Demétrio, seu bibliotecário, que os livros fossem
traduzidos. O Sumo Sacerdote Eleazar, para satisfazer o rei Ptolomeu, trouxe de
Jerusalém 72 tradutores (6 de cada tribo). Depois de uma grande recepção,
ficaram isolados na ilha de Faros e executaram o trabalho em 72 dias. A
cronologia dessa tradução data do ano 285 a.C. A cópia mais antiga da
Septuaginta encontra-se na Biblioteca do Vaticano, datada de 325 A.D.
[editar]4.2.2 - A Vulgata
Nome oriundo do latim “vulgus”,
quer dizer, “popular”, “do povo”. Jerônimo, de Belém (324 - 420 a.D), sábio e
secretário do bispo de Roma, aos 80 anos, traduziu a Bíblia do hebraico para o
latim. É a versão oficial da Igreja Romana.
[editar]4.3 - VERSÕES EM PORTUGUÊS
Como aconteceu em relação a outros
idiomas, a Bíblia não foi inicialmente traduzida por inteiro para o português.
Essa tradução aconteceu aos poucos. D. Diniz, rei de Portugal (1279-1375)
ordenou a tradução da Vulgata uma parte do livro de Gênesis. O rei D. João I
(1389-1433) ordenou a tradução dos Evangelhos. Esse mesmo Rei traduziu os
Salmos. Frei Bernardo traduziu o Evangelho de São Mateus no Século XV. Em 1495,
a rainha Leonor, esposa de D. João II mandou publicar o Livro “Vida de Cristo”,
uma espécie de harmonia dos Evangelhos. Em 1505, a mesma rainha mandou imprimir
os Atos e Epístolas Universais.
[editar]4.3.1 - A versão de
Almeida
João Ferreira de Almeida foi
ministro do Evangelho da Igreja Reforma Holandesa, em Batávia, então capital da
ilha de Java, na Oceania. (Batávia é agora a cidade de Djakarta, capital da
Indonésia). Java era então domínio holandês, conquistada dos portugueses.
Almeida traduziu primeiro o Novo Testamento, terminando-o em 1670. Em 1681 seu
texto foi impresso em Amsterdã, Holanda, isto é, 100 anos antes da primeira
edição católica da Bíblia - a de Figueiredo, em 1781. Almeida traduziu o Antigo
Testamento até Ezequiel 48.21, quando faleceu em 1691. Missionários amigos seus
completaram a tradução, entre eles Jacob Opden Akker. Almeida fez sua tradução
do grego e hebraico, línguas que estudou após abraçar o Evangelho. Utilizou
também as versões holandesa (de 1637) e a espanhola (de Valera, 1602). Seu
Antigo Testamento foi publicado em 1753, em Amsterdã. A Sociedade Bíblica
Britânica e Estrangeira começou a publicar o Texto Almeida em 1809, publicando
a Bíblia completa a primeira vez em 1819. O texto Almeida não era muito bom por
ele ter deixado Portugal muito cedo e não ter cultura profunda.
O texto de Almeida foi revisado em
1894 e 1925. Em 1951, a Imprensa Bíblica Brasileira (organização batista
independente) publicou a Edição Revista Corrigida”, abreviadamente ARC.
Uma comissão de especialistas
brasileiros, trabalhando de 1945 a 1955 apresentou ultimamente a “Edição
Revista Atualizada de Almeida (ARA). Trata-se de uma obra com melhor linguagem
e melhor tradução. O Novo Testamento foi publicado em 1951 e o Antigo
Testamento em 1958. A publicação foi feita pela Sociedade Bíblica do Brasil. A
comissão foi composta de 30 elementos capacitados, membros de diversas
denominações evangélicas. Hoje existe uma comissão permanente de revisão
acompanhando os progressos da crítica textual.
[editar]4.3.2 - A Versão de
Figueiredo
O padre Antônio Pereira de
Figueiredo, português, levou 17 anos para fazer a tradução da Bíblia para o
português, publicando o Novo Testamento em 1781 e o Antigo Testamento em 1790.
É uma tradução da Vulgata.
[editar]4.3.3 - A Tradução
Brasileira
Começou em 1904, por uma comissão
de tradutores. Publicou o Novo Testamento em 1910 e o Antigo Testamento em
1917. Trata-se de uma tradução muito fiel aos originais, mas tornou-se de
compreensão difícil porque traduz as palavras do ponto de vista literal e não à
base da equivalência dinâmica, como nas outras traduções.
4.3.4 - A Versão de Rohden
Feita pelo padre brasileiro, de
Santa Catarina, consta apenas do Novo Testamento. Foi publicada em 1935.
[editar]4.3.5 A Versão de Matos
Soares
Também feita por padre brasileiro,
a partir da Vulgata. A obra foi concluída em 1932 e publicada em 1946. É a
Bíblia popular do católicos brasileiros. A versão não é muito fiel, estando
cheia de tendenciosidades e preconceitos. O Vaticano foi conivente com essas
falhas, conforme uma carta de 1932.
4.4 - ALGUMAS OBSERVAÇÕES E
CURIOSIDADES SOBRE O TEXTO BÍBLICO
4.4.1 - As palavras em itálico
Algumas traduções usam palavras em
itálico (letras inclinadas para a direita) para completar o sentido do texto,
como a ARC. Essas palavras não constam do original.
[editar]4.4.2 - O uso da margem
Algumas Bíblias trazem nas suas
margens determinados trechos da tradução literal do hebraico ou do grego. São
notas úteis para elucidar pontos confusos.
[editar]4.4.3 - Datas impressas no
textos
A impressão de datas no texto
bíblico é um terreno movediço, pois as datações vem sendo muito questionada
ultimamente. Apesar disso, algumas Bíblias trazem datações de acordo com a
“cronologia aceita. Os métodos modernos de arqueologia e datações estão
colocando em dúvida grande parte dessa cronologia, principalmente em relação
aos primeiros milênios bíblicos.
[editar]4.4.4 - O sumário dos
capítulos
São separados pelos editores, nada
tendo a ver com a inspiração e o texto original. Faz-se exceção às frases
introdutórias de alguns salmos, como o 4 a 9, 22, 32, 45, 46, 53, 56 etc. Há
casos em que os sumários atrapalham, como a parábola dos Dez Talentos, que não
são dez e a Parábola do rico e Lázaro, que não é parábola.
[editar]4.4.5 - A divisão do texto
bíblico em capítulos e versículos
Não faz parte do texto original.
As Bíblias mais antigas não eram originalmente divididas em capítulos e
versículos. Essas divisões foram feitas para facilitar o seu estudo. Por volta
de 1228, Stephem Langton (professor da Universidade de Paris e, posteriormente,
arcebispo de Canterbury), dividiu a Bíblia em capítulos, assim como o Cardeal
Hugo de Saint Cher, abade dominicano, também fez em 1250.
Os versículos no Antigo Testamento
apareceram publicados pela primeira vez em 1445, pelo Rabi Natham. Robert
Stevens, impressor de Paris, acrescentou a divisão em versículo do Novo
Testamento em 1551. E em 1555, Stevens publicou a primeira Bíblia (Vulgata)
dividida em capítulos e versículos.
Na Bíblia Almeida Revisada e
Corrigida o Antigo Testamento tem 929 capítulos e 23.214 versículos. No Novo
Testamento há 260 capítulos e 7.959 versículos. Toda a Bíblia tem 1.189
capítulos e 7.959 versículos.
Em alguns casos, a divisão em
capítulos e versículos quebra o sentido do texto, como por exemplo: Is 53, que
deveria começar em 52.13; Jo 8, que deveria começar em 7.53. Em relação aos
versículos, acontece o mesmo, por exemplo, Ef 1.5 deveria começar com as duas
últimas palavras de 1.4; 1 Co 2.9,10 deveria ser um só versículo.
[editar]4.4.6 - A divisão do texto
em parágrafos
A divisão do texto em parágrafo
ajuda a entender o desenvolvimento das idéias registradas. A versão ARA destaca
em negrito o início dos parágrafos.
[editar]4.4.7 - Aprendendo a ler e
a escrever referências bíblicas
O método mais prático e eficiente
para escrever referências bíblicas é o utilizado pela Sociedade Bíblica do
Brasil: duas letras, sem ponto, para cada livro da Bíblia. Entre o capítulo e o
versículo põe-se apenas um ponto. Exemplos:
a) 1 Jo 2.4 (Primeira João
capítulo dois, versículo quatro).
b) Jó 2.4 (Jó capítulo dois,
versículo quatro).
c) Jn 3.2 (Jonas capítulo três,
versículo dois).
d) Fp 2.5 (Filipenses capítulo
dois, versículo cinco).
e) Fm v. 6 (Filemon, versículo
seis).
Os livros de Samuel, Reis e
Crônicas do Antigo Testamento, são pronunciados como: Primeiro ou Segundo, pois
referem-se a livros (1 Sm: Primeiro Samuel). Já no Novo Testamento temos
Coríntios, Tessalonicenses, Timóteo, Pedro e João, que são pronunciados como
Primeira, ou Segunda ou Terceira, pois refere-se à carta ou epístola (1 Tm:
Primeira Timóteo; 3 Jo: Terceira João).
[editar]4.4.8 - Diferença entre
texto, contexto, referência e inferência
a) Texto: são as palavras contidas
numa passagem bíblica.
b) Contexto: são as palavras que
ficam antes e depois do texto lido. Pode ser um versículo, um capítulo ou um
livro inteiro.
c) Referência: é a conexão direta
sobre determinado assunto. Além de indicar o livro, capítulo e versículo, a
referência pode levar outras indicações como: “a” indicando a parte inicial do
versículo (Rm 11.17a); “b” indicando a parte final do versículo (Rm 11.16b);
“ss” indicando os versículos que se seguem até o fim ou não do capítulo (Rm
11.17ss); “qv” significa que veja. Recomendação para ler o texto indicado; “cf”
- significa compare, confirme; “i.e” significando isto é; “e.g.” significa por
exemplo (vem do latim exempli gratia).
[editar]4.4.9 - Algumas
particularidades sobre a Bíblia
a) O livro de Ester e Cantares de
Salomão não mencionam o nome de Deus, porém a presença divina é inegável nesses
livros, especialmente nos episódios milagrosos de Ester.
b) Há na Bíblia 8 mil menções ao
nome de Deus entre seus vários nomes, e 177 menções acerca do diabo, sob seus
vários nomes.
c) A vinda do Senhor Jesus é
referida 1.845 vezes, sendo 1.527 no Antigo Testamento e 318 no Novo
Testamento.
d) O “capítulo” menor da Bíblia é
o Sl 117, o maior é o Sl 119. Não se pronuncia Salmos capítulo 10, por exemplo.
Por se tratar de um salmo, ou hino, a pronúncia deve ser: Salmo um ou primeiro
(Sl 1), Salmos dois ou segundo (Sl 2), e assim sucessivamente. Os versículos
são ditos normalmente.
e) 2 Rs e Is 37 são dois capítulos
iguais.
f) O maior versículo da Bíblia é
Et 8.9.
g) O maior livro é o de Salmos e o
menor é 2 João.
h) No Sl 107 há 4 versículos
iguais que são: 8, 15, 21, 31.
i) Os números 3 e 7 predominam em
toda a Bíblia.
j) A expressão “ não temas” ocorre
366 vezes, o que dá uma para cada dia do ano.
l) Segundo alguns eruditos, na
Bíblia foram encontradas 3.568.483 letras e cerca de 773.693 palavras.
m) O Sl 136 termina todos os
versículos com a expressão “para sempre”.
n) O capítulo 3 de Lm tem 66
versículos levando cada 3 deles a mesma letra do alfabeto hebraico, o qual tem
22 letras.
o) A Bíblia foi o primeiro livro
impresso no mundo. Isto se deu em 1492, em Manz, na Alemanha, após a invenção
do prelo. A Bíblia tem, no Antigo Testamento, 929 capítulos e 23.214
versículos. No Novo Testamento há 260 capítulos e 7.959 versículos. Toda a
Bíblia tem 1.189 capítulos e 31.173 versículos.
CONCLUSÃO
O estudo de Bibliologia vai muito
mais além do que tratamos neste trabalho. Temos aqui apenas uma síntese do
assunto, para que você, aluno, sinta o desejo de estudar melhor este assunto.
Se conseguirmos despertar seu interesse pelo estudo desta matéria, teremos
atingido nosso objetivo.
Quanto aqueles que já estudaram
Teologia, puderam perceber por nossa abordagem sintética que tivemos apenas a
intenção de despertar o conhecimento, remetendo-os a uma nova análise sobre a
importância da Bibliologia. Um estudo mais profundo contém vários outros temas
que não tivemos como abordar, devido a exiguidade de tempo.
Temos prazer em lembrar que o
maior livro de Bibliologia é a própria Bíblia Sagrada, que se auto-explica, se
auto-interpreta e se auto-justifica. Leia a Bíblia, com amor, dedicação e
submissão ao Espírito Santo. E que Deus esteja sempre conosco. Amém.
fonte:
BIBLIOGRAFIA
A Interpretação da Bíblia, Weldon
E. Viertel - JUERP
Bíblia de Estudos Pentecostais - CPAD
Bibliologia - Introdução ao Estudo
da Bíblia - EETAD
Bibliologia - Um assunto oportuno
- Nicodemos de Souza
Textos EBD - Dr. Caramuru Afonso
Francisco. Roberto José da Silva e José Roberto da Silva. Ev.Luiz *Henrique de
Almeida Silva
Manancial de Mensagens - Genésio
dos Santos
Categoria: Bibliologia Evangélica
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